Tomamos um lugar privilegiado nessa casa gostosa e aconchegante, a cara do SBC... a cara e o verso:
CATAR PEQUI
RACHAR BARÚ
COMER PANÃ
CHUPAR UMBÚ
Em meio a risos e "interpretações distorcidas" do pequeno poema, já avaliávamos que o SBC tem uma participação paritária, ou seja, tínhamos de início sete mulheres e cinco homens... esse número vem a ser paritário para nós, pois na maioria dos espaços de poder temos o inverso, certo?
E foram chegando mais pessoas, casais lindos, avulsos e avulsas, querida Silvana com violão debaixo do braço, querido Adriano tomou emprestado o violão e também cantou maravilhosamente... e o Luis também... e lá fomos nós costurando as conversas sobre o amor.
Começamos com teoria já conhecida do SBC, que fala da arte como ferramenta potente , que faz a gente internalizar - e reproduzir - conceitos... E o conceito de amor romântico que, por definição reproduz relações assimétricas. Diferente das relações de amizade, onde acreditamos que se criam possibilidades da "aprendizagem da simetria", ou seja, da relação sujeito-sujeito que, acreditamos, são mais bonitas e prazerosas. Assim, construímos as categorias de músicas - e de poemas - de lama (aquelas de dor de cotovelo, sofrência), que o Chico diz que o melhor representante é o Lupicínio; de piropa - não confundir a palavra - que vem a ser cantada, elogio, paquera; e as músicas libertadoras, que criam a possibilidade da construção do "amor mais verdadeiro" - o amor próprio - a base para o amor sujeito-sujeito em todos os níveis de relação, desde afetivo-sexual até cidadania, ser no mundo.
Pois nosso querido Adriano já foi ampliando a teoria e construindo versão masculina e feminina, vejam acima...E tivemos , também, o amor versão Gonzaga, maravilha...



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