quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

PREPARANDO TAMBORINS, FANTASIAS, PARA O CARNAVAL SBC

 
CARÍSSIMOS SBCENSES, CAI&ÇARENSES, PADREQUENSES!!!

RECAPITULANDO:

PRÓXIMO SÁBADO DIA 22/FEVEREIRO: PRÉ CARNAVAL DO BLOCO IRMÃO CAI&ÇARA...

PRÓXIMO DOMINGO DIA 23/FEVEREIRO: PRÉ CARNAVAL DO BLOCO IRMÃO PADRECO, A TARDE, SAINDO DA PRAÇA DO NINO, NO PADRE EUSTÁQUIO...

DIA 28/FEVEREIRO, SEXTA: GRITO DE CARNAVAL DO SBC NO CHURRASQUINHO DO PV, NO PRADO (PRAÇA CARLOS MARQUES) - ANIVERSÁRIO DA TU, NOSSA PRESIDENTA!!!

E

DIA 04 DE MARÇO  TERÇA FEIRA DE CARNAVAL: GRANDE DESFILE DO BLOCO SBC (SAMBA, BOBAGEM E CERVEJA), O MELHOR BLOCO QUE TÁ TENDO!!! PRÁ TODA IDADE... DE MAMANDO A CADUCANDO!!!


PERCURSO E ESTIMATIVA DE TEMPO:: * CONCENTRAÇÃO: RUA VILA RICA, 637, PADRE EUSTÁQUIO, EM FRENTE AO BAR DO BOLÃO * DESFILE: CONCENTRAÇÃO 'AS 13:00H. IDA (14:00H): RUA VILA RICA, RUA TUIUTI, RUA FRANCISCO BICALHO, RUA RIACHUELO, RUA CESÁRIO ALVIM, RUA PE EUSTÁQUIO (PRAÇA SAGRADOS CORAÇÕES) ('AS 15:00 COM PARADA). 

AQUI!!! das 15 às 16 horas, na Praça Sagrados Corações, é que haverá o ENTRUDO... 
Os blocos irmãos (Padreco e Cai&çara) estão convidadíssimos!!! Vamos participar dessa guerra de alegria!!!
ENTRUDO??? O QUE É ISSO??? NUNCA OUVI FALAR!!! leia no post seguinte!!!!
 

RETORNO (16:00H):RUA CASTIGLANO,RUA RIACHUELO, RUA VILA RICA * DISPERSÃO: RUA VILA, 637 'AS 17:00H, COM TÉRMINO 'AS 20:00H 

Nosso repertório, prá todo mundo cantar junto:

Abre Alas
água lava tudo

Ta i
Bandeira branca
Pastorinhas
Mulata ieieie
Ala la o
Aurora
Chiquita bacana
cabeleira do zeze
Mamãe eu quero
Sassaricando
Cachaça
O teu cabelo não nega
A jardineira
Maria beijoqueira
Marcha do remador
Me da um dinheiro aí
Vai com jeito
Mascara negra
Colombina onde vai você
Bota camisinha
Índio quer apito
Turma do funil
Maria Sapatão
Marcha da cueca

E mais o nosso hino SBC e as duas marchinhas inéditas de 2014:



SEM PRECONCEITO

(Marchinha de Felipe Fil para o SBC- carnaval de 2014)

Viver sem preconceito, sem preconceito Vem aí o SBC te falar desse direito (2x)
Preconceito por ser mulher  Preconceito por virar mulher
Saiba que o melhor conceito  É cada um ser o que quer            BIS

Viver sem preconceito, sem preconceito Vem aí o SBC te falar desse direito (2x)
Preconceito de cor   Preconceito no amor
Preconceito sexual     Ser diverso não faz mal                           BIS

Viver sem preconceito, sem preconceito Vem aí o SBC te falar desse direito (2x)
Preconceito musical    Preconceito profissional
Veja que o melhor de tudo  É ver de tudo nesse carnaval          BIS

Viver sem preconceito, sem preconceito Vem aí o SBC te falar desse direito (4x)


 PIROPEMOS...
(Marchinha de Francisco Carlos Souza para o SBC- carnaval de 2014)

Mais um ano se passou, Mandela foi e o SBC ficou (BIS)
Piropa vai... piropa vem... Piropa é fala, fala, fala Que não fica.
Ficação... de carnaval, Vem de piropa, pica, fica Mas não fica.
Tradição... é muito igual  Até piropa é coisa antiga minha amiga! 

Mais um ano se passou, Mandela foi e o SBC ficou (BIS)
Piropa vai... piropa vem... Piropa é fala, fala, fala Que não fica.
Inovação... de convivência, Nem ciência, nada explica Vem e fica!
Sem ranço um ano... vai passar Vida, alegria, sem futrica Tá mais rica!

HINO DO SBC
Composição: Carlitos Brasil – Carnaval 2013

Agora é hora   É a hora do SBC
Samba, bobagem e cerveja   Cê vai querer, ou cê vai correr?  (BIS)

Se tem samba e tem bobagem,
Não pode faltar cerveja
Pros hômi tem pinga com torresmo
E pras muié, martini com cereja

E pra nossa alegria Cada dia tem mais gente nessa filosofia  (BIS)

SBC é bloco original
Ele nasceu na madrugada
Pra fazer bonito nesse carnaval  (BIS)
 
 

ÚLTIMA COISA: NOSSO TEMA: PRECONCEITO NÃO!!! FANTASIAS INSPIRADAS NO MESMO... INTÉ... ABRAÇOS OXITOCINADOS E BEIJOS CARINHOSOS...
 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

ENTRUDO!!! O QUE É ISSO???

Em época de Carnaval é interessante lembrar algumas expressões caídas em desuso e comparar as práticas sociais e culturais de tempos passados com as de hoje: o que mudou e o que se mantém na forma de festejar o Carnaval? Qual o lugar e o significado da máscara, o símbolo dessa festa guiada pela imaginação? O que vem a ser esse tal de Entrudo?

Vamos primeiro à MÁSCARA, tão falada ultimamente... e ao nosso "pai dos burros", como dizia meu pai, no tempo dele era o dicionário, agora a Wikipédia, a enciclopédia livre, quem nunca pesquisou...

Uma máscara é um acessório utilizado para cobrir o rosto, utilizado para diversos propósitos: lúdicos (como nos bailes de máscaras e no carnaval), religiosos, artísticos ou de natureza prática (máscaras de proteção). A palavra tem, provavelmente, origem no latim mascus ou masca = "fantasma", ou no árabe maskharah = "palhaço", "homem disfarçado". Muitas vezes tribos africanas usam máscaras em cerimônias de passagem entre a vida e a morte.

A máscara é possivelmente o mais simbólico elemento de linguagem cênica através de toda história do teatro. Seu uso, provavelmente, remonta à representação de cabeça de animais em rituais primitivos, quando ou o objeto em si ou o personagem que o usava representavam algum misterioso poder.

Funções da máscara: disfarce; símbolo de identificação; esconder a sua identidade; transfiguração; representação de espíritos da natureza, deuses, antepassados, seres sobrenaturais ou rosto de animais; participação em rituais (muitas vezes presente, porém sem utilização prática); interação com dança ou movimento; fundamental nas religiões animalistas; mero adereço; prevenir contágios de outras pessoas.

Símbolos da máscara: Às vezes a máscara deixa de ser um mero adereço e passa a se tornar um símbolo de caráter enganoso. Vemos isso nas histórias em quadrinhos a máscara não esconde somente a identidade, mas transforma a vida de quem a possui. Os super-hérois colocam as máscaras e se transformam naquilo que não são na frente dos outros. A máscara é um modo de disfarce que não faz as pessoas saberem quem somos nós (esconde a identidade).

Enfim, as máscaras aparecem durante as festividades de Dionísio (Deus do vinho). Nessas festas todos bebiam, cantavam, dançavam e usavam máscaras, feitas de folha de parreira, por acreditar que Dionísio estaria presente entre as pessoas. A máscara teatral grega possuía diferentes funções quando em cena, tais como proporção maior que a face do ator e os traços expressivos acentuados, para que todo o público pudesse assimilar o caráter do personagem.


Agora, o CARNAVAL é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. A origem do Carnaval vem, portando, de uma manifestação popular anterior à era Cristã, tendo se iniciado na Itália com o nome de Saturnálias - festa em homenagem a Saturno. As divindades da mitologia greco-romana BACO e MOMO dividiam as honras nos festejos, que aconteciam nos meses de novembro e dezembro.

Durante as comemorações em Roma, acontecia uma aparente quebra de hierarquia da sociedade, já que escravos, filósofos e tribunos misturavam-se em praça pública. Com a expansão do Império Romano, as festas tornaram-se mais animadas e freqüentes. Na época ocorriam verdadeiros bacanais.

No início da era Cristã, começaram a surgir os primeiros sinais de censura aos festejos mundanos na medida em que a Igreja Católica se solidificava. Querendo impor uma política de austeridade, a igreja determinava que esses festejos só deveriam ser realizados antes da Quaresma.Os italianos adotaram, então, a palavra Carnevale, sugerindo que se poderia fazer Carnaval - "ou o que passasse pelas suas cabeças" antes da Quaresma, numa espécie de abuso da carne.

Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C... É um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. A palavra "Carnaval" está relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que acabou por formar a palavra "Carnaval", sendo que "carnis" em latim significa carne e "valles" significa prazeres. Sobre a origem da palavra não há unanimidade entre os estudiosos. Há quem defenda que a palavra Carnaval deriva de carne vale (adeus carne!) ou de carne levamen (supressão da carne). Outra interpretação para a etimologia da palavra é a de que esta derive de currus navalis, expressão anterior ao Cristianismo e que significa carro naval. Esta interpretação baseia-se nas diversões próprias do começo da Primavera, com cortejos marítimos ou carros alegóricos em forma de barco, tanto na Grécia como em Roma e, posteriormente, entre os Teutões.

O Carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias nas ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro. Todas as atividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que bem quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.

No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX.  A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no Carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas. 

No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.

No século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.

 
A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.


O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu. É de Pernambuco que surgiu um dos ritmos mais alucinantes da festa momesca: o envolvente e contagiante frevo. "E a multidão dançando, fica a 'ferver'..." Daí o surgimento da palavra "frevo".


Paralelamente, existe o maracatu, cortejo de origem africana, altamente expressivo. O berço dos maracatus foram as senzalas, quando os negros prestavam homenagem aos seus antigos reis africanos. Mesmo com o fim da escravidão, os cortejos continuaram. Daí o maracatu ganhou as ruas, tornando-se uma das peças essenciais do carnaval pernambucano.




O Axé, ou axé music, é um gênero musical surgido no estado da Bahia na década de 1980 durante as manifestações populares do Carnaval de Salvador, misturando frevo pernambucano, ritmos afro-brasileiros, reggae, merengue, forró, maracatu e outros ritmos afro-latinos. No entanto, o termo Axé é utilizado erroneamente para designar todos os ritmos de raízes africanas ou o estilo de música de qualquer banda ou artista que provém da Bahia. Sabe-se hoje, que nem toda música baiana é Axé, pois lá há o Samba-reggaerepresentado principalmente pelo Bloco Afro Olodum, o Samba de Roda, o Ijexá - tocado com variações diversas por bandas percussivas de blocos afro como Filhos de Ghandi, Ilê Aiyê e Muzenza, entre outros -, o Pagode produzidos por algumas bandas e até uma variação de frevo. A palavra "axé" é uma saudação religiosa usada no candomblé e na umbanda, que significa energia positiva. Já o ENTRUDO chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado por estas festas carnavalescas que já aconteciam na Europa. Considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo, tem sua origem no 

Entrudo familiar
entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam umas nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.

A festa chegou a Portugal nos séculos XV e XVI, recebendo o nome de Entrudo - isto é, introdução à Quaresma, através de uma brincadeira agressiva e pesada.
O evento tinha uma característica essencialmente gastronômica e era marcado por um divertimento entremeado com alguma violência. Fazia-se esferas de cera bem finas com o interior cheio de água-de-cheiro e depois atirava-se nas pessoas.
Os mais ousados, no entanto, começaram a injetar no interior das "laranjinhas ou limões-de-cheiro", substâncias mau cheirosas e impróprias e a festa foi perdendo sua alegria. Foi exatamente esse Entrudo violento que aportou no Brasil.

Na segunda metade do século XIX, o jornal Diário da Bahia e a Igreja Católica criticavam e pediam providências às autoridades policiais contra o Entrudo. Quando se aproximava o domingo anterior à Quaresma, todo mundo "entrudava". Apareciam pelas ruas em forma de bandos os "Caretas" envoltos em cobertas, esteiras de catolé, folhas de árvores e abadás - uma espécie de camisa de manga curta bastante folgada, atingindo a curva dos joelhos, que os negros usavam. No Entrudo, molhava-se quantos andassem pelas ruas, invadia-se casas para molhar pessoas e não se importava que fosse gente doente ou idosa. Em 1853 o Entrudo passou a ser reprimido com ordens policiais. Mesmo assim, as "laranjinhas" e gamelas com água continuavam existindo. Foi exatamente neste período que o Carnaval começou a se originar de forma diferente, dividindo-se em duas classes: o Carnaval de Salão e o Carnaval de Rua. O Carnaval de Salão tinha a participação de brancos e mulatos de classe média; o Carnaval de Rua, contava com negros e mulatos pobres.

Em 1860 o Teatro São João começou a realizar arrojados bailes de mascarados, na noite de sábado, iniciando as festas com músicas baseadas em trechos da ópera italiana "La Traviata". Em seguida, eram tocadas valsas, polcas e quadrilhas. O evento contava com a participação das pessoas de bom nível social, que trocavam os bailes realizados em suas casas pelo do teatro. Na época, havia o perigo do homem formado e do negociante serem vistos mascarados. Em razão disso, casas de fantasias e cabeleireiros, como os famosos "Pinelli" e "Balalaia" mantinham especialistas em disfarces.
Como os bailes carnavalescos não estavam ao alcance de todos, nem de acordo com a moral de muitos, era necessário estimular a sua ida para a rua. Por isso, os sub-delegados foram autorizados a distribuir gratuitamente máscaras a quem quisesse brincar o Carnaval. Várias comissões passaram a ser nomeadas pelo chefe de polícia e a comissão central, juntamente com outras comissões paroquianas que distribuíam máscaras, facilitavam a aquisição de outros adereços, bem como a providência de banda de música. Os comerciantes logo aderiram à ideia de olho no melhor faturamento, e começaram a adotar o Carnaval em substituição ao Entrudo.

Em 1870 os mascarados avulsos, estimulados pela polícia, e os bailes públicos começaram a ganhar terreno, embora o Entrudo ainda se mantivesse vivo. O ambiente para a realização do Carnaval passou a ficar melhor com o surgimento do "Bando Anunciador", que saía às ruas convidando todos para os festejos. Nos clubes e teatros, foram surgindo competições entre os grupos e famílias que ostentavam roupas e jóias para mostrar quais associações e entidades eram mais elegantes e grã-finas. O pioneiro Teatro São João passou a organizar seus bailes com um ano de antecedência.
Em 1878, o grupo de Carnaval de rua, "Os Cavaleiros da Noite", aparecia pela primeira vez num salão em grande forma, no Teatro São João, causando um verdadeiro "ti, ti, ti". Dois anos depois - com um número maior de bailes por toda a cidade -, Salvador contava com 120 mil habitantes, que concentravam recursos financeiros e grande poder político. Havia, portanto, dinheiro, poder e fartura, e todo esse esplendor passou, então, a ser retratado nos salões e bailes de Carnaval. Só para se ter uma ideia, as roupas, adereços, enfeites, chapéus, bebidas, jóias, sapatos e meias usadas nas festas eram importadas das melhores casas de Paris e Londres.

Ao mesmo tempo, palanques e bandas de música proliferavam na cidade. Surgiam também vários clubes uniformizados, como "Zé Pereira", "Os Comilões" e "Os Engenheiros", fantasiados com "Cabeçorras" e outras máscaras. Como as comemorações cresciam, convencionou-se que o Campo Grande seria o lugar para os mascarados se reunirem nos dias de Carnaval e, de lá, saírem em bandos.
Em 1882, o comércio iniciou o costume de fechar as portas na terça-feira de Carnaval, a partir das 13 horas. O Carnaval de máscaras e o desfile dos clubes, ficavam então, mais animados depois das 14 horas.
Cinco anos antes da Proclamação da República, a cidade, habitada por cerca de 170 mil pessoas, organizou o seu primeiro grande Carnaval de rua. Era uma festa com grande influência europeia, como quase tudo o que existia no Brasil naquela época, com luxo, requinte e comentários elogiosos.
Fortemente influenciado pelo requintado Carnaval de Veneza, na Itália, e mesclando a presença de tipos do popular Carnaval de Nice, na França, o Carnaval de Salvador deu o primeiro passo rumo à popularização com a participação de muita gente nas ruas.

Então, nossa ideia é recuperar essa tradição do Carnaval, em parte, na parte legal de alegria, brincadeira, encontro de blocos, bobagens no melhor sentido a palavra, abraços oxitocinados, beijos demorados e cheiros alucinados...

Bora tudo mundo ENTRUDAR!!!


(a fonte de pesquisa sobre o entrudo é a Entursa)

SantuzaTU

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

DESFILE DO SBC - CARNAVAL 2014




SBC- Samba, bobagem e cerveja 

DATA: TERÇA DE CARNAVAL-04/02/2014 A PARTIR DAS 13 HORAS

PERCURSO E ESTIMATIVA DE TEMPO:

CONCENTRAÇÃO: RUA VILA RICA, 637, PADRE EUSTÁQUIO, EM FRENTE AO BAR DO BOLÃO AS 13:00 H

DESFILE: SAIDA 14:00H : RUA VILA RICA, RUA TUIUTI, RUA FRANCISCO BICALHO, RUA RIACHUELO, RUA CESÁRIO ALVIM, RUA PE EUSTÁQUIO, PRAÇA SAGRADOS CORAÇÕES.

PARADA AS 15 H NA PRAÇA SAGRADOS CORAÇÕES, ONDE ACONTECERÁ O “ENTRUDO” (resgataremos uma tradição do carnaval, o “Entrudo” - uma guerra de água aromatizada, limões cheirosos. Levem recipientes que sirvam de spay).

RETORNO (16:00H): RUA CASTIGLANO, RUA RIACHUELO, RUA VILA RICA

DISPERSÃO: RUA VILA, 637 AS 17:00H, COM TÉRMINO 'AS 20:00 H


Público estimado: 900 pessoas





Nosso TEMA: PRECONCEITO NÃO!!!

Fantasias livres, inspiradas no tema

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

SOBRE PRAZER E GOZO




As conversas SBCenses são super enriquecedoras!!! E, por acreditar que não o são somente prá mim, não consigo não tentar escrevê-las. Aí vai uma conversa de quatro SBCenses, dois homens e duas mulheres, quatro amigos revelando uma liberdade invejável entre eles,  trocando ideias sobre a parte B (que é B de Bobagem, mas também pode ser B de Bonita, que serve muito ao propósito do SBC, o de procurarmos nos relacionar cada vez melhor, de forma mais livre, mais alegre e prazerosa. Disso é feita a vida... O tema? Sexo!!!

- Vocês já ouviram falar de sexo tântrico?

- Eu não! O que é isso?

- Eu já! O tantra é um ramo do yoga que se ocupa do aspecto sexual, ideal para aqueles que estão numa busca espiritual, desejando ver o encontro sexual como algo mais além do carnal, como uma ferramenta para o crescimento individual e do casal. É fácil transmitir o conceito, o difícil é levá-lo para a realidade.


- Já ouvi falar que os praticantes de sexo tântrico têm a consciência corporal mais desenvolvida, que a energia produzida durante a relação gera disposição e que os orgasmos duram mais tempo. Mas, prá chegar nesse ponto é preciso treinar – assim como, muitas vezes, rever seu estilo de vida. Por exemplo, a parte C (cerveja) do SBC vai dificultar por demais o sexo tântrico...

- Ixi... eu já estava me interessando!!! Rsrsrsrs

- Eu já li um livro sobre sexo tântrico, há pouco tempo! “O Guia Completo do Sexo Tântrico”, a autora é a psicóloga clínica Judy Kuriansky, ela ensina os dez primeiros passos para iniciantes, que buscam novas experiências prazerosas. Vou ver se lembro agora: fala-se muito em tempo, um orgasmo antes de uma hora de carícias vem a ser “ejaculação precoce” rsrsrs. Sem pressa, explorar o corpo todo um do outro, descobrir partes esquecidas.

- Me fez lembrar uma entrevista que vi, há algum tempo, de uma pessoa que ficou paraplégico, ele confessava que depois dessa limitação ficou bem melhor sexualmente, pois desenvolveu a sensibilidade no corpo todo! Antes ele achava que sexo era ficar duro e gozar...

- Pois é mais ou menos por aí a ideia de sexo tântrico...

- “Kundalini” vem a ser a energia sexual, que pode ser ativada com massagens, exercícios mentais e corporais. Respiração, inspirar e expirar juntos, até se alcançar um mesmo nível energético... sabe que algumas práticas do sexo tântrico são coisas simplíssimas? Olhar no olho um do outro! Adorei!!! O sexo tântrico busca o prazer máximo e duradouro com os cinco sentidos.

- Hum... algumas vezes sinto falta de conversar, o outro está tão sério, sisudo até...

- Uai, então, deixa fazer parte dessa experiência sensorial um vinho ou uma champagne meio que jogada no corpo do outro e a gente vai lambendo!!! é uma delícia!!! Adoro!!! também um leite condensado, só precisa a dose certa prá não fazer lambança... depois um banho juntos...

- AH, me lembrei de um dos 10 passos para os iniciantes do sexo tântrico: se chama “deliciosos artifícios”, quem não faz isso!!! Utilizar cabelos, unhas, dentes ou um lenço de seda para fazer a massagem. Isso faz a pessoa, ou melhor, a pele, acordar, ficar sensível... arrepia!!! Brincar com sensações de quente e frio... essas coisas, usar a imaginação... Conheço SBCense que tem na cabeceira da sua cama uma caixinha com peninhas, palitinhos... além de óleo de amêndoa, de cenoura... ótimo prá pele... rsrsrs... claro que não posso falar, gente!!! AH, li também: beijar demais, sem limite...

Técnicas proporcionam orgasmos múltiplos e mais intensos Foto: Getty Images

- Agora, eu já encontrei também, no Google, o “Manual do sexo tântrico”, que fala sobre o hiperorgasmo. Bom, a continuação das carícias, massagens, etc... tem a penetração...

- Óbvio!!!

- Não... peraí, mas não é igual à dos simples mortais. Tem também as dez posições básicas do sexo tântrico, que devem ser executadas seguidamente ao longo de duas horas. Prometo a vocês pesquisar de novo e passar prá cada um, embora eu não tenha entendido muito bem (digamos, a ponto de tentar praticar) quem sabe a gente junto não conseguiria entender desenhando... rsrsrsrs

- Outro dia eu estava num debate sobre "posições sexuais", então surgiu o que seria a "melhor posição", um amigo meu lembrou que a "melhor posição sexual" é a "cabeça no ombro", o que, além de um trocadilho infame, é um pensamento interessante sobre o que é uma relação sexual.

- Legal! Trata-se de “relação sexual”, muita gente esquece da parte “relação” (sem trocadilho) e só se interessa pelo “sexual”, aí não há sexo tântrico que dê conta, eu acho.

- Ah, outro dia eu ouvi também de um amigo: “o orgasmo é um desmancha prazer”, achei interessante... está dentro dessa ideia de sexo tântrico.

- Agora, trazendo essa teoria (e prática) para o nosso mundo ocidental, tem algumas coisas que não sei se aplicam. Vamos pensar nas nossas diferenças histórico/culturais? Sim, diferenças homem/mulher!!!  mulher/homem!!! Eu que já li alguma coisa sobre isso, quando penso na nossa cultura, chego até a questionar o “machismo estrutural oriental” do sexo tântrico...

- kkkkkkk... Você pensa demais, mulher!!! Falaí prá gente isso de “machismo estrutural oriental”, o que vem a ser???

- Explico!!! Esse tal de prolongar o gozo não se aplicaria ao homem? Quando se lê prolongar o gozo, leia-se “a ejaculação”, não parece???

-Pode ser. Me parece que o momento do orgasmo é um momento de solidão, pelo menos para os homens. Em francês orgasmo é chamado de "La petit mort", a pequena morte. Acho genial a forma como eles conseguiram descrever um turbilhão de sensações em três palavrinhas. O orgasmo realmente é uma forma de nos aproximarmos da morte, porque ele desconecta nosso lado racional e deixa sem escolha – ali, perdemos todo o controle. É um momento de solidão, para os homens é...

- Então, somos diferentes! Há pouco tempo eu estava lendo um artigo na Folha, do psicanalista Contardo Calligaris, ele fazia a diferença entre prazer e gozo a propósito da mulher estuprada que pode gozar sim, uma reação orgânica, mesmo com a sensação de completo desprazer!!! Isso fazendo referência à fala extremamente cruel: ela estava gostando!!! E eu, comentando com as pessoas ao meu redor, ouvi a fala de uma mulher: Pois é, temos direito ao orgasmo!!!

- Gente, é verdade! Tem muito pouco tempo na história da mulher que aprendemos a gozar!!! Pouco mais de 50 anos!!! Foi depois da pílula que a mulher pode gozar!!! Me lembro da Rose Marie Muraro, uma das minhas leituras já adulta, ela disse num livro que foi depois da pílula que a mulher reivindicou seu direito ao orgasmo. 

- Pois é, então o gozo para a mulher não vem a ser “La petit mort”, vem a ser uma conquista e pode fazer parte do sexo (não sei se tântrico, mas bem feito)  na hora em que ele acontecer, buscamos o gozo, sim, fazendo parte do sexo, não vejo porque tenho que segurá-lo!!! Ele pode acontecer não só uma, mas várias vezes.

- Comigo acontece de até ficar ansiosa para o cara gozar logo prá ele relaxar e praticarmos as carícias!!! Não pode ser assim??? Em vez dele ficar fazendo força prá segurar???

- Rsrsrsrs... pode! Acho que pode!!! Deve ser bom também...

- O que quero questionar é se o gozo não faria parte do prazer a qualquer momento, ou melhor, quando ele acontecer... e o prazer continua!!! 

- E se gozar no meio dessas dez posições básicas, não vale descansar e reiniciar??? E se, naquela parte dos "artifícios" a gente usar vibrador, também não vale??? uai, não é prá usar da criatividade?  Ah, a ideia é ótima mas foi ficando rígido,  muito "regras e normas"... sexo, prá mim, é uma brincadeira... portanto, por  princípio, deve ser livre!

 - Então gente, podemos sim aproveitar muitas dicas do sexo tântrico, o que não podemos é  ficar tentando nos encaixar em padrões, nem o oriental nem nenhum outro... vamos, sim, procurar novas formas de relações, sexuais ou não...

- Quem sabe em vez de “sexuais ou não” não seria melhor “mais ou menos sexuais”, pois tudo é sexual...

- Tá, deixa você terminar com essa leitura de “tudo é sexual...” desde que traga prá nós as posições... promessa???

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- transcrição, gente (os negritos são meus):

... “Depois das carícias tântricas, o passo a seguir é o sexo tântrico, cujo objetivo principal é prolongar a excitação sexual do casal.
O pênis do homem deve penetrar a vagina de sua companheira, mas apenas cerca de dois centímetros e meio. O homem mantém o pênis dentro um minuto, depois o retira e o descansa sobre o prepúcio do clitóris da companheira antes de voltar a penetrar.
Esse jogo deve ser mantido por cerca de vinte minutos, quando se iniciam as dez posições básicas do sexo tântrico. Essas devem ser executadas seguidamente ao longo de duas horas.
Devem ser alternadas por descansos e pausas para que o casal descanse, a ereção se distensione e os corpos reponham forças bebendo ou comendo algo leve.
Depois da introdução, o sexo tântrico começa com o casal sentado, os dois levemente inclinados para trás e se apoiando o peso nos braços. A penetração é lenta e os movimentos pélvicos circulares.
A seguir acontece a penetração profunda. A mulher deve abrir bastante as pernas, quase em forma de V. Compensando o esforço físico anterior, o sexo segue com o casal sentado, cara a cara, os corpos erguidos e as pernas entrelaçadas. É uma postura para abraçar-se, acariciar-se e deixar que circulem os sentimentos.
A postura clássica do missionário é a quarta etapa. O homem deve procurar a todo momento retardar e refrear sua ejaculação, porque a quinta etapa o levará a uma postura mais cômoda: com o homem deitado, a mulher se senta agachada sobre ele em plenitude completa, ambos unidos pelas mãos, fazendo movimentos pélvicos circulares. A sexta posição é uma variação da anterior: o homem coloca algum apoio (almofadas) sob as costas, nos quais pode apoiar-se. Assim, a mulher pode mostrar-lhe seu corpo e oferecer-lhe seus seios para que ele os beije. O sétimo passo obriga ambos a se olharem nos olhos e a deter a marcha da relação. É um passo difícil, mas é obrigatório para conservar a energia até o final. Para isso, uma postura clássica com o homem recostado sobre ela é o ideal. Depois do instante de relaxamento, a oitava etapa coloca o homem em cima, por trás da mulher, ambos estirados, com penetrações profundas.
O nono momento é o das tesouras. É uma postura atípica, na qual ela recebe quase de costas, passando uma perna sobre a cintura do parceiro, que a penetra profundamente, entrelaçando os corpos. É o prelúdio da última postura: ele está semi-incorporado e ela e se senta sobre ele, dando-lhe as costas e deixando-se penetrar suavemente enquanto ele lhe acaricia os seios e beija o pescoço.
Todas as etapas do sexo tântrico foram cumpridas e a excitação dos amantes é absoluta. Este é o momento de viver algo difícil de narrar:

O Hiperorgasmo: Um êxtase de prazer infindável e muito mais intenso que um orgasmo comum. Isto é o hiperorgasmo, um estado quase sobrenatural de nossa sexualidade que se pode alcançar através do  sexo tântrico.

Não é preciso ser nenhum atleta sexual para atingir o hiperorgasmo. Mas algumas condições básicas são necessárias. Sensibilidade, sutileza, desinibição, concentração, capacidade de se esquecer do tempo e das obrigações são indispensáveis. Além disso, é preciso renunciar à pressa, às comidas gordurosas, às bebidas alcoólicas, ao fumo e, em especial, não focalizar no orgasmo como único foco importante do sexo.
O sexo tântrico é uma filosofia de comportamento. Os defensores do sexo tântrico descrevem assim o orgasmo comum: “os simples mortais imaginam que o máximo do prazer é alcançar um orgasmo comum. A verdade é que experimentaram apenas um espasmo nervoso acompanhado de um pequeno prazer durante um curtíssimo espaço de tempo. Quem já experimentou as carícias tântricas, o sexo tântrico e o hiperorgasmo, diz que essas práticas mudaram suas vidas. A vida fica mais alegre, a produtividade aumenta. Os praticantes também argumentam que se tornam mais sábios, porque alcançaram uma nova dimensão do ser humano”.

- É... Para os deuses deve ser sem esforço, para o simples mortais custa um pouco, mas deve valer a pena tentar...


Por favor, não leiam sem pensar/criticar, verifiquem se existe machismo estrutural nos textos, reducionismos, preconceitos... essas coisas que dificultam a qualidade da relação... e da vida...

Para saber mais sobre sexo tântrico:
Judy Kuriansky www.drjudy.com
Cia do Ser www.ciadoser.org
Source School of Tantra www.sourcetantra.com
Livro: “O Guia Completo do Sexo Tântrico” - (Editora Madras)

Boa leitura a todxs!!! Beijos tântricos...

SantuzaTU