Com suas ideologias empresariais se tornou político e nomeado Secretário de Agricultura, Industria, Comércio e Trabalho no governo Milton Campos (1947-1951), onde elaborou o plano de recuperação econômica e de fomento da produção, que levantou o estado de Minas Gerais economicamente, garantindo seu pleno desenvolvimento.
Com o término do governo Milton Campos e o notório reconhecimento público pelo trabalho realizado na pasta, tornou-se candidato à prefeitura da capital mineira, em uma campanha de poucas semanas, que lhe garantiu votação expressiva, sendo eleito prefeito de Belo Horizonte/MG em 1950, falecendo no exercício de seu mandato em 1954.
Inaugurado no dia 26 de setembro de 1897, antes mesmo da nova capital mineira, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti, o Parque Municipal, é o patrimônio ambiental mais antigo de Belo Horizonte. Projetado no final do século XIX pela comissão construtora encarregada de planejar a nova capital de Minas Gerais, possui grande importância devido as suas riquezas biológica, arquitetônica, cultural e social, de importante tradição histórica. O parque localiza-se no Hipercentro, foi projetado pelo arquiteto paisagista Paul Villon que utilizou no paisagismo espécies nativas e exóticas, e forma hoje um ecossistema representativo com árvores centenárias e ampla diversidade de espécies.
Sediado no Parque Municipal, o Teatro Francisco Nunes, inicialmente chamado “Teatro de Emergência”, foi inaugurado em 1950 pelo Prefeito Otacílio Negrão de Lima. O nome do teatro é uma homenagem ao grande clarinetista e maestro mineiro Francisco Nunes (1875-1934), que criou a Sociedade de Concertos Sinfônicos de Belo Horizonte e dirigiu o Conservatório Mineiro de Música. O palco do Teatro Francisco Nunes também abrigou o nascimento do moderno teatro mineiro em suas mais variadas tendências, como os trabalhos de João Ceschiatti, João Ettiénne Filho, Jota Dangelo e Haydée Bittencourt.
Escritora, compositora, cantora e poeta brasileira, ficou famosa por seu primeiro livro Quarto de Despejo: Diário de uma favelada, publicado em 1960 com auxílio do jornalista Audálio Dantas. O livro "bombou", tendo vendido 10 mil exemplares em apenas uma semana, e sido traduzido para treze idiomas e distribuído em mais de quarenta países. A publicação e a tiragem recorde, cerca de 100 mil em três edições sucessivas, revelam o interesse do público e da mídia da época pelo ineditismo da narrativa da favelada catadora de papéis e de outros lixos recicláveis.
Durante sua vida foram publicas 5 obras:
- Quarto de Despejo: Diário de uma favelada (1960)
- Quarto de Despejo: Carolina Maria de Jesus cantando suas composições (1961) - RCA Victor, álbum musical.
- Casa de Alvenaria: Diário de uma ex-favelada (1961)
- Pedaços de Fome (1963)
- Provérbios (1965)
Em 2020, celebrando os 60 anos de sua existência, foi lançada esta edição especial desta obra tão importante para a literatura brasileira. Com um novo projeto gráfico e uma capa assinada pelo artista No Martins , além do texto original da autora, o livro conta com um prefácio escrito pela escritora Cidinha da Silva e fotografias dos manuscritos da autora.
Uma citação maravilhosa do livro Quarto de Despejo, libertadora, diríamos, de todas as mulheres, dos padrões que nos escravizam, das violências que todas nós sofremos... escrita no autêntico PRETUGUÊS de Lélia Gonzalez:
"A noite, enquanto elas pede socorro, eu tranquilamente no meu barraco ouço valsas vienenses. Enquanto os esposos quebra as tábua do barracão, eu e meus filhos dormimos sossegados. Não invejo as mulheres casadas da favela, que levam vida de escravas indianas. Não casei e não estou descontente".
Uma das primeiras escritoras negras do Brasil, Carolina Maria de Jesus é considerada uma das mais importantes escritoras do país. A autora viveu boa parte de sua vida na favela do Canindé, na Zona Norte de São Paulo, sustentando a si mesma e seus três filhos como catadora de papéis. Sua obra e vida permanecem objetos de diversos estudos, tanto no Brasil quanto no exterior. Tratam sobre escravidão, racismo, desigualdade social, política e muitos assuntos pertinentes aos dias de hoje.
“Quando o homem decidir reformar a sua consciência, o mundo tomará outro roteiro.” A frase faz parte do quarto livro de Carolina Maria, chamado “Provérbios”, publicado em 1963. Nesta obra, como o nome sugere, a autora traz reflexões em frases curtas, e já no prólogo afirma: “Espero que alguns dos meus provérbios possam auxiliar alguns dos leitores a reflexão. Porque o provérbio é antes de tudo uma advertência em forma de conta-gotas, já que nos é dado a compreender mutuamente para ver se conseguimos chegar ao fim da jornada com elegância e decência.”
E onde nasceu Carolina? Esse foi o caso divertido do domingo: nossa querida SBCence, que gosta de conhecer pessoas bacanas, abraçar e fazer amizades, "garrou de papo" - como diria Lélia no bom pretuguês - com seu vizinho de murada, onde estavam sentados.
Você também é alado! perguntou ela... Que bom! também sou, adoro os saraus do ASA DE PAPEL! Carolina é mineira também? A Lélia é mineira de Belo Horizonte!
Ele responde: sim! ela nasceu em Sacramento, perto de Araxá, de Uberaba, no triângulo!
- Mesmo! Não sabia! tenho um irmão que mora lá... uma cidade linda!
- Pois eu estou indo sempre pra lá, visitar minha filha que foi morar lá e trabalhar na Scala, grande fábrica de queijos, que se tornou famosa por ter vencido prêmios na França!
- Meu irmão também já trabalhou lá, foi médico do trabalho, agora está aposentado!
E a conversa continua, sobre queijos artesanais, queijos mineiros maravilhosos...
Daí :
- Prazer te conhecer... nos vemos no ASA...
E daí a pouco, a mesma SBCence já conversando com outra turma de mulheres:
- Sabiam que Carolina é de Sacramento, cidade do triângulo Mineiro?
- Sabia! minha filha trabalha lá! na Scala...
- Olha que coincidência! tá vendo aquele ali de camiseta azul e bermuda rosa? A filha dele também mora lá e trabalha na Scala! Elas precisam se conhecer!
- Aquele! Custei a reconhecer... É o meu marido! A filha é a mesma! kkkk
Todas rimos muito... e nos abraçamos... e ficamos "amigas para sempre"...
Lembrando álbum completo de Carolina, de 1961:
Até a próxima...
Santuza TU
Que linda homenagem às nossas escritoras queridas. Que bela crônica Santuza! Leve , agradável, pequena ( kkkk) e imprescindível.
ResponderExcluirParabéns!
ANTONIETA SHIRLENE
Obrigada querida! Não deixe de ler a próxima, sobre histeria... Grande kkk
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