segunda-feira, 6 de julho de 2015

Projeto CORAL engatilhado!!! Gratidão...

Gente, foi ontem!!! depois de duas ou três tentativas frustradas de reunir pessoas em torno do nosso projeto,  enfim conseguimos inicia-lo!!! Aprendizagem: se não está dando certo, mude a estratégia... mas não perca de vista seu objetivo, desejo, sonho, ideal... o que for...
 
E foi muito lindo... assim: depois de um super tropeiro da Sol, lá no nosso Bairro Aparecida, despencamos para o Bairro Betânia, Lar de Idosas Recanto Feliz. Senhorinhas lindas, algumas alegres, outras tristes, outras interessadíssimas, outras já fechadas no seu mundo particular; umas de caras boas, nos receberam com um sorriso, outras nem tanto... mas o que é certíssimo é aquilo que dizem sobre fazer algo de bom pelas pessoas: o que fazemos já retorna imediatamente prá nós... na forma de bem estar, de alegria... saímos de lá muito bem, leves, com a sensação de que a vida vale a pena... quando a alma não é pequena, como diz o poeta...


Fotos do cel da mais nova SBCense, nossa querida amiga Márcia Mello
 
 
Ai, e o nosso maestro!!! lindo... pessoa linda... atencioso, carinhoso com todo mundo, com o público (as senhorinhas...) e conosco, seus pupilos... Trata-se de Eduardo Pio, grande músico, cantor, compositor, que abraçou nosso Projeto CORAL com os olhos brilhando... sempre digo para as pessoas: vá onde seu olho brilha... e é muito bom perceber os olhos brilhando junto com os nossos, num projeto em comum... sentimento de força, e gratidão...
 
E os novos SBCenses... fazendo parte do CORAL, as famílias das lindas se apresentando, as alunas do Pio, a maioria voz e violão, nosso grande futuro artístico!!! Todas já da diretoria SBCense, como lembra o Pio, todo mundo que entra pro SBC ´já é da Diretoria, já é importante, trata-se de conceito SBCence... Junto com a ressignificação do conceito de Bobagem: toda coisa boa prá vida, bonita, que nos enriquece, inclusive bobagem no sentido "restrito" do termo... e Cerveja, pode ser o que você queira, a Cachaça não muda a sigla SBC... lembrança de SBCense presente: Comida!!! porque não precisa ser líquido, pode ser também sólido!!! o que remete ao B... que bobagem... rimos muito...
 
 
Abrimos o evento com Chiquinha Gonzaga: Abre Alas... será nossa primeira música, que já vem abrindo nosso carnaval, próximo ano com a abertura pelo nosso GRANDE CORAL, inclusive com  releitura SBCense (rsrs) : Oh Abre Alas, que eu quero passar, o SBC já tá prá chegar, o SBC é que vai ganhar... ficou legal, neh!!!
 
A Chiquinha Gonzaga faz parte da nossa Galeria de SBCenses famosas. Leiam nosso post de 4 de março de 2013, ela está lá junto com Dolores Duran, vocês conhecerão um pouco da vida dessas mulheres SBCenses maravilhosas...
 
 
 
Depois vieram as apresentações individuais das lindas alunas do nosso querido maestro Pio... e, por fim, fechamos o evento com Taí,
 
Excelente resgate do melhor do nosso carnaval...
 
 

 
 Então, essas duas músicas farão parte, com certeza, do repertório do nosso CORAL...
 
E, por último, a conversa SBCense mais bacana, daquelas "elaborações que servem de reflexão prá todxs nós", ow sorte de pertencer a esse grupo que tanto me enriquece, me faz crescer e me transformar numa pessoa melhor, mais bonita e mais feliz,  em todos os níveis de relação, desde as afetivo-sexuais passando pelas relações de trabalho, família... até a mais ampla, eu enquanto cidadã...
 
Pois não estávamos conversando sobre cinema e uma SBCense lembrou do filme A Outra (Another woman, titulo em inglês), do Woody Allen, de 1988, um dos "filmes da minha vida", igual temos no SBC a "canção da minha vida". O filme conta a história de uma mulher dos seus cinquenta anos, super bem sucedida... Ela decide escrever um livro e então resolve alugar um escritório para escrevê-lo, pois alega que em casa não teria um bom desenvolvimento. No que começa a escrever passa a escutar as conversas de um terapeuta que possui um escritório ao lado do seu. As conversas entram por um duto de ventilação e desembocam em seu escritório. Ela acaba escutando a terapia de uma paciente, e este fato abre portas em sua mente e passam a provocar reflexões em sua vida. À medida que angustias da paciente surgem, ela não consegue deixar de escutar e perceber que por uma coincidência, cada palavra dita se encaixa em algo que ela deixou no passado. Começa a perceber que seu mundo não é tão perfeito e que sua posição austera e cheia de si só fazem as pessoas fingirem que possuem um bom relacionamento com ela. Isso a incomoda ainda mais... e aí ela vai passando por um processo de renovação\renascimento. E, no filme,  temos uma época do ano em que as árvores começam um período de desfolhamento até chegarem ao inverno completamente sem folhas, assim como nossa protagonista que passa por um processo análogo. 
 
E, para mostrar esse processo de renovação\renascimento, Allen  usa, além de uma iluminação que lembra o outono, metáforas lindíssimas que provocam reflexão da protagonista, assim como também a nossa.
 
 
 
...Então, TU, uma dessas metáforas lembra demais um conto da Clarisse Lispector, é como se o Allen tivesse lido a Clarisse e se inspirado nela para construir uma cena do filme, acho que um sonho da protagonista: uma pantera se debatendo presa numa rede, e quanto mais ela se debate mais ela vai ficando presa... sem conseguir perceber o movimento certeiro que a libertaria... e eu me identifiquei imediatamente com a pantera, e penso que essa cena tem tudo a ver com a vida da maioria das mulheres, a rede seria nossas prisões culturais, o movimento certeiro é aquele que nos levaria à liberdade de ser, de construir nossa identidade, quem eu quero ser... e o Allen me ajudou nessa construção.
 
E algum SBCense pergunta: e para nós, homens, como poderíamos interpretar essa metáfora para nossas vidas? o outro: eu me vejo, ou nos vejo, a nós, homens, nesse nosso mundo ainda tão machista, patriarcal, também numa rede, não tenho a menor dúvida que estamos também nessa rede, que nos amarra, que nos "impede" de sermos pais mais responsáveis, mais envolvidos, trabalhadores mais realizados, amantes mais comprometidos com a construção de novos modelos de relação, melhores cidadãos... e por aí vai... e um terceiro SBCense: isso mesmo, mas me vejo diferente daquela pantera\mulher, não me vejo debatendo, estou sentado, acomodado nas "vantagens" (ou ilusão de vantagens) que este mundo machista me proporciona... conversando sobre isso me deparo com os perigos da acomodação e também com um "sofrimento" que nem consigo perceber, o "sofrimento da diminuição da vida"... eh, dá trabalho viver de maneira mais autêntica...
 
E pensei: são essas mulheres e esses homens que estão construindo um mundo melhor... e precisamos mais deles e delas... e, mais uma vez, que sorte a minha de fazer parte dessa construção...
 
Beijos a todxs...
 
TU