Essa da foto é Beth Bretas, lindona... nos conhecemos no domingo passado e já ficamos "amigas para sempre", como se diz no SBC.
Seu insta, acima... e ela mesma se apresenta, com poesia, claro:
"Sou uma infinidade de eus e, entre eles, está o meu olhar poético sobre a vida e as pessoas.
E no caminhar entre as pessoas, nas posições que fui assumindo, entre as várias versões minhas, ser mãe é a que mais amo.
Na vida competitiva, fui o que adorei ser: Professora de Língua Portuguesa.
E entre o real e o fictício:
Sobre os ganhos, sou vitoriosa.
Sobre as perdas, há muitos ganhos.
Realizei todos os meus sonhos.
Amo o ser humano.
Amo este Planeta tão lindo.
Amo existir.
Sou grata.
Tudo em mim soa como uma existência divina.
Em nenhum momento da minha vida deixei de acreditar que a vida é muito maior e a minha jornada será cada vez mais sagrada.
Hoje o olhar que tenho sobre a vida e tudo que me aconteceu, é a de que fui muito protegida, nunca estive sozinha e jamais estarei".
E Beth compartilha conosco um poema lindo:
GENTIL MOMENTO
Que se deixa dominar
Por uma força
Que existe em mim
E por segundos manifesta
O que você não entende
O que não sei contar
Sobre estradas, ruas e vielas...
Casas brancas, mar azul
Jardineiras nas janelas...
Um som cristalizado
Em cidade iluminada ardendo
Na frescura da tarde cheia
De sentimentos ao longe...
No grito diferente que se espalhou
Como protesto
No centro do Continente
Existindo entre o ponto fora
E o dentro da memória...
Onde o alcance máximo é
Não perder o profundo relance
Das coisas existentes.
Um sol quente
Derrete a neve
Que vira poça d`água
Filete
Que avidamente
Vai sumindo
Vai sendo
Vai se transformando
Entre quatro paredes
Ao som de Barry Manilow.
Lá fora torneiras fechadas
Não podem molhar o tempo.
Beth Bretas
Obrigada, querida "amiga de infância". 💚💙💛💜💗
Mas Beth não anda só, só anda em boa companhia:
Na verdade, a Jane já era SBCense antes da Beth, foi ela que nos apresentou a amiga, mas como o SBC é anárquico... não tem nenhuma importância ...
Pois passamos o domingo juntas... e também com o Fil e o Cláudio que, segundo o Fil, se transforma no Beto ... essas coisas de gente que não presta, nós SBCenses...
E, no domingo, depois de algumas cervas, a pauta foi o CU... super normal, pois se a Adélia Prado tem um poema sobre o CU, por que não podemos conversar sobre isso!!! E a Jane nos apresenta o poema da Adélia:
Objeto de Amor
De tal ordem é e tão precioso o que devo dizer-lhes que não posso guardá-lo sem que me oprima a sensação de um roubo: cu é lindo! Fazei o que puderdes com esta dádiva. Quanto a mim dou graças pelo que agora sei e, mais que perdoo, eu amo.
(no livro Poesia Reunida)
O domingo acabou... delicioso ... e chega a quarta ... e, depois da nossa conferência livre de Direitos Humanos, Mulheres e Justiça Climática, no nosso querido Bar Taboca...
... tivemos karaokê... e a Jane soltinha, arrasou... foi uma delícia.
E mais: as duas, e mais o Fil, e nós do SBC, estamos fazendo parte do MOVIMENTO MOMAM...
... que lançará o Projeto RECONHECER-SE, idealizado e desenvolvido pelas nossas queridas BETH BRETAS e JANE AGUIAR. Será no dia 25 próximo, acompanhem nas redes para saber o local.
Mas antes, dia 22, próxima quarta, teremos nosso primeiro sarau no ANDU DE DOIS! Vai ser lindo! Conversaremos sobre O AMOR... músicas, poemas, livros, filmes, depoimentos e tudo mais...
Compartilhem o convite... levem amigas e amigos...
Nosso post de 3 de setembro passado repercutiu... conversamos mais sobre o assunto, e uma "velhinha" de cerca de 70 anos, carinha de 50, fofa, cheia de vida, plugada, navega nas redes - e nos livros - e tem muitíssimos assuntos a compartilhar, desde tecnologia até as relações humanas em geral, cidadania a relações íntimas... Foi ela que inspirou o slogan SBCense AMOR E POLÍTICA NA CAMA E NO MUNDO... pois essa linda mulher compartilhou conosco sua experiência e suas reflexões sobre o assunto... e todas e todos nós 'mergulhamos' nas suas reflexões.
E um de nós, um homem, me manda, como se ele tivesse gravado, a fala da 'velhinha', de tanto que afetou a ele essa fala, aliás, a todos e todas nós... para ele a 'velhinha' traduziu um conceito SBCense de relação íntima - assim como todos os outros níveis de relação, pessoal, social e pública - pois relacionar, na sua essência estruturante, vem a ser crescer com - e através - do outro.
A seguir o relato do nosso querido SBCense, com sua autorização, sem revelar sua identidade a pedido do mesmo:
TU, você sabe que eu tenho 40 anos... pois eu fiquei completamente apaixonado por aquela pessoa linda que fiquei conhecendo no último encontro do SBC. Eu já sou apaixonado pelo SBC, pela filosofia de vida e pelos conceitos relacionais do SBC... agora apaixonei completamente por uma SBCence! Como se diz no SBC como maior declaração de amor, de tesão, eu "dava pra ela até pendurado no lustre". Mas trata-se de algo mais, um encantamento, que eu diria, teórico, um "tesão intelectual", como também dizemos por aqui.
TU, cheguei em casa e tentei quase que "transcrever" o depoimento dela, como se fosse "uma fita gravada" (muito antigo isso, né, do século passado... rsrs) do nosso encontro... pois essa 'teoria', como ela diz, vem a ser uma referencia estruturante, tanto para as relações afetivo sexuais como para todos os outros níveis de relação...
Pois bem, ela começou cantando - e a danada tem uma voz linda, além de tudo - uma música que, segundo ela, disseram que a traduzia... porém ela não acredita e nem pactua com isso. Pois, pra ela, afeto - qualquer, e todo, tipo de afeto - não tem idade! E, ela acrescenta, nem gênero...
Pois, pra ela, afeto - qualquer, e todo, tipo de afeto - não tem idade! E, ela acrescenta, nem gênero...
"Qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor valerá!", ela lembra nosso grande e querido Milton Nascimento.
Daí ela lembra de um filme:
Lançado em 1971, Ensina-me a Viver, Harold and Maude no original dirigido por Hal Ashby, é um filme que mistura comédia dramática, humor negro e um toque de surrealismo. Na Netflix e na Prime Vídeo, vi e amei...
Ruth Gordon é Dame Marjorie “Maude” Chardin, uma mulher de 79 anos de espírito livre. Ela cresceu na Europa e ali se casou. Pelos números marcados em seu braço, sabe-se que ela esteve em um campo de concentração nazista; Bud Cort é Harold Chasen, um garoto de 20 anos, rico e obcecado com a morte. Ele dirige um carro funerário e vai a cerimônias fúnebres de estranhos. Quando encontra Maude, que também tem esse estranho hábito, ele se apaixona pela primeira vez. Ele fica encantado com a visão peculiar da vida dela, que vê beleza em todas as coisas e é excessivamente despreocupada, em contraste com sua própria morbidade. Ambos formam um vínculo imediato, e Maude mostra a Harold os prazeres da arte e da música e o ensina como "aproveitar ao máximo seu tempo na Terra".Enquanto isso, a mãe de Harold determina, contra a vontade do filho, que ele deve encontrar uma mulher para ter um relacionamento estável. Uma a uma, Harold assusta e aterroriza suas pretendentes, praticando atos de automutilação, autoimolação e seppuku, uma espécie de ritual suicida japonês.
Depois de passar algum tempo com Maude, Harold anuncia à sua mãe que iria se casar com ela, resultando em manifestações de desgosto de sua família, seu psiquiatra e sacerdote.... Maude completa 80 anos e Harold a prepara uma festa surpresa. Enquanto dançam, Maude diz a Harold que "não poderia imaginar uma despedida mais encantadora". Ele imediatamente pergunta a ela o que quis dizer e Maude revela que propositalmente causou uma overdose de pílulas para dormir e que irá morrer em breve. Ela reafirma que acredita que 80 é a idade apropriada para morrer. Harold leva às pressas Maude a um hospital, onde ela, sem sucesso, recebe tratamento e morre. No momento final, o carro de Harold aparece caindo em um penhasco à beira-mar, mas depois da queda, a última cena mostra Harold calmamente em pé no topo do penhasco, segurando seu banjo. Depois de olhar para baixo, Harold pega seu banjo e começa a cantar a canção If You Want to Sing Out, Sing Out, de Cat Stevens.
TU, me desculpe se dei spoiler, mas foi ela mesma, a nossa 'velhinha', que contou o filme, que é 'a cara' dela, ou melhor, a cara do SBC, pois eu estou me sentindo o próprio Harold. A relação entre eles desafia convenções sociais e culturais, oferecendo uma reflexão profunda sobre a morte, o sentido da vida e as inesperadas conexões humanas.
A obsessão de Harold pela morte é evidente desde o início do filme, quando ele organiza elaborados e bizarros rituais de simulação de suicídio e frequenta funerais como uma forma de escapar da monotonia de sua vida. Ele se vê em uma espécie de isolamento emocional, sentindo-se desconectado do mundo ao seu redor. Sua busca constante por morte e seu comportamento excêntrico são manifestações de seu vazio interior e da busca por algo mais profundo. Apesar de sua obsessão pela morte, Harold não é um personagem negativo; sua busca por significado é, na verdade, uma tentativa de lidar com o vazio e a falta de propósito que sente em sua vida. Essa luta é intensificada pela relação com sua mãe, uma mulher dominante e desinteressada, que tenta controlar sua vida e decisões.
Por outro lado, Maude é uma "velhinha" com uma perspectiva de vida totalmente oposta à de Harold. Uma mulher excêntrica, transgressora, cheia de energia e amor pela vida, que tem uma abordagem irreverente em relação à sua própria existência. Ela vive sem medo da morte e acredita que a vida é para ser aproveitada ao máximo, independentemente da idade. Maude não apenas ignora as convenções sociais, mas também as desafia com seu comportamento imprevisível, o que a torna uma figura única.
O que começa como uma amizade improvável entre dois personagens tão diferentes se desenvolve ao longo do filme em uma relação profunda e transformadora. Maude, com sua visão única da vida, torna-se uma espécie de "mentora" de Harold, mostrando-lhe que a vida deve ser abraçada, e não temida. Através de suas interações, Maude ensina Harold a valorizar as pequenas coisas, a ser mais espontâneo e a encontrar alegria nas experiências cotidianas. Apesar da diferença de idade, a relação entre os dois vai além da amizade. Harold e Maude se apaixonam. E a relação deles questiona as normas sociais e os tabus sobre o que é aceitável em um relacionamento. O filme não trata essa diferença de idade como um problema, mas sim como uma metáfora para a capacidade humana de transcender as expectativas e se conectar com os outros em um nível mais profundo.
Ensina-me a Viver explora a complexa relação entre vida e morte de uma forma única e humorística, o humor negro, que serve como uma ferramenta para abordar questões profundas como a morte, o vazio existencial e as convenções sociais. Harold, obcecado pela morte, encontra em Maude alguém que não tem medo da morte, mas que vive cada momento de sua vida com uma intensidade vibrante. Maude vê a morte como uma parte natural do ciclo da vida, e seu comportamento e filosofia de vida refletem essa perspectiva. Para ela, a morte é apenas um fim inevitável, e enquanto isso não acontece, o mais importante é viver com liberdade, criatividade e prazer. Harold, por outro lado, tem dificuldade em entender essa visão. Ele vê a morte como uma forma de escape de suas frustrações e desesperança. A amizade com Maude, no entanto, muda sua perspectiva, fazendo-o perceber que a verdadeira liberdade está em viver plenamente, em vez de temer o fim inevitável.
Enfim, o filme que a nossa querida "velhinha" nos indica continua a ser uma obra cult, que desafia as expectativas e nos inspira a viver de forma mais verdadeira e livre... como praticamos no SBC.
E aí, voltando à música GAROTOS, ela nos conta um diálogo aprendido com o filme:
- Pois você acredita que, recentemente, um 'boy' me fazendo uma piropa, como costumamos no SBC, me pergunta se eu o ensinaria sobre sexo quando a gente transasse. E eu então respondi: - Não querido! Não costumo "ensinar"! Aliás, numa transa ninguém ensina nada a ninguém, pois se assim fosse estaríamos construindo a possibilidade de reproduzir o modelo autoritário, esse que costumamos aprender na nossa cultura, e reproduzimos em todos os níveis de relação, o modelo autoritário-submisso. Por outro lado, nós temos a 'responsa' de tentarmos construir outro modelo, também em todos os níveis, o modelo sujeito-sujeito, o modelo de crescimento mútuo.
E é, portanto, nesse sentido que te faço um convite: - VAMOS APRENDER JUNTOS? Pois cada pessoa é única e cada transa vem a ser um desvirginamento para nós dois, querido... Vem comigo desse jeito, vamos nos descobrir?
- Ai TU... morri... Já pensou se conseguimos construir esse modelo? Me apaixonei, por ela e pela ideia de sexo dessa maneira, assim como essa construção em todos os níveis de relação, como você já nos mostrou várias vezes nas suas crônicas aqui no blog
Enfim, obrigada TU, pela existência do SBC, por você existir e nos apresentar essa "velhinha"...
Grande abraço oxitocinado,
EU
Ai eu, TU, morri também, de alegria, de orgulho pessoal... convicção de que estamos no rumo certo da construção de relações mais bonitas e prazerosas. Obrigada querido EU...
Abraços a todas as pessoas que nos seguem, oxitocinados ...
O SBC no cinema, um SBC de 40 a 80 anos... fomos no cinema do Minas Tênis Clube, o cine Unimed, aliás, pra SBCenses "pão-durxs" uma ótima pedida, valores muito abaixo de outras salas...
Sinopse: "Em O Último Azul, um Brasil distópico possui uma política de exílio forçado contra seus idosos. A ideia é permitir que os jovens possam produzir sem se preocupar com os mais velhos. Assim, o governo transfere esse grupo para colônias habitacionais onde eles possam "desfrutar" de seus últimos dias de vida. Entra em cena Tereza, uma mulher de 77 anos que mora numa cidade industrializada na Amazônia. Quando chega sua hora e ela recebe um chamado do governo para abandonar sua casa e residir na colônia, Tereza quer realizar seu último desejo - viajar de avião - antes de ser compulsoriamente expulsa de seu lar e enviada para longe. Ela, então, embarca numa viagem pelos rios e afluentes da região, sem imaginar que essa viagem mudará o rumo de sua vida para sempre".
O longa anuncia Rodrigo Santoro, no papel do barqueiro Cadu. No entanto é Denise Weinberg, no papel de Tereza, quem entrega uma atuação brilhante e conduz uma história de amizade e reinvenção na velhice. Além de Denise e Rodrigo, Miriam Socarrás está maravilhosa no papel de Roberta, uma vendedora de Bíblias digitais que não acredita em Deus. E Ludemir (Idalino) é dono de uma pequena aeronave ilegal mas não consegue decolar nela.
Enquanto tenta voar de avião, Tereza começa a procurar sua própria autonomia. Redescobre pequenos prazeres da vida, que aqui surgem como sinônimo de liberdade.
A relação entre Tereza e Roberta proporciona algumas das cenas mais interessantes. Divertidas, as personagens são uma afronta ao etarismo e aos estereótipos do que é ser idoso e, sobretudo, ser uma mulher idosa numa sociedade capitalista.
Uma história surpreendente, criativa e envolvente, Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim, o filme reafirma o interesse do cineasta Gabriel Mascaro em cutucar feridas sociais. Após abordar a estupidez sexista no filme Boi Neon(2015) e a contradição fundamentalista em Divino Amor (2019), ele agora debocha da incoerência do etarismoe "tira sarro do sistema capitalista".
O filme já começa surpreendendo pela fotografia exuberante: "A Amazônia não é apenas pano de fundo, ela faz parte da história. Os rios, a floresta, a paleta de cores e os sons criam uma atmosfera incrível na narrativa. A direção transforma a paisagem em espelho da protagonista: sinuosa, resistente, cheia de curvas e desvios".
A jornada de Tereza, que se recusa a aceitar a imposição do Estado, é um convite à luta pela autonomia e à resistência à opressão social. Pensamos no título do filme: O último azul... porque será? E o final do filme, esplêndido para as pessoas que não desejam tudo mastigado, as ideias prontas e acabadas; desejam, sim, ao sair do cinema cada um(a) de nós fazer o seu final, e compartilharmos cada final... e rir da gente mesma, das nossas idealizações e das nossas humanidades... Compartilharmos nossas angústias em relação, ao futuro, em qualquer idade.
Pensamos que a maioria dos filmes sobre "velhice", abordam o saudosismo, a história, essas coisas. Já esse filme mostra "o projeto de futuro" que, de certa forma, dá sentido à vida.
Enfim, saímos do cinema com a convicção de que envelhecer pode ser visto como uma etapa cheia de vida, repleta de descobertas e afetos.
💓💓💓💓💓💓
E a nossa grata surpresa com os trailers apresentados antes do filme "O último azul":
O primeiro: O Último Episódio, mais uma produção da Filmes de Plástico, que nasceu em Contagem, Grande BH, e já emplacou sucessos - "Marte Um", lindo! - com direção do mineiro Maurilio Martins, estreou ontem, quinta dia 9.outubro.O filme conta a história de Erik, um adolescente de Contagem que inventa ter o último episódio de 'Caverna do Dragão' para tentar conquistar o coração de Sheila. Segundo o diretor, o enredo traz uma aventura adolescente, para toda a família, "à moda antiga". Ele diz que o filme brinca com memórias pessoais e a nostalgia de uma época em que os desenhos exibidos na televisão ajudaram a moldar uma geração.
Considerando Marte Um, não podemos perder O último episódio..
💙💙💙💙💙💙💙
E o segundo trailer entrará em cartaz dia 9 de novembro: O Agente Secreto, já super comentado depois do sucesso no Festival de Cannes 2025, e escolhido para representar o Brasil no Oscar 2026.
Longa do "cineasta preferido" do SBC, o pernambucano Kleber Mendonça Filho - O Som ao Redor, Aquarius, Retratos Fantasmas - protagonizado por Wagner Moura, também cotado para Oscar de melhor ator.
Sinopse: O filme se passa na Recife de 1977 e segue a história de Marcelo, um especialista em tecnologia, que retorna à sua cidade natal após anos fugindo de um passado violento e misterioso. Ele busca proteção para seu filho pequeno e tenta desvendar segredos sobre sua família, enquanto enfrenta a opressão da ditadura militar.
O Agente Secreto aborda temas como memória, repressão política e as cicatrizes deixadas pela ditadura militar no Brasil. A narrativa combina elementos de drama e suspense, refletindo sobre as experiências pessoais de Marcelo num contexto de opressão que vivia nosso pais.
Também imperdível, aguardamos ansiosas e ansiosos... nada como ver um filme - de preferência brasileiro - e irmos logo depois tomar uma cerva e conversarmos sobre o mesmo, exercendo o que existe de mais humano: a troca, crescermos uns com os outros...
💚💚💚💚💚💚💚💚
Por fim, na cerva depois de O último azul, uma de nós lembrou também de recente divulgação do filme Malês:
Já disponível em plataformas (Netflix, Prime Vídeo) e nos cinemas desde 2 de outubro, Malês é um filme de drama brasileiro de 2025, dirigido por Antônio Pitanga com roteiro de Manuela Dias. Produzido pela Obá Cacauê Produções.
Estrelado por Rocco Pitanga, Antônio Pitanga, Camila Pitanga e Samira Carvalho, o filme destaca a importância da união entre diferentes povos, tribos e religiões para o sucesso da revolta e o fim da escravidão. Ambientada na vibrante Salvador de 1835, a trama acompanha a trajetória de dois jovens muçulmanos, arrancados de sua terra natal na África e escravizados no Brasil.
Sinopse: "Dois jovens muçulmanos, que estão prestes a se casar, são abruptamente sequestrados de sua terra natal na África e trazidos para o Brasil como escravizados. Separados pelo destino, ambos enfrentam os horrores da escravidão e lutam para sobreviver. Em meio a essa luta, se envolvem na Revolta dos Malês, a maior insurreição de escravizados da história do Brasil, buscando reencontrar-se e reafirmar suas identidades e liberdade".
💛💛💛💛💛💛💛💛
E concluímos com muitos vivas ao Cinema Brasileiro, que nos conta histórias necessárias à crítica a nossa 'identidade colonizada', o que chamamos de 'identidade reflexa'... e a possibilidade da construção da nossa identidade autônoma: a construção constante da resposta à pergunta quem somos nós. Para além do "enfiado goela abaixo" pelas instituições "responsáveis pela nossa educação", que nos passam a "educação bancária" - que, segundo Paulo Freire, é a educação que considera o aluno apenas um depositário e reprodutor de conhecimentos - a "educação para a liberdade", a educação para sermos sujeitos críticos... E para sermos sujeitos na construção de um Brasil mais bonito. "A ARTE SALVA", como costumamos dizer.
"LIBERDADE, LIBERDADE, ABRE AS ASAS SOBRE NÓS!!!"
E já estamos planejando nosso Carnaval 2016, nosso tema vai girar em torno dessa ideia da arte enquanto ferramenta mobilizadora: A ARTE SALVA... A ARTE É REVOLUCIONÁRIA...
Por aí... mandem sugestões... participem!
E até nosso próximo post... nosso próximo sarau, dia 22... nosso Carnaval... nosso bons encontros... no cinema, na cerva, por aí...
Não de quinta categoria!!! De quinta feira!!! Foi lindo... Embora também o SBC não tenha o menor receio de ser de quinta categoria... o que vale é o riso, o divertimento, a alegria revolucionária... Enfim, nosso Sarau de quinta no querido Bar Taboca, do Chico, "percorreu categorias", digamos...
Escolhemos a imagem acima para começar, pois ela diz algumas coisas bacanas sobre esse sarau. Observem:
Começando pela esquerda, temos os queridos Carlos Gomes na maior fofoca com esse lindo salinense Fernando, que levou pra nós a melhor cachaça de Salinas, a Canarinha! Obrigada querido! Já sabem, no SBC nós prezamos muito a fofoca, viu? até chamamos de "pesquisa antropológica", tipo pra dar um nome mais bacana, menos carregado de preconceito... pois, desde Gaiarsa, 1978, "Tratado Geral sobre a Fofoca", usamos a mesma como ferramenta para o auto conhecimento. Pois Freud já dizia que quando Pedro fala sobre Paulo, conhecemos mais sobre o Pedro do que sobre o Paulo... Enfim, acho que eles estavam falando sobre o evento que vai acontecer no DA da Faculdade de Medicina no próximo dia 11 de outubro, imperdível:
Em seguida, na foto, temos na parede do Taboca nosso estandarte do Carnaval 2025, artesanal, feito pelas nossas folionas... Por falar nisso, já temos o tema do nosso Carnaval 2016: A ARTE SALVA... Vamos elaborar sobre o tema? Mandem sugestões, por favor... Vai ser arrasante!!!
Depois do estandarte temos uma piropa: no SBC a piropa corre solto, e sabemos distinguir entre a piropa bacana, bem colocada, com reciprocidade... ou não, quando não gera uma linda amizade... e a piropa assédio, ruim, que combatemos... Obrigada querido Luiz Leite, grande professor, de xadrez!
A Jani, na frente, sentada, observando... ela é muito observadora, nossa querida DJ. Sim, pois aprendemos com nosso mais novo SBCense Rapper - ou MC - Galvez, o Luiz, a diferença entre MC e DJ. Então mudamos a Jani - de MC para DJ Jani - nossa grande DJ.
O Luiz mereceu convite especial... e nos apresentou uma fala - ou melhor, uma rima - bacanérrima sobre educação...
E a nossa DJ Jani nos apresentou um clássico do RAP nacional, GOG, "Matemática na prática":
Por último, ainda na foto, nossos grandes SBCenses Iza e Fil cantando "Como nossos pais". Eles ainda não encontraram um "tom em comum", mas não tem a mínima importância, e emoção é que conta:
O vídeo está virado "de propósito"! Lembramos do filme "Os desafinados", muito atual :
... lançado em 2008, com Rodrigo Santoro, Selton Melo, Ângelo Paes Leme, Jair Oliveira e André Moraes, cinco amigos dos anos 60 que vão pra Nova York em busca do sucesso. Lá encontram uma musa inspiradora que volta com eles ao Brasil e se junta ao grupo. Eles são meio que precursores do movimento da Bossa Nova, assim como o filme mostra também o momento político no Brasil. O elenco também conta com as grandes artistas Cláudia Abreu, Alessandra Negrini e Vanessa Gerbelli.
Pois o SBC "precisa" de história, para compreender o mundo de hoje ... e 'projetar' - e nos colocarmos enquanto sujeitos, construindo... - um mundo melhor.
Então... como uma das características principais do SBC é a "anarquia muito bem organizada", agora sim, voltamos ao início do nosso sarau:
Não poderíamos deixar de abrir nosso sarau; EDUCAÇÃO... QUAL? ... com nosso maior educador Paulo Freire (1921-1997): "Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é se tornar opressor" ... nessa frase Freire é Hegeliano, filósofo alemão do século XVIII, que já falava sobre a dialética senhor-escravo... No entanto, antes de Paulo Freira já tínhamos, no Brasil, mulheres maravilhosas, quase sempre invisibilidadas, que falavam sobre educação, mais ou menos as mesmas ideias. Uma delas foi Nísia Floresta, pioneira da educação feminista no Brasil, educadora, escritora e poeta... Nisia "purpurinou" em 1885. E atualmente temos a maravilhosa Macaé Evaristo, 60 anos, professora, ministra dos Direitos Humanos e Cidadania. E adivinha de quem a Macaé é prima? Nada mais nada menos do que da Conceição Evaristo, 78 anos, que acaba de receber título de Doutora Honoris Causa pela UFMG; e quem é a Reitora da nossa Universidade Federal de Minas Gerais que conferiu esse título à Conceição, exatamente em 27 de setembro passado? Sandra Goulart Almeida! e terminamos essa introdução ao sarau com um pedacinho da música: "sol de primavera, abre as janelas do meu peito. A lição sabemos de cor, só nos resta aprender..." do nosso grande Beto Guedes.
Sim, no SBC somos paritários: umas três ou mais mulheres para um homem ou dois... justo...
E o nosso sarau foi permeado dessa linda canção ANJOS DA GUARDA, grande Leci Brandão:
Enfim, lembramos que o SBC é um grupo aberto, inclusivo, anárquico, democrático, ecológico, feminista... e intergeracional ... não necessariamente nessa ordem... às vezes priorizamos o "anárquico muito bem organizado", às vezes o "feminista" ... assim por diante...
E, como brincadeira do tempo de criança de algumas pessoas, "baratinha voou voou", "construímos a ferramenta": JOANINHA VOOU, VOOU... para passarmos a vez para cada pessoa presente que queria participar falando um poema seu ou de algum/a outro/a poeta - tínhamos em papel poemas de "ilustres" presentes em espírito, como Drummond e Cecília Meireles
Ilustre G. Rosa também esteve entre nós: "MESTRE NÃO É QUEM SEMPRE ENSINA, MAS QUEM, DE REPENTE APRENDE..."
A nossa querida historiadora - e poeta - Antonieta fez um poema especial para nosso sarau:
Educação
Eva viu a uva
Ronan comeu maçã
Maria não viu uva
João raramente come maçã
Será que é porque Eva e Ronan moram no Lourdes e Maria e João no Morro do Papagaio?
Não sei...
Mas desconfio de muitas coisas.
Eva foi estudar na Europa.
Ronan foi para os Estados Unidos
João ficou lavando os carros
Maria, grávida aos 14 anos, ficou olhando as figurinhas do seu livro.
Só as figurinhas...
Maria não sabe ler.
Antonieta Shirlene
Tivemos também a presença ilustre da nossa mais nova SBCense Jane Aguiar, professora de Língua Portuguesa e especialista em Gestão Escolar, nos lembrando Clarice Lispector:
E mais: querido Durval, grande escritor, falou sobre educação e também gravou vídeos... não temos o dele mesmo falando, infelizmente... E muitas outras presenças maravilhosas... observadoras... que nos dão ótimos feedbacks para melhorarmos cada vez mais nossos encontros...
E o nosso querido Felipe... o Fil - no SBC temos muitos Fils queridos e querides - também professor, de teatro - que cantou e animou a plateia... e conseguiu "pegar o tom" da linda canção AQUARELA, dos anos 80, composição de Toquinho e Vinicius:
No final estávamos todas todos e todes cantando. Diz a nossa DJ Jani que nós cantamos, nós duas, Chico Buarque! "vem, meu menino vadio..."; não me lembro... mas me lembro do Fil cantando sertanejo "Ando devagar porque já tive pressa...", entre outras ... sozinho e acompanhado, pois já estávamos no final... com cerveja... Enfim, o dia em que o SBC virou RockBC, RapBC, SertanejoBC... tá valendo!
Ahh, essa coisa verde na cabeça da apresentadora do sarau é uma máscara que ela adora, tinha emprestado para a amiga Iza há um tempão e foi devolvida... uau...
E o Fil ficou de fazer clipe com um resumo do que foi gravado. Publicou no Instagram, com um texto super bacana, a seguir:
E o que é o MOMAM, movimento parceiro do SBC:
Momam - Movimento Por Mais Mulheres em todos os espaços
💜 em MOVIMENTO por MAIS MULHERES - MOMAM. ✊Nós lutamos por mais representação em todos os espaços ✊🏿Feministas, antirracistas + LGBTQIAPN+
Essa linda do meu lado é a Nati, mais nova SBCense, de coração e ação... uma super criadora de conteúdos digitais, baita profissional e baita ser humano. A seguir print do seu instagram:
E essa outra linda é a Jani:
Janiele Felix, massoterapeuta, super profissional... e super amiga. E adora também fazer uns vídeos e uns cards pro SBC. E nós adoramos...
Mais ainda: é ela quem faz a seleção musical para os nossos saraus! MC JANI!
O SBC tem a sorte de incluir pessoas como essas. E quando a gente fala do SBC, dos conceitos SBCenses de vida - o riso, o valor das amizades, o sentido estético, do bom, bonito, pra vida - e o olho brilha... esse vem a ser o nosso critério para participar do SBC... e a pessoa já abraça nosso grupo, já começa a fazer coisas bacanas, promover o SBC, participar de projetos, enfim, se envolver... e desenvolver... tem coisa mais legal?
E essa é a nossa querida Nida, do Bar da Nida, em Ouro Preto, o melhor samba da cidade, o melhor PF, tira gostos maravilhosos, ambiente super aconchegante...
Pois foi na Nida o nosso fim de semana em Ouro Preto, lançando o livro PRA TUDO TEM UM SAMBA. Em 2017 também lá na Nida lançamos o DIÁRIO DO SBC, e levamos também alguns exemplares nesse evento lindo, dias 20 e 21.setembro, 49a Feira de Quintal - CORES, FLORES E SABORES, maravilhosas expositoras, ótimas conversas, samba de primeira, grandes amizades...
E a Nati fez um vídeo desse lançamento, vejam abaixo:
Um Short que diz tudo... obrigada querida Nati!
E nesse ótimo encontro já recebemos outro convite, para o próximo fim de semana, dos novos amigos Beth e Duarte, do Quiosque Auto Parque da Bauxita:
Programão pro fim de semana em Ouro Preto... ainda mais na nossa charmosa CASA DA ÁRVORE:
E para a próxima semana, dia 2 de outubro, nosso sarau no TABOCA!!! A nossa querida Jani já fez card convite... vamos divulgar ainda, mas podem já agendar e chamar amigos e amigas: