quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Artes na Pandemia "Primavera Pandêmica"



Quero musicar alguns versos

De todo esse horror

Não vejo mais meus amigos

E nem sei onde estou

Muita gente morrendo

Muita gente amiga com dor

Enquanto isso algumas pessoas

Batem palmas para um Ditador

Queria escrever como Chico ou Belchior

Vou aqui treinando

Buscando um pouco de louvor

Tenho medo desse exílio

Sinto saudades dos meus amigos

Tô vivendo de comer macarrão

Não tenho bala na agulha

Me falta arroz com feijão

Não quero ir na igreja, nem no templo e nem na reunião

Descobri que por lá

Ninguém tem compaixão

Me culpo desse lapso criativo

Em meio a tanta destruição

Sinto saudades dos meus amigos

Um beijo para vocês

Do fundo do meu coração

 

Camilla Müller  13/09/2020


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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Artes na Pandemia "Cidades na Cidade" de Mário Teixeira

Morro


Cidade



O grande artista Mário Teixeira é reconhecido em Belo Horizonte por seus quadros temáticos. Traços fortes, vivacidade e expressividade. Suas pinturas a óleo são expostas e vendidas na Feira Hippie ( Feira da Avenida Afonso Pena) e também participam de exposições em conceituadas galerias de arte.

Nas pinturas acima podemos ver uma composição contrastante entre dois ambientes diferentes que fazem parte do cenário das grandes cidades.

Acesse o Facebook do pintor para conferir o trabalho.
https://www.facebook.com/marioteixeira11  

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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Artes na Pandemia "Citação"



Esperam que eu seja:

Mais feliz,

Mais saudável,

Mais esperta, 

Mais popular,

Mais produtiva, 

Mais rica,

Mais invejada, Mais admirada,

Mais...Mais...Mais...

O que pretendem afinal?

Lembrar-Me do que não sou?

Lembrar-Me do que preciso ter?

Focar nas faltas da minha vida?

A falta é sempre uma companheira, está aí.

E na verdade, o que falta é, 

Discernir no pouco o que é essencial

Daquilo que no muito é apenas bom.

Eu necessito de comida, água, casa para morar

Além disso preciso classificar,

pois é irresistível e tentador ceder às vontades e aos desejos.

Que eles não sejam obrigados.

Por que obrigada, exigida, imposta,

nem a felicidade eu quero.

Quero selecionar vontades e desejos, consciente.

De que nem sempre são essenciais para mim,

Discernir

Priorizar

Domar a minha fera,

que sempre tem algo novo para acrescentar,

Ao saco roto da minha vida, 

Que ela anda arrastando assoberbada,

Embora nem seja senhora de si.

E nem saiba fazer minhas escolhas.


Claudete Coutinho


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