quarta-feira, 25 de julho de 2012

O dia em que o SBC virou RBC!!! (rock, bobagem e cerveja)








E a nossa SBCence sambista mais roqueira do mundo nem estava lá!!! A Jana, perdeu, perdeu nada, ela se encontra em Salvador, gente!!! Ouvindo Axé, será? Rsrs
Bem, foi assim nosso encontro no domingo dia 15, esplêndido, como sempre, grandes amigos de sempre, grandes novos amigos, aprofundamentos de amizades, piropas... tem de tudo... tem gente que se diz muito intenso!!! Nunca vi maior desculpa prá tomar todas e piropar todo mundo!!!
Ainda tinha pouca gente, aliás uma característica do SBC é atrasar da hora marcada, nosso próximo encontro estará marcado para começar as duas horas para começar as juntar as 4, o que acham? Pois marcamos para as 4 e começou as 6... então, ainda tinha pouca gente e passou um cortejo de cachorros na praça, foi surreal... uma cachorrada, parecia que tinham aberto uma carrocinha!!! Segunda uma SBCence era uma cachorra na frente, seguida por vários cachorros... aí eu dei uma reparada e não é que tinha mesmo uma cachorra andando toda metida, tipo to comendo todo mundo!!! É mesmo gente!!! Ela rebolava!!! Acho que todas as mulheres ficaram com uma certa inveja dela, ela estava bem metida mesmo...
Aí chegaram os músicos e começamos a ensaiar, temos novos membros na diretoria musical, pessoas bacanérrimas, Cris e PE, que abraçaram a idéia de organizar melhor nossa lista de marchas e sambas. Então, no nosso próximo encontro teremos lista, com letras e ainda com a nota adequada. Chique, né? Super chique!!! Não, errei, não é a diretoria musical, trata-se da Diretoria de Organização e Planejamento, da qual fazem parte também a nossa querida SBCense Andréia, que estava naquele dia fazendo o papel de fotógrafa pois nossa fotógrafa oficial não foi, Karlinha (ou Angel), ou seja, temos algumas fotógrafas maravilhosas, além disso os membros do SBC tem uma flexibilidade de dar inveja a qualquer organização (rsrsrs)
Aí eu ouvi o seguinte: Friend, let’s go to Black Gold City! WHAT!!! Where!!!
Achei que o SBC já estava ficando internacional, mas não... tem gente que adora isso, treinar o inglês!!! Né, Fil? 
Aí gente, descobriram? Black Gold City? Ainda não?
Isso me fez rir bastante e lembrar de um outro projeto que bem que podia ser incorporado ao SBC: O Blue Sky Village.
Explico: não se trata de um projeto novo, nem é meu, é de uma SBCence ausente, a Sosô, há muito tempo ela compartilhou comigo essa idéia. Vocês reparem que a minha competência é a de abraçar idéias e divulgá-las, nem o SBC é idéia minha, leiam no nosso blog, acho que matéria de janeiro, nossa homenagem a César, mentor do SBC.
Enfim, tenho compartilhado essa idéia há algum tempo, e ela é bem SBC. O SBC, por filosofia, valoriza as relações de amizades. A gente aprende tão pouco a valorizar essas relações, não? Valorizamos família, valorizamos relações íntimas, alguma instituição responsável pela nossa educação formal (família, escola, etc) nos ensina a valorizar amizades? Acho que não... E a gente, a nossa sociedade, não dispõe de instituições que favoreçam, depois de uma certa idade, uma vida de qualidade, bonita. Aí se depositam expectativas (muitas vezes frustrantes) em marido, filhos, irmãos, etc, e se desenvolvem relações de cobranças, ressentimentos, essas coisas...
Muito bem... seus problemas se acabaram!!! Está criado o Blue Sky Village!!!
É uma casa de convivência... não tem idade para entrar, não!!! É quando você queira!!!
Aí você vai para um lugar azul, lindo, tem piscina, tem livros, tem personal e, melhor, tem muitos amigos e amigas... assim que o SBCence vai viver... pode ir casal também, claro... tem muita piropa, tem muita amizade, tem brigas também, com certeza,  tem a aprendizagem de convivência, baseada também no princípio estético, no Sumak kawsai, que vem a ser Bem Viver (leiam crônica anterior).
Então ficamos assim: o BSV(Blue...) projeto incorporado pelo SBC,  terá sede na capital (Belô), mas terá sede também no interior (algumas cidades...), terá sede campestre, bucólica, rsrsrs, sede praiana, já temos um SBCence que tem casa em Dunas!!! Nosso querido João... talvez o SBC faça algumas viagens pelo exterior, Black Gold City... Saint Antoine of Milk... New Bridge... a todos esses lugares levaremos a música, a arte como forma de, praticando o sentido estético, aprendermos a cada dia mais bem viver.
Bom, aí estava muito frio na nossa praça, fomos prá dentro do bar do Robinho, gente, lá dentro tinha uma figura!!! Um roqueiro que parecia ter saído de algum baú dos anos 60, tipo vindo direto de Woodstock, cabelão, El Diablo (seu nome artístico!). Pois ele pegou o violão do Fil e começou a tocar e cantar uns rocks bacanérrimos... todo mundo SBC acompanhou o cara!!! Cantamos mais umas duas horas!!!
Foi muito bom!!! Me sinto privilegiada de fazer parte desse grupo...
Beijos a todos e todas... até nosso próximo encontro, que já ficou definido graças à nossa diretoria de Organização e Planejamento(+-), será dia 12 de agosto.


















                                          Texto: Santuza Tu

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Filosofias SBCenses


E esse papo pode acontecer até as 3 horas da madrugada!
-Você já foi chamada "dona da verdade"?
-Sim
-E isso te incomodou muito?
-Sim; porque isso foi falado de forma agressiva, como se fosse uma acusação de autoritária. Me magoou muito. Senti como uma fala cortante, parece um xingamento, isso encerrou o papo, fui acusada de não ouvir e não pude falar mais nada, recuei...
-É isso mesmo que acontece! acho que podemos pensar algumas coisas produtivas sobre relações humanas a partir daí. Na verdade o modelo relacional que conhecemos e praticamos em todos os níveis de relação vem a ser o do autoritário/submisso, então isso não é nenhum xingamento. Algumas pessoas, especiais, conseguem superar tal modelo e construir relações mais simétricas, de sujeito/sujeito (pressupondo o outro também enquanto sujeito).
-Então, o que posso fazer quando isso acontece?
Quando sou xingada de autoritária, primeiro posso pensar que isso seja verdade e corrigir o meu autoritarismo. Agora, outra coisa que posso também pensar é sobre o autoritarismo do submisso, é que o outro queira a minha submissão.
-Pensei também o quanto somos confundidas com autoritárias quando queremos passar uma convicção...
-É mesmo! a força de uma convicção pode muito bem ser confundida com "dona da verdade", isso externamente, pelo outro, pois internamente tem uma distância enorme entre força de convicção e "dona da verdade". Me lembrei de uma leitura das mais produtivas que já tive, grande filósofo o Nietzche, no seu melhor livro, A Genealogia da Moral, no prefácio, quando ele fala como veio a escrever sobre uma coisa que o encucava, a origem o bem e do mal, ele conta que quanto, depois de muito refletir, estavam bem claras  as suas posições, veio cair em suas mãos um livro que lhe parecia a coisa mais antípoda (adorei essa palavra, mais contrária) e ele leu esse livro com a paciência da pessoa convicta, axté mesmo para aperfeiçoar seus argumentos. Ou seja, para mim, internamente, quanto mais força de convicção eu tenho mais consigo ouvir o diferente, assim como me enriquecer com isso. Se isso parece ser "dona da verdade", querida, resta ao outro verificar o seu próprio autoritarismo, as suas convicções.
-Eu quero mais interlocutores, pessoas que me enriqueçam, que não sejam iguais, que não pensem da mesma forma (ou se submetam) mas que saibam ouvir e defender suas idéias, mesmo que sejam opostas.
-Aí vamos nos enriquecer. E isso vale para as relações íntimas, para as relações de amizade, de trabalho, para todas as relações.
-Que bom conversar com você! nos enriquecemos muito...
bjus



                                              Foto: Santuza Tu no Cartola Bar
                                                                                 

                                                                              texto: Santuza Tu