sexta-feira, 1 de abril de 2022

A ARTE DOS BONS ENCONTROS

 

Começo este post com um "quase" plágio do poetinha Vinicius: Pratiquemos a arte do encontro! Porque disso é feita a vida... Nem sempre é prazeroso, bonito... Haaa, mas quando é, é muuitooo... parece que a gente já se conhece há séculos, já começamos a conversar e os nossos olhos brilham... E, imediatamente já praticamos o que há de mais humano em nós: crescer com o outrx e oferecer nossa experiência e reflexão para o outro crescer com a gente.

Meu dia ontem foi lindo: descendo para o evento de 100 anos do PCdoB na Praça Sete, resolvi ir mais cedo para passar no Palácio das Artes e ver a exposição sobre os 100 anos do Modernismo em Minas e, assim, aprender um pouco mais sobre essa época, pois na nossa série sobre o tema não tínhamos feito ainda um post sobre esse acontecimento aqui na nossa terra mineira, tampouco sobre os nossos modernistas.

Entrei na sala e já me encontrei com essa linda a esquerda. E olhei o crachá a fim de chamá-la pelo nome, mas no crachá só estava escrito MONITORIA. Então eu ri e comentei com ela: Já ia te chamar Monitoria... rimos as duas, ela é a Amanda Homem, das Artes Visuais. E já começamos a conversar sobre a Semana. Então juntou-se a nós a simpatia do 'linguista narciso' (ele se acha lindo... e todos nós precisamos dessa 'auto estima ao ponto', claro!), Ederson de Souza, especialista em língua portuguesa e inglesa. Dai a pouco chegou o Yuri Ricardo, da História e, mais tarde, juntou-se a nós o Virgílio Munis, da arquitetura e Urbanismo. 

E, claro, já contei do SBC, do nosso conceito de vida, da valorização do sentido estético para a vida e as relações, dos nosso projetos, e dos nossos posts sobre a Semana da Arte Moderna, e que, inclusive, fomos em São Paulo comemorar os 100 anos da mesma, veja nosso post de 16 de fevereiro 22 (Encerrando a Semana de Arte Moderna) e os anteriores (desde 17 de janeiro 22, nós e nossos convidadxs escrevemos sobre a Semana). Fizemos um belo apanhado dessa época, do seu espírito, dos principais participantes da Semana, do Brasil e do mundo anos anos 20 e, por fim, como podemos utilizar da ideia de ANTROPOFAGISMO nas relações e na construção da nossa identidade, a Teoria Psicanalítica Antropofágica, elaborada  no post de 17 de março 22 (Conversas SBCenses: sobre mãe-filha|filha-mãe e todas as outras relações).


E, em retorno, fiquei conhecendo um pouco mais nosso famoso Alberto da Veiga Guignard, que morreu em Belo Horizonte aos 66 anos em 1962, e que apaixonou por nossa cidade e mudou para cá em 1944, quando, a convite do então Prefeito Juscelino Kubitschek, instalou o curso de desenho e pintura no recém criado Instituto de Belas Artes. Então, Guignard foi um dos nossos modernistas.

Outro que pode ser considerado um modernista mineiro é o nosso grande Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Falamos sempre dele e declamamos seus poemas nos nossos encontros ARTE, PROSA E SAMBA.


E, olha só! nossa Exposição de Arte Moderna foi em 1944, no Edifício Mariana, na Av. Afonso Pena quase chegando na Praça Sete, um dos Edifícios mais antigos de Belo Horizonte. 

E, ainda, conheci duas mulheres, grandes artistas modernistas:

Emma Voss, acima o seu auto retrato. Supostamente a primeira artista a abrir um exposição individual de arte moderna em São Paulo em 1910. 
E Zina Aita (1900-1977) que nasceu em Belo Horizonte e teve sua educação em Florença. Foi a única mineira a participar com trabalhos na Semana de Arte de 1922. Acima uma de suas obras.

E muito mais coisas interessantes esses quatro monitores lindxs podem nos mostrar e nos falar. Não deixem de ir no Palácio das Artes, essa exposição faz parte do Programa: "O MODERNISMO EM MINAS GERAIS", que celebra o centenário da Semana de Arte Moderna ao longo de 2022.

Claro que nos despedimos com grandes abraços e a promessa de uma cerveja... 
ou melhor: MUITAS. 

E fui para o nosso evento dos 100 anos do PCdoB na Praça Sete. Foi um evento potente. Um samba muito bom, muita poesia e, por último, a apresentação de outro grande amigo,  "grande bom encontro", Marcelo Ribeiro.  Compartilho com vocês sua canção que recebeu o segundo lugar no nosso Festival Fora "O inominável":


Termino lembrando do nosso SBCense Sigmund Freud. Dizendo do meu jeito uma ideia sua no  livro O mal estar na civilização: as pessoas somos, todas e todos nós, educadas para evitarmos o sofrimento. Mas algumas de nós, especiais, conseguem ter como foco a busca do prazer... aí a gente abre os poros... e são pelos mesmos poros que entra também o sofrimento, mas entra e sai ... conseguimos continuar na nossa busca pelo prazer... entre outros, o prazer dos bons encontros. 

Abraços carinhosos...















6 comentários:

  1. Linguista narciso fico emocionado! Ela quem me deixou super a vontade com essa alegria, essa simpatia. Uma pessoa com um olhar doce, penetrante, uma pessoa com uma áurea tão brilhante quanto o sol!

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  2. correção acima!
    aura e não áurea*
    uma pessoa com uma aura tão brilhante quanto o sol*

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    1. Ow minino... gostou de linguista narciso? Tb Gostei de aura brilhante. E de olhar doce... aff

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  3. Ederson!!! Obrigada querido amigo. Abraços carïnhosos

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  4. Que bom Túuu, fazendo novos amigos para integrar nosso bloco SBC, quem sabe em 2023?

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