terça-feira, 23 de abril de 2013

O dia do Forró, Bobagem e Cerveja ou... Mulheres Contemporâneas



Gente, era chuva demais da conta!!! só foi mulher!!! Aí nós nos perguntamos: os homens são de açúcar? Não saem na chuva? Mas porque? Aí foi só conversa sobre homens, sem nem precisar de limpar o canto da boca com as mãos, as gotas foram caindo e se misturaram com a enxurrada na calçada. Eu disse NÃO!!! Não iria escrever essa crônica de jeito nenhum! Aí a nossa querida visitante, Silvana Baiana, super SBCense, se prontificou. E aí vai... obrigada Silvana, seja bem vinda ao SBC, em grande estilo:

Querida TU,

Muitíssimo obrigada pelo convite para participar desse grupo seleto de mulheres SBCences, mulheres verdadeiramente contemporâneas, que se permitem conversar, rir e brincar, principalmente rir de si mesmas, o riso libertador; e conversar sobre intimidades combatendo os medos e os preconceitos, permitindo o autoconhecimento e o crescimento.

Que bom foi o resgate de nossas leituras da época de juventude, Simone de Beauvoir, O segundo sexo, livro da década de 50, foi meu livro de cabeceira durante algum tempo, super atual, acho que deveria ser leitura imprescindível, a bíblia de todas as mulheres.  "Não se nasce mulher, torna-se mulher". Filósofa existencialista, ela se pergunta por que (ou como?) um gênero se submete a outro como as mulheres se submeteram durante séculos aos homens. E conclui que as mulheres seriam a única categoria que "se alia ao dominador" em busca das vantagens (ou ilusão de vantagens) que esta situação traz. A pessoa que abre mão do trabalho que dá a construção de uma "existência autenticamente vivida" vira escravo, se submete... É essa a idéia... Na minha cabeça a expressão "existência autenticamente vivida" ficou (e fica) como uma expressão chave, orientadora de uma ação/construção prá vida toda. E nos juntarmos, conversarmos sobre nós mesmas, sobre nos conhecer melhor, e também sobre os homens, sobre sexo... Tudo isso vem a ser o princípio da saída, do caminhar.


A sua lembrança de artigo do Contardo Calligaris (psicanalista que escreve na Folha de São Paulo, não é?) que te ajudou a distinguir o prazer e o gozo, que gênio!!! Sim, depois dos anos 50, depois da pílula, reivindicamos o gozo, o orgasmo! Até hoje, na mesa em que haviam mulheres de 20 a 60 anos, todas foram unânimes em sentir ainda na pele a "violência sutil" da "divisão" na cabeça dos homens das puras e das putas, ou seja, a "interdição ao orgasmo", mulher que gosta de sexo, que gosta de gozar estão na categoria de putas, de "comíveis". 

Agora, prazer é outra coisa, por isso se diz Relação sexual, pressupõe uma construção a dois. Vamos, homens, aprender a viver isso!!! Claro, depois que passarmos pela vivência da aceitação/aprendizagem do gozo.

Então, dizem que tem homens no SBC que se propuseram a "comer" todas as mulheres SBCenses. E dizem que elas estão fazendo uma fila, do tipo quem está pensando em comer é que está sendo comido... vamos provar, "cozido ou a vapor", como na música do Skank, banda mineira famosa na Bahia.

Aquele caso contado pela mulher de 50 e tantos anos, linda!!! As mulheres de 20 e tantos se impressionaram. Ela conta que já não era mais virgem, coisa rara para a época, e que tinha se proposto que o homem que se incomodasse com isso seria rejeitado por ela, um babaca. Pois bem, ela começou a namorar o cara e ele perguntou se ela era virgem e ela disse que não, parece que ele não acreditou, pensou que fosse brincadeira. Foram se envolvendo e o fato de transarem aconteceu de maneira natural, pouco tempo depois. Qual não foi o choque da pessoa ao perceber que era verdade que ela não era virgem! Pô, eu tinha te escolhido prá casar!!! Mas a doida, em vez de não mais o querer por isso, como tinha prometido a si mesma, jurou que era com aquele que ela ia se casar, fez uma inversão! É com este que eu caso prá mostrar que não é isso que me faz menos mulher!!! Casaram... Acho que durou uns três anos. Mas o interessante foi também a "conclusão" do homem pensando sobre o caso: É, conheço mulheres que dão qualquer buraco, a orelha, a boca, o cú, e continuam virgem... essa é a moral que queríamos (gente, esse caso aconteceu há uns trinta anos!!!), mulheres e homens, derrubar, e de alguma forma estamos conseguindo, não de maneira linear pois a história não é linear. Que bom que estamos nessa época, que podemos conversar sobre isso e cada vez mais construir uma moral mais baseada no sentido estético, orientada pelo sentido do bonito na vida, não é TU?

Agora, a parte B do encontro é de "rachar os bico", de ter dor de barriga de tanto rir. Dizem que o SBC começa com o C, depois vai pro S e depois atola do B, fica uns 80% do encontro, verdade? Não necessariamente nessa ordem rsrsrs, tem encontro que já fica no B, regado a C, e por aí vai. A teoria feminina sobre homens músicos: dizem que todos (ou quase...) são ótimos... mas tem umas particularidades: os pandeiristas, e os violonistas, são bons de mãos e dedos. Os do cavaquinho também. Já os de instrumentos de sopro são ótimos de beijar e de qualquer coisa com a boca. AFFFF... e os multiinstrumentistas??? Tem também outra teoria, semelhante àquela da nossa SBCense famosa, a Rita, em artigo já postado no blog, aquele sobre categorias de Pintos: o Uizinho, o Ui, o Uizão, e o ChalapChalap, já li e adorei. Então, também esta teoria vem a ser uma categorização (com comentários) do dito cujo: o GG, quase ninguém gosta, só eles mesmo se acham. Tem o tamanho M e o tamanho P;  e tem o PP(o Uizinho). Agora, tem também o PT (o famoso Pinto Torto) parece com o PA (Pinto Anzol), algumas mulheres adoram porque dizem que atinge o ponto G lá dentro, outras nunca encontraram esse tal ponto, outras só do lado de fora. Tem também o modelo Quiabo, o modelo Garrafa Térmica, grande e fino, escorrega. Fico imaginando teorias sobre a xoxota, afff...

Gente, mas o caso do dedão é engraçado demais, a Tu contou e disse que já insistiram prá ela escrever e que ela não conseguiu. Então, como já estamos nesse nível, não posso terminar sem deixar de tentar contar: Trata-se de uma categoria de rapazes “saradões”, dizem que não corresponde, não generalizando mas muitas vezes é PP, o uizinho. Esse cara era. Mas a moça ficou encantada com a parte de cima e foram. Beberam, fumaram, e quando foram para o vapt vupt ela constatou que a noite estaria perdida. Se ela não tivesse, pelo grau de chapação (ela acha) achado lindo o dedão do pé da pessoa! Aí ela resolveu aproveitar a noite com aquele dedão. E, segundo ela, foi ótima, a salvação. Teve dois orgasmos. E a pessoa achou bacanérrimo, ficou encantado. Gente, no outro dia ela não sabia onde punha a cara de vergonha! rsrsrs. ô dó! dizem que ela ficou tipo correndo dele por uns três meses, se encontravam no samba e ela nem chegava perto, mas depois de uns quatro meses ele conseguiu chegar perto e disse que adorou aquele noite no dedão! foi tudo! ficou encantado! kkkkkk

Tu, não consigo deixar de contar a piada sobre as mulheres, já foi contada mas vou dar a minha versão: dizem que um gênio da lâmpada foi visitar Marte, ele era muito curioso a respeito das mulheres de lá. E fez com que uma delas (ou um grupo, talvez) encontrasse uma lâmpada e a roçasse e aí ele apareceu. Mas vocês não acreditam que os três pedidos das mulheres de lá foram muito parecidos com as da terra! Primeiro pedido: que a menstruação fosse uma vez por ano. Atendido em parte, de 6 em 6 meses, pois se precisava continuar a ter filhos para perpetuação dos marcianos. Segundo pedido: gestação menor, atendido, passou-se para 4 meses. Terceiro pedido, recusado, pois se vocês, achando feio, fazem o que fazem, lambem, mordem, apertam, chupam, se fosse bonito vocês arrancariam!!!

Enfim, não fiquei conhecendo pessoalmente a ala masculina do SBC, nenhum! Mas levo prá Bahia uma ótima impressão. Devem ser lindos, deliciosos!, Tô na fila! E voltei firmemente com  a idéia de levar o SBC prá Bahia. Me aguardem...



Termino passando um trechinho do livro que estou lendo agora na praia e me lembrando de vocês,  “A disciplina do amor (fragmentos)” da grande SBCense Lygia Fagundes Telles. ... A minha tiazinha falava muito na falta que lhe fazia esse ombro amigo, apoio e diversão, envelheceu procurando um. Não achou nem o ombro nem as outras partes, o que a fez choramingar sentidamente na hora da morte, mas o que você quer, queridinha?! a gente perguntava. Está com alguma dor? Não, não era dor. Quer um padre? Não, não queria mais nenhum padre, chega de padre. Antes do último sopro, apertou desesperadamente a primeira mão ao alcance :  “É que estou morrendo e não me diverti nada!”

Então, vamos nos divertir, a vida é curta!!! Saudades, beijos...

Silvana Baiana

Um comentário:

  1. A Silvana é ótima e me diverti mto lendo essa crônica. Mas quem a conhece sabe do que ela é capaz. Moça talentosa essa baiana!

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