O conceito de Oikos tem suas raízes na filosofia grega antiga, especialmente na obra de filósofos como Aristóteles e Platão. Para esses pensadores, a ideia de Oikos estava intimamente ligada à noção de harmonia e equilíbrio entre os elementos que compõem o universo. Com o passar dos séculos, o conceito de Oikos foi se desenvolvendo e se adaptando às mudanças sociais, políticas e ambientais.
Oikos deu origem à palavra Ökologie, introduzida na língua alemã no século XIX, tendo passado para a língua inglesa como Ecology, e propagada na maior parte das línguas Europeias com uma fonética semelhante à palavra alemã ou inglesa. Oikos, “casa”, é uma excelente metáfora para o ambiente.
E das conversas sobre ecologia caminhamos para as inúmeras palavras começadas com ECO. Vejam nosso post recente, de 20 de setembro. Aliás, tudo começou com a palavra ECOSEXUAL, obrigada Sérgio!
Nessa nossa conversa conhecemos - e apresentamos - dois ECOs importantíssimos: ECONOMIA e ECOANSIEDADE, assim como a estreita relação entre esses dois conceitos, acreditem...
Mas neste nosso post só conversaremos sobre economia, pois o assunto "rendeu" demais. Deixamos a ecoansiedade para o próximo...
A distinção entre microeconomia e macroeconomia é central para entender a economia.
A pergunta que não quer calar: Micro ou macro? É geralmente a
primeira pergunta que os economistas recém-introduzidos a este campo de
conhecimento fazem uns aos outros, a distinção entre as duas abordagens que
está no coração da economia. Eles são geralmente considerados como campos de
estudo completamente separados (a fragmentação interessa ao sistema em que vivemos), a ponto de muitos passarem a vida inteira se
especializando em um ou outro, sem nenhum sentimento de perda. Derivado de mikros, grego antigo para "pequeno", microeconomia é o termo usado
para o estudo de como famílias e empresas tomam suas decisões e interagem com
os mercados. Já o termo macroeconomia deriva do grego makros - "grande" - e é o estudo
de como as economias como um todo funcionam. Um macroeconomista está mais
interessado em perguntas sobre por que a taxa de crescimento de um país é tão
alta, mas a inflação é baixa, ou quais são as causas do aumento da desigualdade e desemprego. No
entanto, embora os dois assuntos sejam frequentemente tratados separadamente, eles
são sustentados pelas mesmas regras fundamentais: a interação da oferta e da
demanda, a importância dos preços e do bom funcionamento dos mercados e a
necessidade de determinar como as pessoas agem diante da escassez, e toda uma gama de incentivos.
Daí chegamos a um outro conceito de economia que nos chamou muita atenção:
Ciência da escassez? Mas porque escassez? Nosso mundo não dispõe de recursos para que todos os habitantes sejam satisfeitos nas suas necessidades básicas? A questão fundamental não seria a DISTRIBUIÇÃO? A maneira como a riqueza do nosso planeta é distribuída não precede e determina a produção e o consumo?
Precisamos entender, primeiro, que inúmeros "conceitos" que orientam a nossa maneira de pensar, sentir e agir, e que aprendemos como "universais", são conceitos próprios do sistema onde vivemos, o sistema capitalista.
Então, para além de sermos objetos, de "sofrer" os efeitos desse sistema, precisamos ATUAR, sermos sujeitos, conhecer como funciona a sociedade capitalista em que vivemos e não perdermos nenhuma possibilidade de alguma transformação.
Pois bem, no sistema capitalista a
riqueza está concentrada nas mãos de poucos indivíduos, enquanto a maioria da
população vive em condições precárias e sem acesso aos mesmos recursos e
oportunidades. Essa desigualdade social é um problema grave que afeta milhões
de pessoas em todo o mundo.
Se pensarmos na origem e evolução dos modelos econômicos temos:
O capitalismo surgiu na Europa no final da Idade Média, com o desenvolvimento das atividades comerciais e financeiras. O modelo se consolidou durante a Revolução Industrial, no século XVIII, quando houve uma grande transformação nas relações de produção.
Já o socialismo surgiu como uma crítica ao capitalismo no século XIX, com pensadores como Karl Marx e Friedrich Engels. Eles defendiam a ideia de que o capitalismo gerava desigualdades sociais e que era necessário um modelo econômico baseado na cooperação e na igualdade.
O capitalismo e o socialismo são sistemas político-econômicos distintos e que são considerados antagônicos, num raciocínio maniqueísta.
O capitalismo é
um sistema que se baseia no lucro, na defesa da propriedade privada, na livre
iniciativa, no livre-comércio e no individualismo. A riqueza nesse sistema é
considerada mérito da pessoa.
O socialismo,
por sua vez, é contra a existência da propriedade privada e defende os
interesses da coletividade. No socialismo, os meios de produção são controlados
pelos trabalhadores e pelo Estado a fim de reduzir as desigualdades sociais, ofertando trabalho para todos e distribuindo igualmente a
riqueza produzida.
E o comunismo, o que é? Pensem em pessoas muito ruins, que vão tirar a força tudo que é seu... e que comem criancinhas! No maniqueísmo que aprendemos, ou/ou, bom-mau, certo-errado, o comunismo é isso... desde meados do século passado, fim da segunda guerra mundial, a polarização EUAxURSS se estabeleceu e era bastante interessante para o nosso mundo ocidental - e a hegemonia estadunidense - se pensar/sentir assim, e assim internalizamos, sem buscar conhecimentos que nos possibilitassem críticas. Pois ainda, mais de 50 anos depois, mudamos de século, um mundo multipolar está se construindo, e inúmeras pessoas ainda pensam assim... está impregnado o maniqueísmo, a polarização... a alienação, a passividade, o radicalismo... e por aí vai...
Pois bem, dentro do que conhecemos como socialismo científico, o comunismo e o socialismo não são a mesma coisa. Relembrando que, na teoria marxista, o socialismo é a etapa que se inicia com a revolução dos trabalhadores. Estes passariam a controlar o Estado e os meios de produção, implantando modificações e preparando a sociedade para o estágio seguinte.
O socialismo é, portanto, o estado intermediário que antecede a implantação do comunismo. O comunismo seria o estágio final, em que o capitalismo é superado. A implantação do comunismo viria acompanhada da abolição do Estado, da propriedade privada e também das classes sociais."
Estes dois vídeos do grande jurista brasileiro Alysson Mascaro nos explica, de forma tão simples e tão significativa o que é ser de esquerda e de direita, na história e atualmente.
A economia circular é um conceito baseado na
inteligência da natureza e que se opõe ao processo produtivo da economia
linear. Nela, os resíduos são insumos para a produção de novos produtos. No
meio ambiente, restos de frutas consumidas por animais se decompõem e viram
adubo para plantas. Esse conceito também é chamado de “cradle to cradle”
(do berço ao berço). Ou seja, não existe a ideia de resíduo, e tudo serve
continuamente de nutriente para um novo ciclo.
Enfim, não é o "fim do mundo", é o "fim do sistema"... mas vai demorar um pouco... ou um tanto... e precisamos sobreviver emocionalmente, não nos desesperançar... para isso precisamos produzir "políticas de encantamento" , apostar na esperança e combater a indignação que paralisa.
Pensar o presente almejando o futuro, como diz nosso grande Krenak.
Pois não é que conversando sobre Krenak, meu querido amigo SBCence Papa nos apresentou um outro conceito ECO: ECO ESPIRITUALIDADE, e Papa - seu nome na eco espiritualidade é AMAR - ficou de nos escrever sobre o assunto. Imagino que não tenha relação com religião, pois espiritualidade é diferente de religião. Querido Papa, ou querido Amar, o SBC aguarda seu texto - seu vídeo - e agradece.
Abraços esperançosos a todas as pessoas que nos leem e refletem conosco...
Santuza TU
Nenhum comentário:
Postar um comentário