quarta-feira, 30 de maio de 2012

Encontro de Música


Tem gente no SBC que não come nada vivo!!! Ou seja, nenhuma carne, entenderam?
Quer dizer, diz ele... a gente acredita, fazer o quê...
Trata-se de filosofia de vida, no SBC tem isso, e podemos aproveitar, é o que mais tem no SBC, grande trocas e crescimentos.
Eu entendi o seguinte da filosofia: não é porque é vegetariano, não, é porque para alimentar animais podem acabar com o verde da Amazônia!!! Então, vamos parar de comer carne, mas temos que comer ovos, leite, derivados, por causa das proteínas.
Mas a piada SBCenses a gente não podia perder, né... inclusive essa pessoa deve criar o men’s liberation front, que será a versão masculina da filha da Chiquita Bacana ... entrei pro women’s liberation front...

Tem gente também que diz que eu não invento nada, eu só transcrevo o que ouço, assim tipo “baixando”, a lá Chico Xavier (outro Chico!), tem até que botar a mão na testa!!! Afff, tem gente que não presta...

Agora, tem outras gentes que ri quando fica excitada!!! Os homens não gostaram, correm o risco de pensar que seja por causa do uizinho!!! (o tamanho, lembram?). Acho que não... o riso é nas etapas iniciais do processo, não nessa etapa, ok? Nessa etapa seja o que Deus quizer... diz um amigo SBCense: enquanto eu tiver língua e dedo, de mulher não tenho medo... (isso é antigão...)

E foi por aí nosso encontro da equipe de música, domingo passado, dia 20 de maio, regado a vinho e macarrão.

E sonhos: sonhos que se sonha junto... não sei o ditado, mas podem se transformar em projetos e se realizarem. O sonho é o SBC se transformar num projeto social/cultural, ou seja, sair por ai cantando nas praças, nos metrôs, em asilos animando velhinhos e velhinhas e por aí vai... AH, também em cidades do interior.

Percebemos que uma característica interessantíssima do SBC é a inclusividade, que pode ser usada como um grande diferencial. Explicando: num domingo fomos convidados pelo Luiz Cláudio e alguns SBCenses fomos ao Brasil 41 numa roda de samba... aí tinha uma mesa do lado com uns rapazes e moças, eles ficaram de butuca, os olhos brilhando... no que olharam pro meu saco laranja de percussão de reciclo, eu enfiei a mão no saco e tirava um instrumento e jogava prá eles, e eles aparavam, e tirava outro e jogava, nenhum caiu no chão, foram uns 10 instrumentos... e eles se integraram fazendo um lindíssimo coro de percussão... super lindo isso, né!!!!!

O Luiz Cláudio, grande sociólogo, me ligou depois e fez uma espécie de exercício de admiração ao grupo: o SBC se parece com a filosofia do Sumak Kawsay, que se traduz como Bem Viver ou Vida em Plenitude. ...” sinto que nosso encontro para partilhar momentos felizes tem esse sentido”. Legal, né? Trata-se de proposta de bem viver dos povos indígenas andinos, Sumak significa plenitude e kawsay viver. Não se trata de viver melhor ou viver cercado de conforto. Trata-se de viver em plenitude. ...”plenitude implica fazer da felicidade um projeto comunitário, coletivo. É saber construir relações de solidariedade, não de competição; de harmonia, não de hostilidade; e estabelecer com a natureza vínculos de parceria cuidadosa”.  Inclusive já faz parte da constituição do Equador, redigida entre novembro de 2007 e julho do ano passado, a chamada "revolução cidadã". Entre as principais mudanças introduzidas nessa Constituição está a mudança no padrão usado para avaliar o desenvolvimento do país, que deixou de ser o progresso econômico e passou a estar centrado no conceito do "bem viver".

Não conhecia essa, filosofia, conhecia há algum tempo uma parecida, o FIB, conhecem? O conceito da Felicidade Interna Bruta – FIB, nasceu em um pequeno país chamado Butão localizado nas encostas do Himalaia, entre a China, a Índia e o Tibet. A idéia está em demonstrar que o Produto Interno Bruto – PIB, não é o melhor indicador de crescimento e satisfação de uma nação. O rei do Butão insatisfeito com o materialismo do Produto Interno Bruto, criou em 1972 o conceito da FIB. O modelo da Felicidade Interna Bruta – FIB, baseia-se no princípio de que o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade humana se dá quando o desenvolvimento espiritual e o material acontecem lado a lado, complementando e reforçando um ao outro.

Simples assim! “A Simplicidade é o ultimo grau de sofisticação”,  frase de Da Vinci. Tem uma música interpretada por Luciana Mello, Simples Desejo, composição de  Daniel Carlomagno e Jair Oliveira  que tem um trecho assim:

... Legal ficar sorrindo à toa,
Sorrir pra qualquer pessoa
Pra viver e pra ver
Não é preciso muito
Atenção, a lição
Está em cada gesto
Tá no mar, tá no ar
No brilho dos seus olhos
Eu não quero tudo de uma vez
Eu só tenho um simples desejo
Hoje eu só quero que o dia termine bem...

Não é que o Butão com o FIB e o  Sumak Kawsay do Equador têm muito a nos ensinar se o nosso desejo for o de construir um país onde todos, ao menos a maioria, sejam felizes?

E não é que o SBC faz política, entendendo política como fazendo parte de todas as relações, desde na cama até no social, cidadania, pensar (e agir) como autores e atores de um mundo melhor?

Chique demais, sô...


                                                                                 texto: Santuza Tu