domingo, 19 de janeiro de 2014

SOBRE RACISMO, MACHISMO, PODER E EMPODERAMENTO





Aprecio as pessoas (e coisas) simples e diretas... incluindo a escrita de forma simples e com profundidade. Li, nessa categoria, há pouco tempo, no Portal da Mulher Negra, artigo de Flávia Simas: Morra de inveja!": Como funciona o racismo estrutural. Ela conta que, de ... numa época,  tão acostumada com as sutilezas do racismo brasileiro, não ligou muito de uma amiga dizer “morra de inveja” comparando os seus cabelos (lisos) com os dela (anelados)... até quando ela mudou bastante, se politizou e percebeu que eu não precisava se calar mais frente às injustiças que acontecem nesse mundo. 

E não se calou. E disse do racismo estrutural. Atitudes racistas são tão "normalizadas" que passam batido. E são dificílimas de serem vistas, denunciadas e combatidas. É sutil, é quase imperceptível, mas mantém "cada macaco no seu galho".  ...”Estranhamente a realidade não muda. Não muda o fato de que, num restaurante em que estamos sentados eu, meu marido (preto) e nosso amigo branco, o garçom tenha entregue a conta ao amigo branquinho, que nem ia pagar a mesma, pois ele era o nosso CONVIDADO e o garçom teve que dar uma voltinha para entregar a conta a ele, pois quem estava mais próximo era meu marido. Não muda o fato de que eu sou extremamente mal-tratada em lojas de grife em Goiânia mesmo tendo grana pra fazer minhas compras”...

E disse mais: “Não muda porque, na sociedade brasileira, os lugares estão demarcados. Gente preta, só no entretenimento. A mulher negra, para ganhar visibilidade, precisa estar atrelada à imagem de sensualidade. Eu já ouvi chorume de que 'brancas não podem participar do globeleza, e que isso é racismo contra brancos'. Sim, meus caros, eu ouvi. A pessoa que escreveu isso não tem idéia de como o racismo estrutural funciona. Porque ela provavelmente está lá, no lugarzinho dela de privilegiada. Não entende que o próprio concurso já é uma aberração, um ato de extrema objetificação da mulher negra, que só é considerada enquanto corpo, nunca enquanto mente, nunca enquanto alguém que pode 'apresentar a copa', por exemplo. Não entende que o concurso não está dando visibilidade às mulheres negras, mas sim mantendo as mesmas em seu lugar: o de apelo visual, pois é 'pelo corpo que se conhece a verdadeira negra'...”

Me parece imediato o raciocínio de racismo estrutural para machismo estrutural. E continuei pesquisando sobre os temas. Encontro em coluna do Carta Capital Marília Moschkovich, socióloga, militante feminista, jornalista, que aponta a “crueldade da inversão” e a “falsa simetria”, falas muito comuns de serem ouvidas, quando se trata de qualquer tipo de opressão.  “A falsa simetria é quando, querendo tratar tudo com "igualdade", nós fingimos que a desigualdade de poder não existe. Por exemplo, a idéia de que precisaríamos ter um "Dia Internacional do Homem" porque existe o 8 de Março, é uma falsa simetria (assim como a falácia de que deveríamos ter "dia da consciência branca" e outras barbaridades e bobagens que escutamos e lemos por aí). Especialmente quando se trata de opressões estruturais, as desigualdades não podem ser ignoradas”.

Encontro também no ótimo blog “Papo de Homem” o escritor Alex Castro dizendo que o problema do Brasil não é o machismo individual de uma ou outra pessoa, mas o machismo estrutural, constitutivo, de nossa sociedade. Ele não propõe uma reflexão individual sobre nosso próprio machismo porque acredita que isso não adianta nada. “...Vai ter gente dizendo que não é machista porque nunca bateu em mulher e outro vai dizer que é machista porque sente tesão pela bunduda mesmo achando ela burra e chata”. O que ele propõe é uma reflexão sobre como funciona o nosso país, sobre nossa história, sobre nossas dinâmicas sociais, sobre nossa política, sobre nosso padrão de beleza, sobre nossa literatura. E ele diz: ... a própria estrutura da nossa sociedade é tão arraigadamente machista que não é necessário haver pessoas-de-opiniões-machistas no controle. ...basta que todos façam seu trabalho honestamente, que a polícia desconfie sempre das mulheres que gritam “Estupro!” ou que as agências de publicidade continuem sempre objetificando a mulher, além de mil outras pequenas coisas que nos soam totalmente naturais, e pronto, as mulheres continuarão efetivamente afastados dos centros de poder – sem que exista uma única lei contra elas! Apesar de termos uma presidenta…

Embora sejam pertinentes suas colocações (importantíssimo analisar do GERAL para o PARTICULAR), as minhas reflexões vão pelo outro lado, do PARTICULAR para o GERAL, de como reproduzimos quase diariamente tanto o racismo como o machismo estrutural. Ontem, conversando com uma das pessoas mais esclarecidas que conheço, um homem sensível, com bom ouvido e boa fala, eu estava sendo naquele momento sua escutadora, ele me dizia da sua angústia, estava há uns quinze dias até com dor de estômago... é que ele estava, digamos, se envolvendo com uma mulher e se sentindo muito inseguro, “não tenho confiança nela...” Como acredito que a tarefa de escutadora é ativa, comecei a elaborar perguntas orientadoras... que poderiam ajudá-lo a refletir... e fomos elaborando: tratava-se de uma mulher mais nova que ele, bonita, bem sucedida... a sua crise de baixa estima, embora verdade, não era suficiente para compreendermos mais profundamente seus sentimentos... então ele me contou que disse a ela sobre seus projetos de vida no que diz respeito à relações íntimas, ele não pretende ter uma namorada, pelo menos no sentido formal que entendemos como “namoro”... e ela recebeu muito bem essa colocação dele, penso que é isso também que quero, ela disse, uma relação mais livre, sem o que entendemos como “compromisso de quem que me levar a sério”, o “compromisso tipo prisão, opressão”, ou seja, sentimos que estamos envolvidos, o que queremos construir... enfim, ela aceitou a sua proposta!!! Foi aí que ele começou a sentir dor de estômago, foi aí que apareceu a desconfiança, o medo de não corresponder à pessoa... esses sentimentos, essas angústias... o que aconteceu na conversa foi muito legal: contei prá ele do machismo estrutural, conversamos sobre isso e ele foi elaborando... e parece que “a ficha caiu”, foi terapêutico, ele disse: Nossa, ficou tão claro prá mim que até a dor de estômago começou a passar!!! Rimos... o riso abre a mente...


E vocês acham que o machismo estrutural acomete somente os homens? De jeito nenhum, nós o reproduzimos também, todos os dias!!! Cena: duas mulheres, amigas, faixa dos 30 todas duas, vendo juntas o FACEBOOK e comentando os posts recebidos nas linhas de tempo de cada uma. E foi compartilhado (por homens interessados, como se fosse um elogio, uma piropa) na linha do tempo das duas, uma imagem bacana com a frase: SE UMA MULHER TIVER MAIS LIVROS DO QUE SAPATOS... CASE-SE COM ELA. Claro que comentaram: A primeira: aí que lindo! Acho que estou nessa categoria! A segunda: Será que ela vai querer casar? Pode ser que não!!! .... e aí? Viram o machismo estrutural? Claro, na primeira... 


O convite é para a reflexão... a discussão... quem sabe abriremos a possibilidade de fazermos fissuras? ... do PARTICULAR para o GERAL. Prá começar acredito na postura de humildade (tenho muito medo de gente que diz que não é preconceituoso, não é machista, não é racista...). Esse é o começo de tudo, a primeira das virtudes! Acabo de receber na minha linha o tempo, merece ser transcrito (desconheço o autor):
“... Todos nós temos preconceitos. Fomos criados em uma sociedade que não concorda com o que difere dela mesma. Portanto precisamos agir como um dependente químico querendo largar o vício, e começar assumindo os preconceitos.

Precisamos entender que a cultura do preconceito não está somente nos momentos em que alguém ofende diretamente alguém por ser quem ela é, o preconceito vem bem antes disso.

O preconceito está nas nossas brincadeiras, está nas nossas decisões, está nos nossos gostos e valores. Está bem dentro de nós. Não é porque você não ofende um grupo, que você deixa de ter preconceito com ele.

Não há o que se envergonhar. Não é o que temer. Precisamos lutar contra esse tipo de postura desumana”

ASSUMA SEUS PRECONCEITOS...
POIS SÓ ASSIM VOCÊ PODERÁ REPENSÁ-LOS E SE LIVRAR DELES.



Santuza TU

sábado, 18 de janeiro de 2014

O SBC FAZ FISSURAS? OU É UMA FISSURA?






“Nossa força depende da capacidade de dizermos não”. 
Entendo como nossa força para dizermos “não” aos padrões que nos escravizam, a coragem para ser “saudável” numa sociedade doente, e mais, a coragem de se juntar e construir novas formas de ser e de relacionar nesse mundo mesmo, até que o transformemos para melhor...

Mas a frase em aspas é do nosso mais novo SBCense famoso: John Holloway , nasceu em 1947 na Irlanda, radicado no México desde 1994, é advogado, filósofo e economista de linha marxista. 


Seus principais trabalhos são associados ao movimento zapatista no México. Sua preocupação sempre esteve centrada no estabelecimento dos vínculos existentes entre o Estado e a opressão do capital, culminando na percepção de que todo Estado constitui uma forma de poder que não pode negar a si mesmo, incluindo-se nessa categoria os Estados revolucionários.

Em 2002 escreveu o livro "Mudar o Mundo sem tomar o Poder" em conjunto com Subcomandante Marcos. A filosofia prega a possibilidade de revolução, não pela tomada do poder do Estado, mas nos atos diários de recusa a sociedade capitalista. 
 

“A questão não é tomar o poder, mas romper com a lógica do capital.” Certamente é uma das obras que mais causou polêmica na esquerda mundial recentemente. Como o título aponta, sua proposição"incendiária" – fundamentada no marxismo – é a da construção de uma nova sociedade a partir da destruição do poder e não da tomada do Estado.

"É claro que não sabemos como mudar o mundo sem tomar o poder".  Não sabemos como fazer a revolução, se soubéssemos já a teríamos feito. O que sabemos é que as tentativas do século XX fracassaram, e desses fracassos podemos aprender que é necessário conceber a revolução de outra forma. Mas não temos respostas. Parte do repensar a questão da revolução é justamente partir do fato de que não sabemos como fazê-la, por isso precisamos pensar, discutir. Mas além disso, dizer que não sabemos, porque se eu digo que eu sei como fazer a revolução, parto do pressuposto que eu tenho que explicar a vocês como se faz, o que implica uma política de monólogo. Se dizemos que não sabemos, então a conversa se faz necessária, isso implica uma política de diálogo, horizontal e, suponho eu, mais honesta.

No seu novo livro "Crack Capitalism", em português “Fissurar o Capitalismo”  (Editora Publisher Brasil), ele constrói propostas de como caminhar em direção a uma mudança do mundo sem tomar o poder. 

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“É preciso construir outras formas de se viver cotidianamente”.
“Paremos de produzir o capitalismo!”

Somos apresentados todos os dias a um sistema preexistente que dita nosso agir e até nosso pensar e sentir, mas não se pode esquecer que o capitalismo fazemos nós, todos os dias. Podemos escolher não fazê-lo, e isso não é meramente utópico pelo simples fato de já estar em curso, defende Holloway. Criamos todos os dias a sociedade da qual queremos nos libertar: “A revolução não é a destruição do capitalismo, mas a recusa de criá-lo”

Fissurar o capitalismo contém 8 partes e 33 teses que explicam como criar rupturas no sistema para não continuar a reproduzi-lo. Do idoso que cultiva hortas verticais em sua sacada como forma de revolta contra o concreto e a poluição que o cerca. Do funcionário público que usa seu tempo livre para ajudar doentes com aids. Da professora que dedica sua vida contra a globalização capitalista. São diversos exemplos trazidos pelo autor, de pessoas comuns que recusam a lógica do dinheiro para dar forma a suas vidas. No entanto, após a rejeição, é preciso tentar fazer algo diferente. É aí que surge o problema. “As fissuras são sempre perguntas, não respostas.”

São também rádios comunitárias, centros sociais, comunidades ou municípios autônomos, revistas alternativas, enfim, uma série de rompimentos que não são necessariamente territoriais, podem também se referir a uma atividade, como os protestos do ano passado.

Ou pode se dar também na relação entre homem e mulher, mulher e mulher, homem e homem, amigos, irmãos, filhos... tratar o amor como uma tentativa de criar uma relação em que não se aceita a lógica gananciosa e mercantil do capital. A única forma de pensar na revolução é em termos desses espaços ou momentos que se podem conceber como fendas no tecido social da dominação capitalista.

Sinônimos de Fissura no Dicionário informal.com.br: tesão, fenda aberta, abertura, brecha, buraco, comissura, corte, falha, fresta, frincha, greta, racha, rima, rombo, sulco, incisura, crena, cissura, resquício, rachadura, fisga.  

A questão de ruptura é central,  romper com a lógica do capitalismo. E fazê-lo de milhares de formas diferentes. Vamos criar espaços onde não vamos reproduzir a lógica do capital, onde vamos fazer outra coisa, ter outros tipos de relações, desenvolver atividades que tenham sentido para nós.

Em entrevista para a Revista Fórum Holloway acrescenta: “Creio que seria importante uma confluência das fendas. Que as fendas se conectem”. Podemos entender a ideia das fendas imaginando um lago congelado: estamos tentando romper o gelo, jogando pedras no lago. Criam-se buracos e fendas, rachaduras, certo?  E do outro lado também estão jogando pedras e pelo outro lado também, que é um pouco o que se está passando hoje. Vão formando-se uma multiplicidade de fendas que por vezes expandem-se e por outras se regeneram, de modo que o buraco pode congelar-se outra vez. Mas se as fendas se juntam, elas se fazem maiores, mais potentes. Às vezes se juntam, se separam outra vez. Eu penso no movimento das fendas como um processo que inclui junções, mas que não devem ser impostas a partir de uma perspectiva particular. Se eu estou aqui desse lado do lago jogando pedras e vejo que você está fazendo o mesmo do seu lado, não tem nenhum sentido que eu te diga que você deveria estar aqui comigo. É necessário reconhecer que as pessoas estão tentando romper o gelo do capitalismo de muitas formas diferentes, tenho que respeitar que você esteja aí. E respeitar implica criticar, uma confluência é importantíssima, o diálogo.

Segundo ele, a ideia tradicional de unidade da esquerda é equivocada e acaba sendo muito destrutiva. ... “É impossível e também não é desejável. Porque queremos criar uma sociedade onde podemos fazer o que gostamos, queremos, o que nos faz sentido, uma sociedade heterogênea. O argumento das fendas é que não temos outra opção a não ser começarmos pelo particular. Estamos aqui, cada qual em seu lugar e temos que nos mover a partir daí. Vocês poderiam me dizer “não, o que necessitamos é a união da esquerda. Temos que nos mover a partir de um centro, e pensar na totalidade, a partir de um programa nacional, global”, o que seja. Isso me parece que em primeiro lugar não é realista. Em segundo lugar, abre as portas para a burocratização do movimento, e em terceiro implica uma repressão a muitos movimentos reais que existem por todos os lados. Acredito que seja justamente o contrário: ao invés de pensarmos a partir da totalidade, temos que começar do nosso particular e nos confluirmos. Não juntando-nos de uma forma que uma linha política unitária seja imposta”.

É esse o desafio proposto pelo livro: uma convocação para sair de toda esfera do poder, para pensar e fazer juntos, sem verdades e ideias prefixadas, em busca da esperança e do impossível. Então, não estamos numa ótima hora para fissurar o capitalismo? lutemos a partir do particular, lutemos onde estamos, aqui e agora, assim podemos criar micro poderes que se ampliarão.

E, para Holloway, as fissuras seriam exatamente “a insubordinação do aqui e agora”, uma mudança de temporalidade da rebelião, afirmações da subjetividade negada. São a “abertura de categorias que em sua superfície negam o poder do fazer humano, para descobrir em seu núcleo o fazer negado e encarcerado”.

Façamos aberturas na nossa própria repetição do capitalismo. Criemos fissuras e deixemos que se expandam, deixemos que se multipliquem, deixemos que ressoem, que fluam juntas. Ao final, fica o que gerou a obra: perguntas. Mas o perguntar como sabedoria, abertura para o novo.

Prá mim, o sentido do belo, a arte, a música, desenvolvidos a aplicados à vida e às relações possibilitarão rupturas dos padrões, fissuras, aberturas de brechas, que poderão nos conduzir à construção de novas formas de poder. O belo, a música, a dança, a alegria, são revolucionários!!!

ArquivoPara falar sobre Holloway colhi alguns trechos de artigo de Júlio Delmanto, jornalista e mestre em História Social pela USP. E me lembrei também de um ótimo livro de um brasileiro, Ladislau Dowbor, “Democracia Econômica”. Ele tem um site onde disponibiliza para download todos os seus livros e outros autores, assim como artigos sobre este tema, são ótimos para uma reflexão/discussão/ação no mundo em que vivemos. Entrem no google e digitem Ladislau Dowbor que vão encontrar...

E então, me digam agora: O SBC faz fissuras? É uma fissura? Ou as duas coisas? Acabo de pensar de são as duas coisas: faz fissuras pois busca construir relações mais bonitas, mais livres, entre as pessoas, em todos os níveis: nas relações afetivo/sexuais, nas relações de amizade, no trabalho, enquanto cidadãos.  E é uma fissura, um tesão, pois essas relações, elas próprias, somente podem ser construídas com fissura, com tesão, com alegria. Como diz nossa outra SBCense famosa: “Se não há dança/música/alegria não é a revolução que queremos!!!”.



Abraços de oxitocina a todxs...

Santuza TU


OFICINA SBC 15 JANEIRO 2014





- Como foi o ensaio do SBC na quarta?

- Foi ótimo, como sempre!!! Um seleto grupo SBCense participou da belíssima aula de percussão do nosso SUPER Diretor Carlitos Brasil, cuja foto do carnaval do ano passado publicada pelo parceiro do Cai&çara Arthur está bombando no FACE... ARTÍSTICA, VIU!!!

 
- Dizem que ele é ótimo no samba de uma nota só... pesquisa antropológica sem nenhuma comprovação científica!!! Só serviu prá pessoa que disse fazer aquele famoso gesto SBCense de limpar os cantos da boca e bater a mão no pé, pois se cair uma gota queima de fazer buraco!!!

- E o que mais rolou?

- Ah... como sempre... muito B, principalmente depois da C, isso fora o S...


- Muita piropa???

- Claro, querido!!! Como não!!! Nenhuma possibilidade de não ter piropa no SBC... pelo menos conversa sobre piropa... como diz nossa super SBCense Fernandinha, mesmo se a gente não pega nada na noite a gente se diverte prá carai...

 - Isso é verdade... mas me conta das piropas... e das “pesquisas antropológicas” que sempre acontecem também nas reuniões do SBC.

- Uai, aconteceu um comentário sobre um post no nosso blog (26/janeiro/2012), em que o Fil (um dos cinco ou seis Fils do SBC...) dá uma dica sobre uma PIROPA INFALÍVEL de mulheres para homens: você chega perto do cara e olha prá ele de cima abaixo e pergunta...”Isso é tudo que você pode oferecer?”... já aconteceu de uma SBCense experimentar e não sustentar, acabou de falar a frase/piropa e caiu na gargalhada, aí o peropeado não entendeu nada...

- Mas qual foi a acréscimo da piropa feminina desta quarta?

- Foi o seguinte: no que o SBCense ouviu o caso, respondeu imediatamente: Eu tenho uma grande resposta, se for peropado dessa maneira!!!!

- E qual seria???

- MOLE!!! Kkkkkk ... Isso é tudo que você pode oferecer??? Mole!!!

- Muito boa!!!

- Outra do mesmo SBCense: ao surgir a pergunta Alguém tem uma caneta para eu anotar essas pipopas??? Ele respondeu: eu tenho mas não está funcionando... pobrinha, mas dá prá rir um tiquinho... rsrs

- Teve também uma da namorada, essa parece do FACE: Economize água... tome banho comigo...

- E teve comentários, ou melhor, pesquisa antropológica, sobre namorado lerdo... dizem que é tão lerdo que ela estava piropando a pessoa há um tempão e ele não se dava conta, aí ela, muito delicadamente, enfiou a mão no bolso dele... foi aí que ele pensou... acho que ela ta me querendo...

- Ai, essa doeu!!! RSRSRS

- Mas estão namorando até hoje, formam um lindo casal... dizem também que foram ao cinema, um filme brasileiro que fala sobre BA PA, e o cara saiu do filme perguntando o que seria esse tal de BAPA, ela explicou mas ele ainda ficou pensando o que seria... acho que reflete sobre isso ainda...

- KKKKKKKKK

- Você viu aquele post do FACE sobre o abraço Oxitocina???

A duração média de um abraço entre duas pessoas é de 3 segundos. Mas os pesquisadores descobriram algo fantástico. Quando um abraço dura 20 segundos, há um efeito terapêutico sobre o corpo e mente. A razão é que um abraço sincero produz um hormônio chamado "oxitocina", também conhecido como o hormônio do amor. Esta substância tem muitos benefícios na nossa saúde física e mental, ajuda-nos, entre outras coisas, para relaxar, para se sentir seguro e acalmar nossos medos e ansiedade. Este maravilhoso calmante é oferecido de forma gratuita cada vez que temos uma pessoa em nossos braços.

olga marciano, l'ultimo abbraccio, 2008

EL ULTIMO ABRAZO Olga Marciano
Óleo y acrílico sobre lienzo


- Pois é, agora no SBC só tem abraço oxitocina!!! É tudo de bom!!!

- É mesmo!!! Nem precisa abraçar e ficar contando os vinte segundos, aliás se ficar contando perde o efeito da oxitocina... é só abraçar e sentir... verdade!!!

- Agora, o caso pós apropriação do tal abraço pelo SBC: o cara chegou e disse: - querida!!! Você está linda!!! Que pele!!! Anda fazendo muito sexo??? Resposta: vibrador também dá o mesmo efeito??? No que o terceiro pensa alto: talvez com uma pomadinha de oxitocina na ponta, quem sabe...

- KKKKKK Não acredito!!! Tem gente que não perde uma oportunidade de uma piada, né? Muito inteligente!!! E quem é essa pessoa, a da pomadinha?

- Ah, não posso dizer, querido... o SBC não faz fofoca!!!

- Teve também o UKULELÊ, que significa "pulga saltadora", trata-se de instrumento musical havaiano com quatro cordas, parece uma guitarra ou um cavaquinho, tem SBCense famoso de posse desse instrumento, claro que vai ser incluído no SBC, já fico imaginando o que os criativos SBCenses de plantão vão fazer com essa palavra...
Ukulele — Foto Stock
- E prá ficar finíssimo esse nosso ensaio a lua cheia também foi convidada e compareceu tão grande e brilhante que tinha auréola!!! Estava entre duas árvores, o que causava ainda mais!!! E provocava os poetas de plantão... Recorri a Drummond: “Eu não devia te dizer,
mas essa lua, mas esse conhaque, botam a gente comovido como o diabo”. No nosso caso é cerveja, mas o efeito é o mesmo... É um trecho do seu melhor poema (eu acho...) , o Poema de Sete Faces, aquele do Raimundo: Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração. Super SBCense esse Drummond, todo SBCense tem o coração vasto... faz parte do conceito de SBCense...

- Enfim, tivemos também lançamento de marchinha!!! Lindíssima, do nosso grande compositor Felipe Fil. Então, temos agora nosso Hino, composto pelo Carlitos Brasil ... Agora é hora, é a hora do SBC... (vejam post de 21/outubro/2012); e mais duas novas marchinhas para este ano, a do Chico (não o Buarque, o grande Chico), está aí no post de 28/dezembro/2013; e esta a seguir, que trabalha super inteligentemente nosso tema: Preconceito, NÃO!!!


Sem Preconceito 
(Marchinha de Felipe Fil para o SBC- carnaval de 2014) 

Viver sem preconceito, 
sem preconceito 
Vem aí o SBC
te falar desse direito (2x) 

Preconceito por ser mulher 
Preconceito por virar mulher 
Saiba que o melhor conceito          BIS 
É cada um ser o que quer 

Viver sem preconceito, sem preconceito Vem aí o SBC te falar desse direito (2x) 

Preconceito de cor 
Preconceito no amor 
Preconceito sexual                  BIS 
Ser diverso não faz mal 

Viver sem preconceito, sem preconceito Vem aí o SBC te falar desse direito (2x) 

Preconceito musical 
Preconceito profissional 
Veja que o melhor de tudo         BIS 
É ver de tudo nesse carnaval 

Viver sem preconceito, sem preconceito Vem aí o SBC te falar desse direito (4x)

 

Bacana d+, né!!! Obrigada Fil!!!
Beijos carinhosos a todxs, até quarta feira próxima, nossa oficina!!!

SANTUZA TU