segunda-feira, 4 de março de 2013

SBCenses famosas!

Queridos SBCenses,
Foi com grande alegria que abri hoje o mail do SBC (sbccoletivo@yahoo.com.br) e encontrei dois mails em resposta àquela minha proposta do post de 10 de dezembro de 2012, que fala sobre D. Beja e convida os SBCenses a publicarem sobre SBCenses famosos e famosas.
Abrimos então a galeria com duas maravilhosas SBCenses: a primeira, Dolores Duran, publicada pela nossa querida SBCense Flávia, que não é a Maria Beijoqueira; e Chiquinha Gonzaga, publicada pela Rita, que não é a SBCenses Ritoca. 

Aguardamos novas publicações de SBCenses famosos, históricos e contemporâneos, da música, da arte, da vida, da alegria...

Beijos a todos e todas e obrigada!

SantuzaTU



Adiléa da Silva Rocha - a nossa Dolores Duran - nasceu no Rio de Janeiro em 07 de junho de 1930. Foi, com certeza, uma das maiores representantes do samba-canção brasileiro. Começou a cantar muito cedo - seu primeiro prêmio foi aos seis anos de idade. Aos 15 seu pai morreu - e a menina Adiléa teve que sustentar sua família, cantando, que é o que ela melhor sabia fazer.

Fiz uma meia cópia de uns dois link do Google, acrescentando minhas considerações sobre porque a considero uma das maiores SBCences. Vejam bem: ela viveu de 1930 a 59, numa época em que ser mulher auto afirmativa não devia ser fácil.
Aos 8 anos de idade contrai a febre reumática, que quase a levou a morte, e que deixou como seqüela um sopro cardíaco gravíssimo. Por pouco ela não resiste, para desespero de sua mãe.

Aos doze anos de idade, influenciada pelos amigos, resolve, com a permissão da mãe, se inscrever num concurso de cantores, mas ela tinha dúvidas se iria se sair bem. Surpreendentemente, ela cantou muito bem, como uma profissional, e conquistou o primeiro prêmio no programa Calouros em Desfile, de Ary Barroso. As apresentações no programa tornaram-se freqüentes, fixando-a na carreira artística.

Adiléia tenta terminar os estudos, ingressando no ginásio, pagando uma escola, mas como o dinheiro era pouco e as mensalidades da escola estavam atrasadas, ela é expulsa do colégio. Como ela tinha que se dedicar muito a música e ao teatro, ela decide de vez parar de estudar. Sua mãe não gosta desta atitude e mesmo após brigas, a mãe, a contra gosto, tenta aceitar a vocação de cantora da filha, já que a mãe dizia que artistas também estudavam e que a fama acaba um dia. Adiléia tinha uma personalidade muito forte e não levava desaforos para casa, respondia a quem quer que fosse, sabia se defender bem.

No final dos anos 40, ela conhece um casal rico e influente: Lauro e Heloísa Paes de Andrade, que já a tinham ouvido cantar. Eles passam a ajudá-la a se tornar realmente uma cantora e a levam em diversos lugares chiques e reconhecidos, freqüentado por famosos. Lauro passa a chamá-la de Dolores Duran, por ser um nome fino na época. Esse nome é espanhol e dramático que significa Dores. Ele é muito forte e traz uma carga de dor e sofrimento intenso, e o sobrenome Duran, que quer dizer durante, sempre, intensifica ainda mais, como se não tivesse fim essa dor. Eita carma, meu Deus! Bem que a gente deseja separar amor de dor, mas acontece... o jeito é cantar umas músicas de lama, como muitas das Dolores, até fazer uma catarse, rir da gente e partir prá vida.

Autodidata, dominou o inglês, francês, italiano e espanhol ouvindo músicas, a ponto de Ella Fitzgerald lhe dizer que foi em sua voz a melhor interpretação que ela já havia ouvido de My Funny Valentine - um clássico da música norte-americana.

Suas músicas se tornaram estrondoso sucesso. Eram dramáticas, belas e românticas, e expressavam os sentimentos mais puros de um coração. Prova disso é que Antônio Maria, grande jornalista da época,  publicou: "Dolores Duran falou de sentimentos como ninguém, em todas as línguas. Seu idioma era o amor!"

Cantava em diversas boates no boêmio e encantador Rio de Janeiro daquela época. Sua fama se espalhou e foi contratada pela Rádio Nacional, uma das várias rádios cariocas que reuniam artistas do país inteiro, e que na época só escolhia os melhores cantores.
Teve muitos namorados. O primeiro  foi um garçom da boate Vogue. O apelido dele era Serra Negra. O namorou por alguns poucos meses. Ele pediu para voltar, mas como ela era mulher de uma palavra só, não voltou. Viu que não deu certo na primeira vez, na segunda sairiam brigas novamente.

Depois dele, namorou por 6 meses o compositor Billy Blanco, de quem também gravou músicas, já que ele escrevia várias letras.

Em 1951, conhece um músico do Acre, tocador de acordeão, chamado João Donato. Eles se encontravam em frente ao Hotel Glória todas as noites. Eram grandes amigos, sempre saíam juntos e passeavam, também com outros colegas. Só não se casaram devido à oposição da família do rapaz e do preconceito da sociedade. Donato tinha 17 anos, enquanto Dolores tinha 21 e uma mulher mais velha não era bem vista com um homem mais novo. Ela lutou muito para tê-lo ao seu lado, mas ele preferiu ouvir sua família. O namoro chegou ao fim quando Donato foi morar no México. Donato e Dolores não agüentavam mais brigas e cobranças de suas famílias. Isso a fez sofrer, mas ela superou e seu sucesso na música aumentou. E olha que a Chiquinha Gonzaga, antes dela, na primeira metade do século passado, ficou durante anos, até a sua morte, com um portuga mais de trinta anos mais novo do que ela. Mulheres SBCenses do século passado, esse negócio de idade é igual chifre: coisas que colocam na nossa cabeça...

Muitas vezes, nas madrugadas, ela criava suas letras na mesa dos bares, bebendo e fumando, ouvindo canções de bolero, salsa, choro e samba. Se inspirava em seus casos amorosos e na sua vida em geral, suas alegrias, tristezas, dores, anseios e mágoas, para compor suas inesquecíveis letras.

Em 1955 foi vítima de um infarto tendo passado trinta dias internada. Resolveu não seguir as restrições que os médicos lhe determinaram, agravando os problemas cardíacos que trazia desde a infância, problemas que só se agravaram com o tempo, pois abusava do cigarro (fumava mais de três carteiras por dia) e da bebida, principalmente a vodca e o uísque.

Nesse mesmo ano, conheceu o cantor e compositor Macedo Neto, de quem gravou diversos sambas. Os dois se conheceram nos estúdios da gravadora Copacabana e rapidamente foram morar juntos. Antes de se casarem no papel, porém, Dolores engravidou dele e passou por uma gravidez tubária (gravidez de alto risco que acarreta esterilidade materna e perda do feto), interrompendo seu sonho de ser mãe, o que arruinou sua vida e a levou a piora do vício em cigarro e bebidas.

Um fato que a marcou foi que após ter perdido seu filho, ter entrado em depressão e resolvido se casar oficialmente com Macedo, ele proibiu sua mãe de comparecer ao casamento deles, por a mãe dela ser negra, fato que a deixou perplexa e enfurecida. A única que foi ao seu casamento foi a irmã Denise, pois sua mãe e suas outras irmãs não conseguiram ir por tamanha ofensa. Dolores só se casou para não se sentir tão só, pois nunca perdoou o marido por não ter deixado sua mãe ir ao seu casamento.

Após muitas discussões e brigas violentas, desquitou-se de Macedo Neto e passou meses na Europa cantando e se apresentando com seu conjunto musical, fazendo muito sucesso. Lá encontrou e viveu novos e intensos amores.

Em 1957 - então com 27 anos e recém separada, - Tom Jobim (um estreante!) mostra-lhe uma composição em parceria com Vinícius de Moraes. Ao ouvir a melodia, Dolores pega um lápis e escreve Por Causa de Você - e manda um bilhete a Vinícius pedindo-lhe para concordar com a nova letra - e Vinícius prefere a de Dolores.

Esta é mais de piropa do que de lama, não é uma bela cantada? Pedido de volta é música de piropa, de lama é falta de amor, desilusão, essas coisas.

Ah, você está vendo só do jeito que eu fiquei
E que tudo ficou
Uma tristeza tão grande nas coisas mais simples
Que você tocou
A nossa casa querido já estava acostumada
Aguardando você
As flores na janela sorriam, cantavam
Por causa de você
Olhe, meu bem, nunca mais nos deixe por favor
Somos a vida e o sonho, nós somos o amor
Entre meu bem, por favor
Não deixe o mundo mau te levar outra vez
Me abrace simplesmente
Não fale, não lembre
Não chore meu bem

Cantou no Uruguai, na União Soviética e na China, na companhia de músicos brasileiros, mas, por desentendimento dela com o grupo, Dolores muda de planos e realiza seu grande sonho, viajando da China sozinha para Paris. Ficou um bom tempo passeando e conhecendo as maravilhas da cidade-luz.
De volta ao Brasil algum tempo depois, pegou para criar uma recém-nascida, pobre e negra, a quem deu nome de Maria Fernanda da Rocha Macedo, que foi registrada por Macedo Neto, mesmo estando ele separado de Dolores e a menina não ter com ele qualquer parentesco. Dolores se encantou perdidamente pela criança e deu todo amor e carinho possíveis. Passeava com a menina e lhe deu tudo de bom que o dinheiro e o amor podiam proporcionar.
A partir daí, durante os dois últimos anos de vida, compôs algumas das mais marcantes canções da MPB, como Castigo e Olha o Tempo Passando, A Noite do Meu Bem entre tantas outras. Esta é super lama, triste demais... reparem o AI!, é muito sofrido... quase todo samba de lama tem um AI! Sofrido.

Hoje, eu quero a rosa mais linda que houver
E a primeira estrela que vier
Para enfeitar a noite do meu bem

Hoje eu quero paz de criança dormindo
E o abandono de flores se abrindo
Para enfeitar a noite do meu bem

Quero, o alegria de um barco voltando
Quero a ternura de mãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem

Ai eu quero o amor, o amor mais profundo
Eu quero toda a beleza do mundo
Para enfeitar a noite do meu bem

Quero, a alegria de um barco voltando
Quero ternura de mãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem

Ai! como esse bem demorou a chegar
Eu já nem sei se terei no olhar
Toda ternura que eu quero lhe dar

Na madrugada de 23 de outubro de 1959, depois de um show na boate Little Club, a cantora saiu com seu último namorado e com seus amigos para uma festa no requintado Clube da Aeronáutica. Ao sair da festa, resolveram fechar a noite bebendo e ouvindo canções no Kit Club. A cantora chegou em casa às sete da manhã do dia 24. Brincou e beijou muito a filha, já com 3 anos, na banheira. Em seguida, passou os últimos cuidados à empregada Rita: "Não me acorde. Estou cansada. Vou dormir até morrer", disse brincando. No quarto, sofreu um infarto fulminante - que, à época, foi associado a uma dose excessiva de barbitúricos, cigarros e álcool.

SBCenses são também exagerados(as), humanos(as)...

Enviado por: Flávia





Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga 1847 a1935 foi uma compositora, pianista e regente brasileira.
Foi a primeira chorona, primeira pianista de choro, autora da primeira marcha carnavalesca e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Em maio de 2012 foi sancionada a Lei 12.624 que instituiu o Dia Nacional da Música Popular Brasileira, a ser comemorado no dia de seu aniversário.

Era filha de José Basileu Gonzaga, general do Exército Imperial Brasileiro e de Rosa Maria Neves de Lima, uma negra muito humilde. Apesar de opiniões contrárias da família, casou-se após o nascimento da menina Francisca. Chiquinha Gonzaga foi educada numa família de pretensões aristocráticas. Ela conviveu bastante com a rígida família do seu pai. Fez seus estudos normais com o Cônego Trindade, um dos melhores professores da época, e musicais com o Maestro Lobo, um fenômeno da música. Mas  desde cedo, freqüentava rodas de lundu, umbigada e outros ritmos oriundos da África, pois nesses encontros buscava sua identificação musical com os ritmos populares que vinham das rodas dos escravos.

As mulheres SBCenses são transgressoras, desde o século XIX.

Ó Abre Alas, marcha rancho, 1899, é a composição mais conhecida de Chiquinha, e aquela de maior sucesso. A canção foi feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro, citado na letra.O sucesso é considerado a primeira marcha carnavalesca da história.Era comum, naquele tempo, os cordões entoarem versos que anunciavam sua passagem, e a marcha de Chiquinha antecipou um gênero que só veio a se firmar duas décadas após.

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar O SBC é que vai chegar
Eu sou da lira não posso negar
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar  SBC é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar

Então, fiéis à história e à grande SBCense Chiquinha Gonzaga, abrimos nosso carnaval com a adaptação acima.

Voltando à vida da nossa SBCense, Chiquinha inicia, aos 11 anos, sua carreira de compositora com uma música natalina, Canção dos Pastores. Aos 16 anos, por imposição da família do pai, casou-se com Jacinto Ribeiro do Amaral, oficial da Marinha Imperial brasileira e logo engravidou. Não suportando a reclusão do navio onde o marido servia, (já que ele passava mais tempo trabalhando no navio do que com ela) e as ordens dele para que não se envolvesse com a música, além das humilhações que sofria e o descaso dele com seu sonho, Chiquinha, após anos de casada separou-se, o que foi um escândalo na época.

Leva consigo somente o filho mais velho, João Gualberto. O marido não permitiu que Chiquinha cuidasse dos filhos mais novos, Maria do Patrocínio e Hilário. Ela lutou muito para ter os 3 filhos juntos, mas foi em vão. Sofreu muito com a separação obrigatória dos 2 filhos imposta pelo marido e pela sociedade preconceituosa daquela época, que impunha duras punições à mulher que se separava do marido.

Anos depois, em 1867, reencontrou seu grande amor do passado, um namorado de juventude, o engenheiro João Batista de Carvalho, com quem teve uma filha: Alice Maria. Viveu muitos anos com ele, mas Chiquinha não aceitava suas traições. Separa-se dele, e mais uma vez perde a filha. João Batista não deixou que Chiquinha criasse Alice, ficando com a guarda da filha. Apesar disso tudo, Chiquinha foi muito presente na vida de todos os seus quatro filhos, mesmo só criando um deles.

Deu aulas de piano para sustentar o filho João Gualberto e mantê-lo junto de si, sofrendo preconceito por criar seu filho sozinha. Passando a dedicar-se inteiramente a música, onde obteve grande sucesso, sua carreira aumentou e ela ficou muito famosa, tornando-se também compositora de polcas, valsas, tangos e cançonetas.

E tome polca!!! Já ouvi Maria Alcinda cantando... mas cançoneta não sei, nunca ouvi...

Aos 52 anos (mesmo ano da vitória do cordão Rosa de Ouro no carnaval com Ó Abre Alas), após muitas décadas sozinha, mas vivendo feliz com os filhos, a música e os amigos (viram só: temos que estar felizes para incluir um amor bacana na vida, isso é super SBC...), conheceu João Batista Fernandes Lage, um jovem cheio de vida e talentoso aprendiz de musicista, por quem se apaixonou. Ele também se apaixonou perdidamente por essa mulher madura que tinha muito a ensinar-lhe sobre música e sobre a vida. A diferença de idade era muito grande e causaria mais preconceito e sofrimento na vida de Chiquinha, caso alguém soubesse do namoro. Ela tinha 52 anos e João Batista, apenas 16. Temendo o preconceito, fingiu adotá-lo como filho, para viver o grande amor. Esta decisão foi tomada para evitar escândalos em respeito aos seus filhos e à relação de amor pura que mantinha com João Batista, da qual pouquíssimas pessoas na época entenderiam, além de afetar sua brilhante carreira. Por essa razão também, Chiquinha e João Batista Lage, ou Joãozinho, como carinhosamente o chamava, mudaram-se para Lisboa, Portugal, e foram viver felizes morando juntos por alguns anos longe do falatório da gente do Rio de Janeiro. Os filhos de Chiquinha, no começo, não aceitaram o romance da mãe, mas depois viram com naturalidade.

Joãozinho aprendeu muito com Chiquinha sobre a música e a vida. Eles retornaram ao Brasil sem levantar suspeita nenhuma de viverem como marido e mulher. Chiquinha nunca assumiu de fato seu romance, que só foi descoberto após a sua morte através de cartas e fotos do casal. Ela morreu ao lado de Joãozinho, seu grande amigo, parceiro e fiel companheiro, seu grande amor, em 1935, quando começava o Carnaval, dia 28 de fevereiro.

Ó Abre Alas... deixa passar esta preciosa SBCense... aplausos...

Enviado por: Rita

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

CARNAVAL SBC 2013

Okuribito (A Partida, no Brasil), é um filme japonês dirigido por Yojiro Takita. Foi vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2009. Minha memória é muito estranha, ela “tem razões que a própria razão desconhece”, mas com alguma ruminação eu descubro. Vocês não acreditam que ao me sentar para escrever sobre nosso carnaval, a memória desse filme foi a primeira que me ocorreu. Conto o filme e descobrimos: Daigo toca violoncelo numa orquestra que de repente se dissolve, ele tem que vender seu violino e resolve voltar pra sua cidade natal com sua mulher. Lá, procurando emprego, vê um anúncio no jornal e pensa que se trata de emprego de agente de viagens, porém ao chegar à empresa percebe que é uma funerária. Se vê obrigado a trabalhar como preparador de mortos. De início Daigo tem nojo da situação, mas aceita pelo dinheiro. Aos poucos ele passa a compreender melhor a tarefa de preparar o corpo de uma pessoa morta para que tenha uma despedida digna. Passa por situações incrivelmente delicadas, emocionantes, hilárias. Seu chefe, que lhe ensina o ofício de vestir e maquiar a pessoa morta, é uma peça raríssima. E ao final ele percebe (ou o chefe lhe diz, não me lembro) que qualquer coisa feita com profundo cuidado, dedicação, precisão, delicadeza, não tem jeito de dar errado, só vai sair maravilhoso. Então, tudo isso prá dizer que nosso carnaval foi um EPETÁCULO (assim mesmo, sem o esse... mais tarde explico).

Primeira cena do carnaval propriamente dito: já na praça Tejo, a pessoa vem e diz: já saímos na TV, tá dando mais IBOPE do que a renúncia do Papa!!! Rápido momento de latência para compreensão, logo em seguida a turma cai na risada... essa pessoa aprendeu sobre humor com o Kant, Immanuel Kant, que alegava que o humor surge da “transformação repentina de uma grande expectativa para o nada”... Claro que pesquisei sobre Kant, inclusive encontrei outras coisas interessantes sobre o humor, do tipo categorias de humor: ironia e sátira. “...Corrosiva e implacável, a sátira é utilizada por aqueles que demonstram a sua capacidade de indignação de forma divertida, para fulminar abusos, castigar, rir dos costumes, denunciar determinados defeitos, melhorar situações aberrantes, vingar injustiças… Umas vezes é brutal, outras mais sutil”. Quer dizer, ilumina Kant, o SBC, ilumina!!! Descobri que a passada dos dedos nos cantos dos lábios seguida do tapinha no pé (prá limpar gotinhas de veneno) é puramente kantiniana... (tem gente que não presta...)



Fantasias SBCenses: a noiva cadáver foi a que mais brilhou, com os olhos sempre fechados, parecia que estava dormindo em pé, depois fiquei sabendo que era prá aparecer melhor a maquiagem;  também achei que a noiva cadáver era do livro “Mulheres que correm com o lobos”, um livro que fala sobre os arquétipos femininos, mas não, é do filme do TIM Burton!!! ...tinha Avatares, onças, bonecas, palhaços e palhaças não podia faltar no bloco do SBC... tinha a Tia da Pedrita, maravilhosa, exuberante, muito mais sexy que a Pedrita... e tinha a fantasia “meu sonho é um silicone”, era um cara com um vestidinho de chita bem simplesinho e dois limões nos peititos, um de cada lado, numa ligeira alteração de ângulo (um mais baixo que o outro) que o fazia mais sexy... aí eu perguntei, qual é a sua fantasia? E ele responde prontamente: meu sonho é um silicone!”... não é tuudooo!!! Gracinha!!! Por falar em gracinha, a Hebe Camargo andou no nosso ensaio com o bloco Cai&çara, assim como a Dilma, estavam muito felizes com nosso sucesso.








O carnaval é uma festa alegre por excelência, todos somos muito alegres no carnaval, ou ficamos. A alegria dos velhinhos e velhinhas nas casas jogando água na gente... do tipo “não faço isso há muito tempo, desde criança”, é uma delícia, bom demais a sensação de estar levando às pessoas que não queriam ou não podiam sair de casa um tanto de alegria, assim como sermos correspondidos na mesma medida, não tem preço.






Papo SBCense de carnaval: porque será que os homens adoram se vestir de mulher? Um dos motivos provavelmente é por que se permitem mais... se nossa cultura e o mundo atual ainda  é muito cruel com as mulheres, sobre esse ponto de vista é mais cruel com os homens, estes são mais reprimidos no seus afetos, aí no carnaval se permitem liberar seus afetos na forma feminina, liberar seu lado “yin”  (princípio feminino, a terra, a passividade, escuridão, e absorção) sem se sentirem ameaçados. O "yang" (princípio masculino, o céu, a luz, atividade, e penetração) fica intacto. E continua a fragmentação... ou não... Caetano que o diga.



Mas voltando ao assunto, todos ficamos alegres no carnaval. E temos as cantadas alegres: se a pessoa chega perto de você e te pergunta: você joga em que time? Não pense que ela está te perguntando se você é atleticana ou cruzeirense...  tem também: você é entendida? Não pergunte de que? Todo mundo já sabe essa. Mas essa eu nunca tinha ouvido, serve pra gente de todos os times: vamos fazer a unha?... ou se a pessoa te conta... Há, nós estamos fazendo a unha juntos... rsrsrs. Se você fizer o gesto vai compreender. É o seguinte: tirando o polegar, junte os quatro outros dedos uns com os outros e vire a mão prá baixo, aí você dá uma balançadinha (na mão!!!), assim, prá baixo... entendeu? Pois é, isso é fazer a unha!!! Pode!!! Fiquei rosa chiclete!!! Me amarrota que to passada!!! Continuando no mesmo tema... nosso carnaval foi EPLÊNDIDO, EPETÁCULO!!! (não sei porque, não me pergunte, mas não se diz o esse... acho que é porque fica mais... divertido.

Enfim, trata-se de uma responsabilidade de todos nós: fazer a vida ficar cada vez mais divertida, fazermos muitos carnavais na vida. Agora, a pergunta que não quer calar: somos um grupo anarquista ou é o carnaval uma festa anárquica? Apesar dos termos anarquista e anarquismo serem utilizados de maneira pejorativa, o anarquismo “...é uma filosofia política fundamentada em teorias e atitudes que apóiam a obsolescência de todas as formas de governo e coerção, uma vez que estas encontram-se fundamentalmente ancoradas em princípios e práticas autoritárias”. Pronto: a resposta é: somos, o SBC e o Carnaval, anarquistas, lutamos contra o autoritarismo em todas as suas formas, inclusive a pior delas, o autoritarismo do submisso, assim como daquele que se diz não autoritário. 

Texto: Santuza TU



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Desfile do bloco SBC!

Podem preparar os instrumentos, as fantasias e os confetes!!!


Segue os dados da concentração do Bloco SBC no carnaval de Belo Horizonte:

Data: 12/02/2013 (terça-feira)
Horário: 14 horas
Local: Bar do Bolão - Rua Vila Rica, 637 - Bairro Padre Eustáquio - BH/MG > Como chegar

domingo, 27 de janeiro de 2013

SBC é cultura! Lançamento de livro

Convite
 
Propague bondade
Não com palavras
Pois estas não mostrarão
Com devida exatidão.
 
Propague bondade
Com o silêncio,
Verdadeiro silêncio,
Buscando-o no íntimo,
E encontraremos perdendo-o.
Perdendo-se no esquecido coração.
 
Cante bondade
Cante consigo
Com todos
Com tudo
Cante comigo, amigo.
 
Mas lembro-lhe do silêncio.
Essa cantiga e sem som,
Sintam em seus poros, olhos.
Enxergue a música no todo multidão.
Exemplifique, respire-a
Vangloriar-se, não.
 
O convite está feito.
Sempre foi feito
O todo nos envolve
No rico banquete da solidão.
Beba-o.
Embriague-se.
 
E sempre propague
Esta única canção.
 
Esta é uma das poesias do livro ASPIRANDO HISTÓRIAS & EXPIRANDO POESIAS, do meu grande amigo Roosevelt Augusto, pessoa linda, sonhadora e arrojada,  exemplo de empreendedorismo, força, garra na realização dos seus desejos. Então, fez um livro de poesias e, na falta de uma editora, fez sua própria editora, a Fácula.
 
Eu nunca tinha ouvido essa palavra. Claro, fui no Google, o “pai dos burros” como dizia meu pai naquela época sobre os dicionários, alguém é do tempo dos dicionários? Pois bem, segue o resumo do significado da palavra, que acredito seja a inspiração para o nome da Editora. Fáculas são literalmente "manchas brilhantes". Fácula, do latim ¨facula¨ = ¨pequenatocha¨, é um fenômeno que ocorre na superfície do Sol. Tem intenso brilho e atinge milhares de quilômetros de altura. 

Então, é a cara da pessoa, tomara mesmo que a sua Editora seja uma Fácula, atinja milhares de pessoas.Inclusive já constatamos pessoas invejosas do Roosevelt, que já o procuraram avaliando a possibilidade de lançamento de livros que estão querendo escrever ou já escrevendo. Eu sempre digo que a inveja, ao contrário do que sabemos sobre ela (sentimento negativo, pecado, essas coisas que fazem a gente reprimir e negar a mesma), trata-se de emoção completamente produtiva, pois vem a ser uma dica para nossos desejos, descobrindo-se nossas invejas descobrimos nosso desejos e podemos nos assenhorar dos meios para a realização dos fins, melhor dizendo, podemos construir ferramentas adequadas para a realização desses desejos. E não é verdade que nossa sociedade não deseja nem  alimenta pessoas desejantes? Não são ameaçadoras, revolucionárias? 

Então, criando a possibilidade de construir contracultura, de construir um mundo de pessoas mais inteiras, sujeitos, desejantes e construtores de um mundo mais bonito, aí está o Roosevelt, e aí estamos nós o invejando e querendo ir atrás. 

Parabéns, meu querido amigo, não te admiro, te invejo, viu? e vou seguir seu exemplo... O livro teve seu lançamento na quarta feira passada dia 23 de janeiro na Matriz Casa Cultural ali pertinho da Praça Raul Soares, com direito a show e performance do autor, muito bacana! 
E já pode ser adquirido na Gam Livraria, no seguinte endereço: 

Av. Augusto de Lima 233 Sl.40 Ed. Maletta - Centro - Belo Horizonte / MG Tel: (31) 3222.5206, pelo valor de R$12,00, bom preço, ótimo pra dar de presente, você não acham?


Diz ele no seu face: "Vou ter sempre um livro comigo também". Pois bem, apareça no SBC não com um, mas com vários livros... 

 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Bobagens SBCences de carnaval: de como o Cu do Padre vira o HP do Padre...

Então o pessoal se juntou para resolver como seria o nome do bloco de carnaval, eles se encontravam numa pracinha atrás da igreja.
O primeiro, mais afoito, já deu sua opinião: “gente, vamos chamar “O CU DO PADRE!!!”, não há nome mais apropriado! Mas tinha gente religiosa no bloco, amigo do padre, acharam que o mesmo não iria gostar...
“EH!!! Disse o segundo, cu é mesmo uma palavra muito forte... quem sabe se a gente botar CLOCA passa??? CLOACA???  O que é isso???

Cloaca é a câmara onde se abrem o canal intestinal, o aparelho urinário e o aparelho genital das aves, dos répteis e dos anfíbios. A fecundação nesses animais ocorre internamente, o macho enfia o esperma na cloaca da fêmea juntando as duas aberturas cloacais, o chamado “beijo-anal”.

Ao que um terceiro comentou. Cloaca é pouco conhecido, mas é uma coisa multifuncional, né? Parece uma IMPRESSORA...

Facim, facim, o quarto arrematou: então, em vez de impressora, fica mais bonito HP...

HP!!!!! Todo mundo achou bacanérrimo: A HP do Padre, aí a gente coloca a figura da HP com um olho no meio, o olho do disco do Tom Zé!!!!!!

APROVADÍSSIMO!!!!

Aproveitando, PESQUISA ANTROPOLÓGICA, SBCense famoso:

Antônio José Santana Martins, conhecido como Tom Zé,  grande compositor, cantor e arranjador, considerado uma das figuras mais originais da música popular brasileira,  participou ativamente da Tropicália, prá quem não sabe: movimento musical dos anos 60. A partir da década de 90 também passou a gozar de notoriedade internacional, especialmente devido à intervenção do músico britânico David Byrne.

Inspirou sua atuação como artista na figura do "homem da mala", personagem do interior do Brasil, comerciantes que viajavam pelas cidades vendendo produtos variados. Como estratégia para melhorar as vendas, esses homens promoviam verdadeiros shows em praça pública, onde demonstravam a utilidade de seus produtos. Tom Zé conta que ficava maravilhado ao ver como o "homem da mala" era capaz de transformar um local comum em um palco improvisado e colocava-se como artista diante de uma platéia popular amparado apenas por sua capacidade de improviso e de entreter os outros através de narrativas.

Em 1968, leva o primeiro lugar no IV Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, com a canção "São Paulo, Meu Amor".

Vejam a capa do LP “Todos os olhos”,  lançado por Tom Zé em plena ditadura, 1973, nada mais nada menos do que um close de um ânus no centro do qual foi colocada uma bola de gude. O próprio Tom Zé confirma isso.


Conta-se que o fotógrafo convidou uma ex namorada e foram os dois a um motel tirar a foto. Lógico, levaram uma porção de bolas de gude, foi muito difícil, ora por causa da luz, ora por causa da bolinha que não ficada no lugar... Quando levaram ao produtor o mesmo não aceitou, tava muito na cara que era um cu. Fizeram uma segunda tentativa, agora na casa de uma amiga, que sugeriu colocar a bola de gude na boca, ela tinha lábios carnudos, ficou esplêndido, não se sabe até hoje se a foto oficial é uma da primeira leva ou da segunda, ou seja, se do cu ou dos lábios.

Grande SBCense, aí está ele

"Na vida, quem perde o telhado, em troca recebe as estrelas" 
                                                                                           Tom Zé


Agora, difícil foi o Carlitos e eu, mais ou menos as três horas da madruga, já no Cartola Bar, lembrarmos de como foi a lógica do CU virar HP...
Conseguimos, afffff... fica então registrado mais um caso SBCense de primeira... rsrsrsrs

Texto: Santuza TU


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Viagens SBCenses


Confirmado essa coisa de Presidenta ser uma pecha: na praia, onde ninguém a conhecia, ela pegou... pegou também um resfriado, tá com o nariz escorrendo, fungando,  até hoje. Encosto.

Mas referência de viagem boa é quando a gente volta e tem muita coisa prá pesquisar, sabe aquele livro, aquele filme, refletir sobre aquilo que a pessoa falou, ou seja, muitas boas trocas que ficam e nos enriquecem.
A Tu (não a Presidenta) saiu de BH hipersensibilizada com a questão da violência contra a mulher. Queridas, quando estiverem hipersensibilizadas, suportem com humildade! A questão não é ficarmos incomodadas com a hipersensibilidade e sim aprendermos a administrá-la, não deixar de ver nem se desesperar e alienar, mas ver com a serenidade necessária ao movimento de transformação, seja ele de que tamanho for, a começar por você mesma. “Todo homem pertence a outro homem, por direito, tanto quanto caia sobre seu poder... e se pertence a si mesmo quanto repelir toda violência, reparar os danos causados e, em poucas palavras, viver como lhe aprouver”. Este é um trecho do discurso de Spinoza, no Tratado Político, Bento Spinoza, filósofo de l600 e alguma coisa.
“Qualquer ato ou conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública quanto na privada, é considerado violência.” Esta é a definição prevista na Convenção Interamericana (também conhecida como “Convenção de Belém do Pará”), de 1994, para Prevenir e Erradicar a Violência contra a Mulher. Trata-se de fenômenos sociais e culturais ainda cercados pelo silêncio e pela dor. Quatro entre cada dez mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica. Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima dessa violência. Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais fatores que contribuem para a violência. 94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem seu conteúdo. Você sabe?

Trata-se de todos nós, homens e mulheres, aumentarmos nossa sensibilidade de perceber onde e quando reproduzimos de uma maneira super sutil uma sociedade machista e cruel para ambos os sexos (e os outros também) e tentarmos construir relações mais livres, desde as relações afetivo/sexuais até nós no mundo, cidadãos e cidadãs construindo um mundo mais bonito. Temos muito que aprender uns com os outros.


É isso aí: menos violência e mais orgasmos!!!


Nesse contexto foi lembrado o filme (brasileiro) Dias e Noites. Não vi ainda o filme, mas ele foi lembrado assim: a primeira mulher do filme conseguiu se livrar do marido, que a violentava; a filha não conseguiu, apesar do exemplo da mãe, e chegou a ser assassinada, a avó lutou muito pela guarda da neta e conseguiu; a cena final do filme é a neta perguntando prá avó como a mulher conseguiria superar a violência e a avó respondeu: precisamos aprender a dizer não!!! E a netinha sai correndo pela praia... completamente livre interpretação, como ficou no meu espírito.

Continuando o tricô praiano, todos os dias conversávamos até espumar o canto da boca como dizia uma amiga, também livre leitura de uma crônica de Luiz Felipe Pondé, ele escreve na Ilustrada do jornal Folha: dois amigos (ou amigas...) conversando sobre morrer e chegar ao céu, aí um pergunta pro outro: você não tem medo de ser cobrado por Deus de não ter sido um grande escritor, um grande artista, um grande músico, e por aí vai... ao que o outro responde... tenho não!!! A única coisa que tenho medo é de ser cobrado não ter sido eu mesmo(a)!!! sábio demais!!! É o único compromisso que devemos ter: ser você mesma(o)... bom prá princípio de ano, né? E o que significa para você, prá 2013, ser você mesma(o)? comece por responder, ou melhor, por começar a responder, é uma pergunta prá vida toda.

Novas teorias SBCenses sobre a parte C de cerveja: a bebida na praia tem efeitos diversos: na praia não se fica chapada, ficamos iluminadas, tudo fica visceral, a música, as pessoas, energia linda... tipo Caetano...

Aí facilmente passamos para o B de bobagem, o que tem de melhor no B? Piropas. Vocês já experimentaram a piropa pela dança? Então, ele gosta tanto de dançar que desaprendeu de piropar fora dessa situação, ele só sabe piropar dançando! Então ela foi dar uma dica prá ele: olha só, você vai conversando com a pessoa e vai chegando perto dela e fica com sua boca a quatro dedos da boca da pessoa e olhando nos seus olhos, aí você espera a aceitação da mesma, você sentirá... dia seguinte na praia: aí, deu certo? Uai, experimentei, aí quando eu estava a quatro dedos e olhando nos seus olhos ela pôs o óculos de sol!!! EH, acho que não deu dessa vez... mas continue tentanto!!!

Agora, voltando à dança (e lá tem muita dança: forró, reggae, samba, tudo da melhor qualidade, adivinha onde estávamos?), cada um ia prá uma dança na noite e a praia no dia seguinte era a hora do tricô. Então, teoria sobre piropa na dança: há controvérsias, alguns e algumas consideram que uma das melhores horas de piropar é a hora da repescagem, o final de festa. Há que se ter muita sabedoria para joeirar (separar o joio, a erva daninha, do trigo), mas se encontra muita gente super interessante. Então, trata-se de uma espécie de peneirada, e outras pessoas consideram que nessa hora o buraco da peneira sempre alarga... rsrs... mas se você não está na fissura, está por conta do bom acaso, podem também acontecer grande encontros... Experiências SBCenses para 2013, o que acham?


Outras conversas, sobre antiguidades: pessoas que marcaram a geração 80: RENATO RUSSO (vamos comemorar a estupidez humana, ... a estupidez de quem cantou essa canção: venha, meu coração está com pressa..., lembram?) e CAZUZA: sabiam que ele nem sabia seu nome de batismo, por isso não respondia à chamada na escola. Só mais tarde, quando descobre que um dos seus compositores prediletos, Cartola, também se chamava Agenor (na verdade, Angenor, por um erro do cartório), é que ele começa a aceitar o nome. Sabiam também que ele adorava músicas de lama (Cartola, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa, Maysa, Dalva de Oliveira). Conhecem alguém parecido? Esses dois são SBCenses! Alguém podia publicar no blog sobre eles!
Outras antiguidades: já repararam como as gírias entram e saem da moda? Esse cara é prego! Voltou a moda! E “ele é um tipão”, é do tempo das pornochanchadas, de Oscarito e Grande Otelo. Agora, na mesma categoria, comentário sobre uma mulher na praia: “Reparou como ela é melhor indo do que vindo? Estupenda!”

Outro assunto importantíssimo para o SBC: meninas, os homens ADORAM mulheres de cabelos curtos!!! Não todos eles, alguns, os mais sensíveis rsrs, lembram mulheres fortes, que saíram da ditadura do feminino de ter cabelos longos, que dão muuuito trabalho. E mais naturais, com os anelados, ondulados, sararás, que nos fazem tão bonitas!!!
Também ficamos conhecendo a Eliza Lucinda, ela tem casa lá em Itaúnas, estava lá na praia, conhecem a pessoa? Artista, cantora, escritora de livros infantis e adultos, escreve de um jeito bem humorado sobre a negritude. Há, me lembrei agora de outro dado sobre a violência, sem dúvida trata-se de um tipo de violência. A mulher, no mesmo cargo, quase sempre ganha menos que o homem, aí a pessoa disse: dados estatísticos dizem que a mulher negra ganha metade da mulher branca, no mesmo trabalho...


E por último, um exemplo de carência e necessidade de auto-afirmação: o cara passou três ou quatro vezes de Ferrari. A conclusão do grupo: gente, esse cara quer um abraço, vamos fazer a campanha “dê um abraço no cara da Ferrari” rsrsrs.

Enfim, divertida e enriquecedora... obrigada Lu, Carol, Gabi, Flávia, Marcelo, Del... e muitos outros e outras...

Beijos a todos e todas

TU

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Última reunião do ano, dia 16/12/2012

Vamos começar pelo maior bafão, ou melhor, pesquisa antropológica do ano: SBCence famosa relata que ficou com Papai Noel. E não foi bom!!! Ele não tira a bota e tem uma barrigona que esconde tudo mais...rsrsrs. Coitado do bom velhinho... podia ter aprendido com seu conterrâneo, o Capitão America (porque o Papai Noel vermelho é americano, sabiam? uma criação da coca cola). Enfim, Capitão America, que já deve estar também um bom velhinho, diz que enquanto tiver língua e dedo, de mulher não vai ter medo...

Continuamos sessão piadas? Então, tivemos categoria piadas de loucos, nossos colegas SBCenses. Teve a do Ariano Suassuna, que esteve recentemente em BH. Essa nossa amiga SBCense foi ver sua palestra e compartilhou a piada com a gente: diz ele que lá em Pernambuco no tempo que seu pai era secretário da saúde inaugurou-se um hospício, era uma época que estava na onda a “terapia pelo trabalho”, então botaram os doidinhos todos prá empurrar os carrinhos de pedreiro, todos cheios de pedras. Um deles empurrava o carrinho emborcado, aí o psicólogo foi lá perguntar pro doidinho: porque você está carregando o carrinho emborcado? Resposta: sou bobo não sô! Se eu virar o carrinho vocês enchem de pedra, fica pesada prá caramba!!! kkk... doido não é bobo... Suassuna diz que adora doidinhos, são as melhores pessoas... um grande SBCense, Suassuna, alguém podia fazer um post sobre ele, idéia da nossa Presidenta no post anterior.

Aí apareceu a outra piada, de um SBCense que detesta psicólogos quando eles rotulam a pessoa com um teste. Todo profissional fica deficiente quando sofre da falta de visão do todo: o engenheiro que olha prá árvore e não vê a floresta, o médico que olha pro braço e não vê o sujeito, e o psicólogo que olha pro teste e não vê a pessoa. Então, estavam os psicólogos querendo fazer um teste com os doidinhos prá ver se eles tinham melhorado, aí esvaziaram a piscina do hospício, puseram os doidinhos todos por perto e gritaram: Aeeeehhh!!! Vamo nadar gente!!! Os doidinhos foram todos pulando uns por cima dos outros, uma bagunça total... e um doidinho num canto quietinho. Aí os psicólogos trocaram idéia: este tá ficando bom... e foram dar os parabéns prá ele, e resolveram perguntar: e porque você não pulou? Aí ele respondeu: tá louco, sô!!! Eu não sei nadar!!!

Agora, conversa fundamental, ou melhor, filosofia SBCense feminina, ai, o que seria da minha vida sem essa sabedoria!!! Distinções importantíssimas que as mulheres fazem dos homens (as SBCenses, claro...). Tem o homem GALINHA e tem o homem SAFADO!!! Gente, são completamente diferentes!!! Vamo lá, a Presidenta explica: o homem safado gosta de dar!!! Mas não prá todas... Já o homem galinha dá prá todas, sem nem gostar!!! O safado pode ser tímido, pode chegar chegando, pode até ser galinha às vezes, mas faz você se sentir gostosa!!! Já o galinha não pode nunca ser safado, ele faz a mulher se sentir até indesejada, o homem galinha pode até ser um gay enrustido... é isso. Gays assumidos são maravilhosos, mas gays enrustidos!!! AH, não!!!
Os SBCenses que me façam uma versão masculina dessa conversa, por favor, solicita a Presidenta.

Por falar em Presidenta, esclarecendo sobre nosso post anterior: A TU não é a Presidenta, a Presidenta é uma entidade, a TU apenas recebe (psicografa... rsrsr) a Presidenta, quer dizer, ouve a mesma, por isso é a OUVIDORA da Presidenta, sim?!?!? Mesmo porque depois desse negócio de Presidenta ela não pega mais nada, nem safado, nem galinha, nem nada!!! OH dó!!!

Teve também um mantra cantado para acalmar, SBC é pura cultura: OM NAMAH SHIVAYA, pronuncia-se on na ma chi va ia, cantando em tons crescentes, é também um ótimo aquecimento e exercício respiratório, vamos usá-lo como pré ensaio SBC das músicas, ô gente chique sô!!! E, além de exercício respiratório, é também um exercício emocional, significa “... inclino-me perante o meu divino ser interior...” bacana demais!!!

Nosso encontro aconteceu no Cartola Bar, e conseguimos o objetivo de organizar nosso repertório de carnaval e de sambas, com a preciosa ajuda da nossa querida anfitriã Solange, que deu umas dicas de tons, organização das músicas e muitas coisas mais. E fomos dar continuidade na casa da nossa querida SBCense Flavinha, com trocas de amigo oculto, mais ensaios, mais amigos e amigas, tudo de bom...

Nossa “BASE PUXADORA” já está quase formada, mas precisamos ensaiar bastante em janeiro prá    “...fazer bonito nesse carnaval”, como diz nosso grande compositor Carlitos. Então combinamos de ensaiar nos três últimos sábados ou domingos de janeiro de 2013, ou seja, 12 ou 13, 19 ou 20 e 26 ou 27 de janeiro. Nosso primeiro ensaios será na casa da nossa grande SBCense Jana que, além de estilista oficial do SBC, é também a melhor chef  de BH, de Minas, talvez  do Brasil. Ela nos brindará com um almoço que, segundo ela, agradará a carnívoros e veganos.

Ficou também uma conversa sobre a possibilidade/necessidade de gravarmos um clip de nosso hino. Vamos tentar fechar esse assunto para nosso próximo encontro?
Beijos a todos, adoro fazer parte deste grupo.

TU








segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

IDÉIAS SBCenses

Caríssimos amigos e amigas,

Como todos(as) sabem, a nossa Presidenta andou viajando, como sempre...  rsrsrs... a do SBC, não a do Brasil...
Viagens sempre servem para abrir horizontes... e nessa última andança ela passou pela nossa linda terra de Minas, Araxá. Passando por lá não podemos deixar de lembrar a Dona Beja (ou Beija), a cidade faz muitas referências a ela.
E a Presidenta começa a se lembrar do que conhece da pessoa: uma mulher que viveu no século XIX,  atraia pela sua beleza, amava Antonio e ficou noiva dele, foi ele que lhe deu o apelido de Beija, pois ela lembrava a doçura do Beija Flor. Mas foi raptada por um ouvidor do imperador que matou parte da sua família e a levou para outra cidade e a fez sua amante. A mulher era foda, não se submetia, quando o Ouvidor estava ausente ela recebia outros homens e foi acumulando jóias!!! Uns dois anos depois o cara volta prá Portugal e ela volta rica prá Araxá. Aí foi procurar Antonio e o bosta já tinha casado com outra. Aí ela, por vingança, abre um bordel e fica cada noite com um homem, o que lhe der mais jóias. Todos os homens de Araxá ficam com ela, e a mulheres ficam loucas. Uma manda prá ela, como se fosse um quitute, um prato de bosta!!! Ela devolve uma flor!!! Sacaram!!! Inteligente demais, né? Ela recebe uma noite o Antonio e tem uma filha com ele, depois manda matar o cara!!! E depois vai prá uma cidade chamada Bagagem, hoje Estrela do Sul, onde torna-se empreendedora de garimpo, fica muito rica, a pessoa!!!
Ai a nossa Presidenta pensou: Essa pessoa é SBCence, super SBCence!!! Tá dentro de toda filosofia SBCence... no SBC só tem gente inteligente, né? Empreendedora... meio burra também rsrsr matar por amor!!! Antes isso que morrer, mas não precisava, enfim, ninguém é perfeita... mas vocês não acham essa pessoa uma autêntica SBCence?



  
Aí a idéia, e o desafio (melhor, o convite):
SBCences (homens e mulheres) :
Vamos publicar no BLOG figuras bacanas que podem ser consideradas SBCences?
Pesquisa antropológica sobre ilustres SBCences históricos (na memória) e contemporâneos (ou atuais).

Na verdade a idéia começa antes de D. Beja, mas se concretiza com ela. A Presidenta (da qual sou apenas uma ouvidora) me pede prá contar a história: desde quando ela começou a ser chamada de D. Olympia (veja post de 22 de outubro de 2012) porque a mesma anda pelas ruas pegando tudo que vê de garrafinha para fazer chocalhos, e que se escolheu a D. Olympia como nossa Patrona, depois corrigido para patronesse viu gente!!! Não é patrona, é PATRONESSE!!! Desde então a polêmica na diretoria: Patrono, Patronesse, Padrinho, Madrinha.

Foi então elaborada a seguinte teoria: Padrinho e Madrinha do Bloco deve ser gente em memória. Já Patrono e Patronesse trata-se de gente presente, tipo um homem e uma mulher que o SBC homenagearia (de preferência pessoas que pudessem “doar” alguma coisa que o SBC precisa... e o SBC precisa muuuito de instrumentos!!!

Daí a necessidade da pesquisa antropológica, não só para decidir sobre  Patrono e Patronesse, mas também para homenagear/incluir pessoas bacanas no SBC, assim como também para conhecermos mais pessoas ilustres, tanto atuais como históricas.

A idéia é essa, de fazer semelhante ao post acima,  ditado pela Presidenta sobre a D. Beja: falar um pouco sobre a pessoa, situá-la historicamente, e principalmente dizer por que a mesma está no SBC, qual ou quais eventos ou características a fazem SBCence. Mandem para o mail: sbccoletivo@yahoo.com.br que será publicado no nosso blog com o maior prazer... participem!!! O SBC agradece.

Inclusive já em conversas da nossa Presidenta com a Diretoria (ou seja, todo SBCence...) já apareceram inúmeras sugestões de pessoas bacanérrimas, históricas e atuais, super SBCenses, só falta fazer a pesquisa antropológica, as sugestões estão a seguir:

Ângela Diniz, Leila Diniz, Brigite Bardot, Dolores Duran, Dercy Gonçalves, Elza Soares, Solange do Bar Cartola, Dóris da História do Samba, Aline Calixto...

Homens: Jamelão, Tom Zé, Ariano Suassuna, Guimarães Rosa, Seu Marcelo (pai do Carlito, nosso compositor), Warley Henrique, grande cavaquinho, Bolão do Choro, Seu Ronaldo Coisa Nossa do Bar Opção...

E assim vai...

Estamos aguardando, vai ser uma brincadeira super legal...

Bjus

TU

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

NÍVEIS DE ALCOOLISMO 2

Leiam nossa primeira teoria sobre níveis de alcoolismo (postagem de 5 de março de 2012)...
Agora, a segunda: No SBC ter dupla personalidade é para os fracos... temos múltiplas!!!
Então, olha o cara: TU, tem um EU que não gosta de beber, e um outro EU que não tem limites, bebe até ficar brincando de tourada com tudo quanto é mulher no meio do salão.
Não Fil (não falo qual Fil, no SBC tem uns cinco), vamos beber só um pouco!!!
Fil: Este é o problema: tem esse Fil número dois que bebe só um pouquinho, mas depois desse pouquinho ele desperta o Fil número três, que bebe muuuito e chega no Fil número quatro... entendeu????
Fazer o quê?????....... rsrsrsrsrs
Nessa noite conseguimos o nível dois e conversamos até espumar o canto da boca.

                                                          Obrigada Fil, pela sua amizade.

                                                                           Beijos, querido, até...

Texto: SantuzaTU