quinta-feira, 11 de julho de 2024

Angel e Rochelle na França

 


Angel e Rochelle estavam em Paris no domingo dia 7 de julho de 2024. Em sonho? Interessa menos... o importante é que essas personagens SBCenses participaram do espetáculo de comemoração da vitória da esquerda nas eleições legislativas na França, uma forte e corajosa reação ao fascismo e ao liberalismo. Rochelle - mais conhecida como Antonieta Shirlene,  super inspirada, escreveu a crônica a seguir, deve ter alguns errinhos no francês, quem souber nos corrija nos comentários, por favor... mas está super valendo, o conteúdo merece nossa dedicação na leitura e reflexão. 
Angel agradece: gratidão querida amiga ...

Liberté,Egalité,Fraternité

-Bonjour mademoiselle!
-Bonjour!
-Comment vas tu?
-Très bien, merci.
-Nous avons gagné l'elections présidentielle, maintenant nos avons beaucoup de travail devant nous!
   Não! Não estamos na França! Bem que gostaríamos, pois poderíamos estar celebrando com francesas e franceses a grande vitória das últimas eleições por lá.
    Sim, à esquerda saiu vitoriosa. Após  a "Frente Republicana" reunir a esquerda, diferentes setores progressistas, centristas e de centro direita, Jean-Luc Mélenchon pôde festejar com a melhor champanhe. 
    Entretanto, será bastante difícil governar a França. Como a Nova Frente Popular alcançou 199 cadeiras no Parlamento, Macron 169  e a extrema direita 143 (presumivelmente ), o futuro Presidente terá um trabalho hercúleo pela frente. 
     Mas, lutas a serem travadas não amedrontam os franceses.
Eles já as fazem desde o século XVIII ,se não, antes.
   E estas vitórias francesas são um alento para nós, cá do outro lado, fora do continente europeu. Se lá, no Velho 
 Continente, elas são importantes, pois têm o poder de ,minimamente, barrar o avanço da extrema direita, aqui não é diferente. 
Tanto lá, como aqui no Brasil, o Parlamento se tornou um campo de batalhas políticas intensas. Temos, dia após dias, ter que travar  um grande embate contra as forças desta extrema direita. O fascismo ronda nossas vidas de todos os lados. 
Na educação, nas artes, na economia, nas relações sociais e nas religiões a ideologia fascista se faz presente e avança sem temor nem piedade. 
    Quando os franceses cantaram seu hino nacional, a Marselhesa, era como se fôssemos nós daqui também a festejar: 

" Allons, enfante de la Patrie
Lê jour de glorie est arrivé
Contra nous , de la tyrannie
L'etendard sanglant est levé
Entendez-vous dans les campagnes
Mugir ces feroces soldats?
Ils viennent busque dans vous bras
Égorger vos filés, vous compagnes 
Aux armes , citoyens
Formez vos bataillons!"

"Às armas cidadãos, 
Formem seus batalhões!..."
Esmaguem , em nosso Brasil, aqueles que nos querem escravos!
Viva a França! Viva o Brasil!
Abaixo os fascismos!

E Angel se lembrou de cena do  filme Casablanca,  de 1942, considerado como um dos maiores filmes da história do cinema americano. 

Durante a Segunda Guerra Mundial, Rick Blaine, um norte-americano amargo e cínico, expatriado de causas desconhecidas, administra a casa noturna mais popular em Casablanca (Marrocos), o "Café de Rick". Esta também é uma casa de apostas que atrai uma clientela diversificada: as pessoas da França de Vichy (cidade da França onde ocorreu a resistência aos nazistas), militares da Alemanha Nazista, refugiados, políticos e ladrões.

Uma noite, um pequeno criminoso chega ao clube de Rick portando umas tais letters of transit ("cartas de trânsito"). Essas cartas são uma espécie de passe que permite o trânsito livre através do titular pela Europa controlada pelos Nazistas e chegará até a cidade neutra de Lisboa - Portugal, onde poderia chegar nos Estados Unidos. Assim, os documentos são de valor inestimável para qualquer um dos refugiados à espera de sua chance de escapar de Casablanca.

Sua ex-amante, Ilsa Lund, que havia deixado Paris sem explicação e que com seu marido Victor Laszlo, entra no Café naquela noite com objetivo de comprar os passes. Laszlo é um renomado líder da resistência tcheca que enfrentava os nazistas. O casal precisava das cartas para deixar Casablanca e ir para os Estados Unidos, onde ele poderia continuar seu trabalho.

E a cena:


Maravilhosa! A arte, a história, nos servem para ampliar nossa visão de mundo...


Nossos agradecimentos querida SBCense Antonieta. 




5 comentários:

  1. Que bela crônica 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼 Angel e Rochele são incríveis.

    ResponderExcluir
  2. Excelente! Parabéns Angel e Richele

    ResponderExcluir
  3. Excelente! Parabéns! 🌹

    ResponderExcluir
  4. Muito boa a crônica, Santuza! Fiquei com vontade de visitar a França, como em 2020. Não fui, mas tive vontade. Também deu vontade de rever Casablanca.

    ResponderExcluir