domingo, 18 de fevereiro de 2018

CARNAVAL 2018 - SBC sempre surpreende...

O SBC sextou gente!!! nosso sexto desfile... Estamos felizes e honradxs...


Sentada aqui pra escrever nossa crônica pós carnaval... e a primeira ideia que me vem a cabeça:
"SE NÃO POSSO DANÇAR NÃO É MINHA REVOLUÇÃO"... Já é nossa grande SBCense reverenciada: Emma Goldman, e vale a pena ser repetida. Pois o carnaval, mais uma vez, nos lembra que revolução é feita com dança, canto, riso, que quebram paradigmas  e nos levam a construir novos modelos da cidade que queremos, do mundo que queremos: mais alegre, mais cordial, mais igualitário, mais livre, mais justo, mais inclusivo. Claro, também podemos ver no carnaval o mundo que não queremos: autoritário, agressivo, limitador... e por aí vai...

Primeiro, o carnaval 2018, no geral, foi essencialmente feminista: aproveitamos para marcar presença nos blocos com o que queremos nas relações: NÃO É NÃO... e é muito simples saber se uma cantada (piropa, na linguagem SBCense) tem respaldo, está sendo correspondida. Não sendo assim é machismo, violência... Pronto... nós, mulheres, nos afirmando enquanto sujeitxs desejantes e atuantes.

Segundo, o carnaval foi uma forma de protesto contra o que estamos vivendo no que diz respeito à política. Isto aconteceu tanto na forma mais visível nacional e internacionalmente: "Meus Deus! Liberte o cativeiro social!"... quanto nas formas mais sutis nos blocos aqui da nossa Belo Horizonte. Fora Temer era uma constante em todos os blocos.



Agora nosso desfile: como sabem, o SBC desfila pouquíssimo, só "rudiamos" o quarteirão... gostamos de concentração e dispersão, são as oportunidades das conversas SBCenses, dos risos, dos bons encontros...então, na nossa bateria, além da presença honrosa de quase toda a família BRASIL, obrigada seu Marcelo e dona Maria... tivemos também a alegria da inclusão da bateria do Bloco Intervalo, super bloco amigo que desfilou pela primeira vez no pré carnaval... bateria afinadíssima, incluindo também parte da bateria do Bloco Saudade, que desfila na quarta feira de cinzas. Só temos a agradecer e nos comprometer com a parceria constante desses blocos maravilhosos.

Aí, como estava dizendo, viramos o quarteirão e paramos de novo na porta da casa de velhinhas da rua Apolo... é muito emocionante ver a alegria dessas velhinhas, todas vindo a porta e fazendo poses para as fotos, e cantando as marchinhas antigas.



Virando a rua Henrique Gorceix, lá pelo meio do quarteirão ficamos sabendo do falecimento de uma pessoa naquela casa. A intenção do SBC era parar a bateria e passar a casa em silêncio em sinal de respeito. Porém, a viúva pediu pra rezar um pai nosso. Parece que todas as pessoas aderiram e rezaram. Mas também recebemos críticas:
- Tu, o respeito ao luto era super bacana da parte do SBC... mas a oração, não sei, me parece uma "imposição" da religião católica... pessoas praticam outros credos, a religião é uma escolha de foro íntimo e todas devem ser respeitadas.
- Sim querida... seria mais democrático, como deseja ser o SBC.

Enfim, viramos a Francisco da Veiga e chegamos a nossa esquina com Vila Rica... dispersão... com grande alegria...

Aí vieram as tristezas: nosso sexto desfile, e até então nunca tivemos nenhum problema com Belotur e as outras instituições que se colocam à disposição para a realização do melhor carnaval:
- BHtrans: espetáculo. chegou antes das 14 horas e se disponibilizou a fechar o quarteirão no horário que sinalizássemos. Gente agradável no contato.
- Banheiros já instalados... containers de lixo fora dos lugares já marcados com antecedência.
- Aí passa pessoa da Belotur e aponta problema com toldo de proteção ao som e aos instrumentos. Segundo a pessoa, toldo é considerado palco. Hein? e se chovesse, por exemplo, como cobriríamos os possíveis danos? tanto de chuva quanto do sol... não entendemos... muito menos o tom grosseiro...
- e, por fim, a truculência da PM. Olha só... nos nossos cinco desfiles anteriores tivemos policiais durante todo o desfile... bem educados(as) me lembro de uma policial muito bacana no desfile do bairro Aparecida. Agora, dois policiais chegam as 18 horas somente para acabar com o evento... e, de uma forma grosseira. Só um pedacinho da conversa: Senhor, não queremos nenhuma dispersão com gás ou qualquer forma agressiva, como está acontecendo em outros blocos por favor... Senhora, isto não está acontecendo em outros blocos, a senhora presenciou tal fato? me dê provas! E, se aconteceu, foi porque precisava... 

Por aí... vamos encerrando nosso encontro e desligando o som... não pode som ambiente, pois o evento tem que terminar...

Agora, o SBC não perde oportunidade para as boas (e risíveis) conversas (ou melhor, filosofias). Pois não é que tem um conselho sobre relações íntimas mais ou menos assim: olha, pra se trabalhar uma relação pra ser boa, é preciso sempre , todo dia, praticarmos três coisas básicas: conversa, riso e sexo... nessa ordem: conversa... sexo... riso... sexo... sexo... sexo... ou seja: sexo sempre entre as três coisas. Mas não exagere no sexo... é só entre as três coisas, entendeu?

Acréscimo à teoria SBCense sobre Níveis de Alcoolismo, já publicado no nosso livro "Diário do SBC", a venda na Livraria Ouvidor Savassi:
... ai a pessoa (SBCense, claro...) te diz: Tu, quando eu estiver no nível 3 me avisa que eu vou embora, tá? então vc avisa: querida, voce já tá chegando no nível 4! e ela responde: Que isso!!! agora que tá ficando boa a festa!!! que repressão soh!!!
só te resta rir... kkk



Por último registrando a honrosa presença do nosso grande compositor Seu Ronaldo Coisa Nossa...



SBC chegamos nós soltando a voz!
Soltando a voz SBC sejamos nós!

O SBC agradece a  todxs pela presença!!! mais fotos no nosso facebook...

Abraços carinhosos e até nosso próximo encontro.

Santuza TU