POR DENTRO DO FESTIVALE:
Shows musicais, Mostra de Teatro, Mostra de Cinema, Festival da Canção, Rodas de Conversas, Mostra de Corais, Mostra de Cultura Popular, Rodas com Benzedeiras, Feira de Artesanato e Oficinas... Tudo isso numa semana, Diamantina respirou Arte e Cultura, mais ainda pois a cidade já está plena dessa arte do Vale. Além de tudo, recebeu de braços abertos os festivaleiros que vieram, além das outras cidades do Vale, de todas as Minas Gerais e de todos os outros estados do Brasil.
Oficinas maravilhosas todos os dias desde segunda. Algumas delas: Agentes Culturais, História e Cultura do Vale, ministrada pelo nosso querido Tadeu Martins, bombou; Imersão Canto Coral, outro Tadeu, o Oliveira, de Capelinha; Mulheres que Criam, Imagem Estilo e Marca Pessoal, Raissa Tossi Costa... de argila, de escrita criativa... e tantas outras. Só ouvi ótimos comentários sobre todas as oficinas.
Na quarta, lembrando da nossa primeira participação em Roda de Conversa no Festivale (vejam post de 7 de agosto de 2024: Um dia no FESTIVALE), ano passado em Couto Magalhães, fomos para a Escola de Música Orquestra Jovem no Encontro de Mulheres do Festivale. Desta vez nos surpreendemos com o esvaziamento da Roda e ficamos sabendo que no sábado teria outra Roda extra oficial... estranho... No entanto, as mulheres que participaram fizeram suas reivindicações em relação à participação equânime no Festivale. Foi relatado que em reunião preparatória sobre o evento alguém teria feito a colocação sobre a "qualidade técnica" dos trabalhos das mulheres, o que corresponderia à menor participação... nos questionamos: "qualidade" vista sobre que ótica, a dos homens? são aqueles tipos de micro violências que ouvimos diariamente no nosso mundo machista, misógino... principalmente nós, mulheres que estamos ocupando os espaços. Não 'competindo' com os homens, há espaços para todos e todas, como diz nossa querida Alba. "Nós vamos é 'metendo o cutuvelo', como diz o Caetano", disse outra amiga mulher phoda...
E dessa conversa, depois de reivindicarmos, também, espaços para crianças e adolescentes durante o Festivale, Oficinas para esse público, de Cirandas, Brinquedos e Brincadeiras, por exemplo, com esses espaços e essas oficinas muitas mulheres estariam mais liberadas para uma participação mais efetiva no Festivale, óbvio! ... A Bia, agente cultural que já realiza projetos pela região, nos contou sobre sua vivência com mulheres e o Turismo de Experiência, ou seja, os turistas participarem do processo produtivo, por exemplo "como se faz o requeijão"... e sobre a necessidade de formação de gestores para essas atividades ... e sobre um campo de trabalho e renda para as mulheres da região... Vejam que maravilha esse projeto, ou projetos ... muito trabalho a ser feito, muitas possibilidades a se abrir ... bora arregaçar as mangas ... ideias temos, muitas, e boas...
E saímos da Roda de Mulheres esperançosas ... e curiosas sobre a outra roda que aconteceria no sábado, queremos notícias, nos juntando é que multiplicamos possibilidades...
Enfim, a Noite Literária, na noite de quarta... a ALVA, organizadora da Noite, brilhou... auditório do Centro Universitário UFVJM campus I lotado... Mestre de Cerimônia Gonzaga com muito bom humor e brilhantismo (temos, também, mulheres super competentes para Mestre de Cerimônia, poderia ter rodízio, o que acham?)
E os três primeiros colocados na Noite Literária, acima.
Consegui o primeiro lugar, o poema do querido Allef, de Itinga:
Quando eu morrer, me faça ser rio
E consegui, também, um poema maravilhoso que não foi um dos três primeiros:
DO RIO AO MAR, de Vitor Barreto Ribeiro
Publico estes dois... pois descemos todos para a praça do Mercado, a divulgação do resultado seria lá.. e ficamos aguardando, e conversando sobre a noite. Já tínhamos o que chamamos de Juri Popular, e o poema sobre a Palestina estaria entre os três primeiros, pela emoção que causou em todas as pessoas na platéia. Quando saiu o resultado final ponderamos sobre as perspectivas diferentes dos jurados e da platéia. No primeiro lugar concordamos todos. No entanto queríamos muito que o poema sobre a Palestina estivesse entre os três primeiros, pela sua atualidade e força... sem desfazer de nenhum dos classificados ... Entre aplausos pelo resultado e brincadeiras sobre "protestos", sugerimos a criação do Juri Popular, oportunidade de todas as pessoas darem a sua opinião... e assim terminamos a noite, com o coral Vozes das Veredas, com vinho e amigos e amigas ... e com o show de Érica Timóteo.
Na quinta, sexta e sábado a noite, além das Barracas FESTIVALE Walter Hugo, artesanato maravilhoso de todo o Vale funcionando dia e noite durante todo o Festivale, Feira de Artesanato Mestre Inácio José de Souza Neto, foi a parte do Festival da Canção Saldanha Rolim, 20 músicas selecionadas, todas também maravilhosas, metade delas apresentadas na quinta, outra metade na sexta... e o encerramento do Festivale, com as vencedoras, no sábado. Não posso falar dessa parte pois tive que voltar pra Belo Horizonte... na maior tristeza...
Mas deixo aqui o link no insta do perfil colaborativo do Festivale:

Até ano que vem, em Botumirim:
https://maps.app.goo.gl/
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POR FORA DO FESTIVALE:
- Um dia antes da abertura do Festivale, dia 26 de julho, a ALVA - Academia de Letras do Vale do Jequitinhonha realizou o lançamento do livro JEQUITILETRAS - A literatura do Jequitinhonha.
"Mais do que um livro, JEQUITILETRAS é uma manifesto da força cultural do Vale do Jequitinhonha. Cada página transforma desafios em arte, saudade em palavras e a terra em inspiração, celebrando as memórias coletivas e projetando novas esperanças. ... o volume reafirma a importância da literatura como caminho de resistência e valorização do povo jequitinhonhense."
O lançamento aconteceu com o apoio da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo em Diamantina. Pela primeira vez o órgão artesanal do século XVIII dessa igreja tocou músicas do Vale, acompanhando a cantora Luciana Vial que interpretou Canção pra Lira de Rubinho do Vale e Erivaldo Nascimento de Jesus em Diamantina em Seresta, lindíssimas, músicas e interpretações.
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- No domingo dia 27 lançamento do livro CAMINHOS E CERCANIAS, de Joaquim Celso Freire, com inauguração da LIVRARIA TERCEIRA FEIRA, pertinho do Mercado Novo de Diamantina:
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Quanta riqueza!!!!
ResponderExcluirQuanta beleza, em arte, em pessoas, em cores e músicas.
ResponderExcluirTem coisas que só o Festivale consegue nos proporcionar. A narrativa acima, menciona cada detalhe desses dias.
ResponderExcluirPara o leitor que não esteve presente no evento, ao ler o texto imagine como foi cada momento através de cada palavra, parágrafo. A Tu, conseguiu transmitir tudo que é o Festivale. Ah, Diamantina!