sábado, 25 de outubro de 2025

SARAU SBCence no ANDU DE DOIS

 

Tomamos um lugar privilegiado nessa casa gostosa e aconchegante, a cara do SBC... a cara e o verso:

CATAR PEQUI

RACHAR BARÚ

COMER PANÃ

CHUPAR UMBÚ

Em meio a risos e "interpretações distorcidas" do pequeno poema, já avaliávamos que o SBC tem uma participação paritária, ou seja, tínhamos de início sete mulheres e cinco homens... esse número vem a ser paritário para nós, pois na maioria dos espaços de poder temos o inverso, certo?

E foram chegando mais pessoas, casais lindos, avulsos e avulsas, querida Silvana com violão debaixo do braço, querido Adriano tomou emprestado o violão e também cantou maravilhosamente... e o Luis também... e lá fomos nós costurando as conversas sobre o amor.

Começamos com teoria já conhecida do SBC, que fala da arte como ferramenta potente , que faz a gente internalizar - e reproduzir -  conceitos... E o conceito de amor romântico que, por definição reproduz relações assimétricas. Diferente das relações de amizade, onde acreditamos que se criam possibilidades da "aprendizagem da simetria", ou seja, da relação sujeito-sujeito que, acreditamos, são mais bonitas e prazerosas. Assim, construímos as categorias de músicas - e de poemas - de lama (aquelas de dor de cotovelo, sofrência), que o Chico diz que o melhor representante é o Lupicínio; de piropa - não confundir a palavra - que vem a ser cantada, elogio, paquera; e as músicas libertadoras, que criam a possibilidade da construção do "amor mais verdadeiro" - o amor próprio - a base para o amor sujeito-sujeito em todos os níveis de relação, desde afetivo-sexual até cidadania, ser no mundo.

Pois nosso querido Adriano já foi ampliando a teoria e construindo versão masculina e feminina, vejam acima...

E tivemos , também, o amor versão Gonzaga, maravilha...

E depois de muita música, poesia e troca de experiências, conceitos, 'pesquisas antropológicas' e essas conversas boas do SBC - conversamos até sobre o poema da Adélia Prado sobre o CU, vejam  na nossa publicação anterior, o poema se chama OBJETO DE AMOR ...  teve gente que manifestou que gosta mais de xoxota. Mas a conversa passou pra outro assunto. No entanto, mais tarde "elaboramos" uma resposta possível para esse nosso amigo: Na verdade, além de 'CU é lindo!' como diz a Adélia, gostamos de TODAS as partes do nosso corpo, sentimos prazer com todo o nosso corpo. Ou seja, nem pau nem xoxota nem cu exclusivamente (como faz parte da nossa sociedade fálica, supervalorizar o pau) ...  mas TODO o nosso corpo sente, recebe - e dá - prazer. 

... chegamos à nossa versão de amor: "Na medida certa", aqui na forma de poema, que foi musicado por nosso querido Leon. 

Recebemos um clipe resenha do sarau, vale a pena rever... Nosso novo SBCense de Araçuaí... Nosso querido Hernane fechando e agradecendo ... o que é recíproco, nós também tivemos o maior prazer nesse encontro. Obrigada Hernane e Clarinha e as lindas e os lindos que nos acolhem nesse lugar delicioso.

E já fica o convite para o próximo, dia 6 de novembro no TABOCA:

Até lá, faremos uma ótima conversa, com poesia e música, sobre Identidade: quem somos nós... levem vassouras, caldeirão, chapéu, essas coisas de bruxas e bruxos... e alegria ...  e disposição para abrir mentes e corações...
Em tempo: também conversamos sobre o ótimo livro da Bell Hooks, TUDO SOBRE O AMOR, NOVAS PERSPECTIVAS

Já fizemos resenha sobre esse livro, em algum post aqui pra traz, coloquei de novo na minha cabeceira, vou ler de novo, vale a pena...


Abraços carinhosos,
Santuza TU



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