Olê olê olê olê olá, vamos sambar!
Viva o nosso samba, esse gênero musical criado no Brasil, cuja origem são os batuques trazidos pelos negros escravizados, misturados aos ritmos europeus, como a polca, a valsa, a mazurca, o minueto, entre outros. Viva as festas de roda dos negros na Bahia. Viva o Rio de Janeiro, nossa capital no início do século XX, para onde os negros foram em busca de trabalho, e qualquer manifestação cultural era reprimida e criminalizada, como a capoeira, o candomblé... e o samba, claro. Viva Tia Ciata e todas as "tias" ou "vós", verdadeiras matriarcas afro-descendentes que acolhiam os batuques.
Viva Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth... E Viva Donga! Em 1917 foi gravado no Brasil aquele que é considerado o primeiro samba com o título "Pelo Telefone", com letra de Mauro de Almeida e Donga.
E Viva SÔ MARCELO!!!
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História do Riso e do Escárnio. Georges Minois. UNESP - 2003. Tradução de Maria Elena Ortiz Assumpção.
O livro "História do Riso e do Escárnio" explora como o ser humano utilizou o riso ao longo da história. O autor analisa o humor como um fenômeno que pode esclarecer a evolução humana e revela os dilemas de cada época. Além disso, o livro investiga o grande mistério que envolve o riso, estudado por diversas disciplinas ao longo dos séculos.
- O humor, para Minois, é um fenômeno que pode esclarecer, em parte, a evolução humana. O riso é uma das respostas fundamentais do ser humano perante o dilema da existência. Verificar como ele foi e é utilizado ao longo da História constitui o objetivo deste livro. Exaltar o riso ou condená-lo, para o autor, revela a mentalidade de uma época e sugere uma visão de mundo, podendo contribuir para esclarecer a própria evolução humana.
O livro começa pelos gregos, passa pelos latinos, pela alta e baixa Idade Média, chegando ao Renascimento, ao Esclarecimento, passando pelas reformas religiosas, pelas revoluções, pelas guerras, até chegar ao século XX, parando por aí, uma vez que o livro foi publicado no ano de 2003. Todos os grandes nomes da teologia, da filosofia, da literatura, do teatro e do cinema merecem a análise do autor. Ao todo são 15 capítulos, além da introdução e da conclusão. O riso e o escárnio é visto em todas as suas formas, quer as maléficas, quer as benéficas.
Georges Minois, historiador francês, esquematizou a história do riso em três períodos: o riso divino, o diabólico e o humano. No primeiro, associado à Antiguidade clássica, o riso está ligado à suprema liberdade dos deuses. É, portanto, vinculado à recriação do mundo, seja nas sátiras escritas pelo grego Aristófanes seja nas críticas sociais dos comediógrafos latinos Plauto e Terêncio.
O cristianismo, na Idade Média, opõe-se a essa visão. Prega que o homem deve temer o inferno, regido pelo diabo, rei do riso, da zombaria e do escárnio, atitudes toleradas apenas em festas pagãs como o Carnaval. A partir do Renascimento, com o progressivo abalo de todas as crenças, o riso renasce, penetrando nas fissuras do absoluto para questionar a religião, no século XVIII, a monarquia, no século XIX, e o autoritarismo, no século XX.
Em pleno século XXI, para Minois, o ser humano, infelizmente, teria domesticado o poder do riso. No atual mundo do "politicamente correto", o seu componente agressivo estaria desvitalizado. Embora pareça estar por toda parte - na publicidade, na televisão, nos jornais, nas transmissões esportivas -, o riso não passaria, mais do que nunca, de uma máscara para esconder a profunda agonia do existir".
"O ser humano é o único que sabe que vai morrer... e que ri..."
O livro nos lembra filme famoso no SBC, já conversamos sobre ele:
"O Nome da Rosa" é um filme franco-teuto-italiano de 1986, dirigido por Jean-Jacques Annaud e baseado no romance "Il nome della rosa" de Umberto Eco. A história se passa em um mosteiro na Itália Medieval, onde ocorrem assassinatos misteriosos de monges. Enfim, o monge detetive descobre que as mortes eram provocadas pelo veneno das páginas dos livros apócrifos, livros proibidos, que alguns monges conseguiam alcançar na biblioteca e, ao folhearem, passavam o dedo nas páginas e na boca...aí morriam envenenados. E o filme explora a tensão entre conhecimento e fé, criticando a repressão do conhecimento pela Igreja Católica e a utilização da inquisição para manter o poder.
E sabem o principal livro apócrifo que era lido, e morriam por isso? O livro que falava sobre o riso!
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Por último, conversamos sobre SENTIDO ESTÉTICO para a vida, grande valor para o SBC, a sensibilidade para perceber e valorizar a estética presente em tudo ao nosso redor.
Senso estético : faculdade de apreciar a beleza e a arte pelo prazer estético que estas proporcionam.
Senso moral : a consciência do bem e do mal.
Senso prático : capacidade de agir com praticidade; entendimento do útil.
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