sábado, 10 de maio de 2025

Livro da semana

                                                 

Publicado pela primeira vez em 1972, O animal social  trata de um tema que chama a atenção de simplesmente todo mundo: o comportamento humano. Ao discutir questões perturbadoras como preconceito, cultura da violência e efeitos da comunicação – e da persuasão – de massa, passando por temas tão diversos como atração pessoal, bullying, política, propaganda e ética, Elliot e Joshua Aronson revelam os padrões e motivações que levam os seres humanos a agir de determinada forma. Numa linguagem acessível, sem nunca abandonar o rigor da pesquisa, o livro abre-se a uma narrativa leve, espirituosa, pontuada com exemplos da vida real com os quais todos nos identificamos. Uma obra única que pensa a ciência do comportamento de forma exemplar.

Ao nos levar a pensar naquilo que motiva nossas ações, 'O animal social' mostra um caminho inesgotável para refletirmos sobre nossas ações pessoais e comportamentos sociais.

Três ideias importantes e atuais presentes no livro, segundo o site Livro&Café: 

  1. Dissonância Cognitiva: Uma das ideias centrais do livro é a teoria da dissonância cognitiva. Aronson explora como as pessoas enfrentam desconforto psicológico quando suas crenças, atitudes ou comportamentos entram em conflito uns com os outros. Por exemplo, se alguém se considera uma pessoa saudável, mas continua a fumar apesar de conhecer os riscos para a saúde associados ao tabagismo, isso cria uma dissonância cognitiva. Aronson explica que as pessoas geralmente buscam reduzir essa dissonância de diferentes maneiras, como mudando suas atitudes, modificando seu comportamento ou buscando justificativas para suas ações.
  2. Influência Social: Outro aspecto abordado por Aronson é a influência social, que examina como as pessoas são afetadas pela presença e ações dos outros ao seu redor. Ele explora fenômenos como conformidade, obediência e persuasão, destacando como as normas sociais, autoridades e grupos de referência podem influenciar o comportamento humano. Por exemplo, o experimento de conformidade de Solomon Asch, onde os participantes concordaram com respostas claramente incorretas simplesmente porque a maioria do grupo o fez, ilustra poderosamente a influência do grupo sobre o indivíduo.
  3. Preconceito e Discriminação: Aronson também dedica uma parte significativa do livro à análise do preconceito e da discriminação. Ele explora como fatores como estereótipos, categorização social e processos de in-group/out-group contribuem para a formação de atitudes e comportamentos discriminatórios. Além disso, Aronson discute estratégias eficazes para reduzir o preconceito e promover a igualdade social, como a interação intergrupal positiva e a educação sobre diversidade e tolerância.

Elliot Aronson nasceu 1932 nos Estados Unidos da América do Norte. Ele se destacou como um renomado psicólogo social, autor e educador ao longo de sua carreira. Durante sua carreira acadêmica, Aronson fez contribuições significativas para a compreensão do comportamento humano e social, concentrando-se em áreas como influência social, cognição social, preconceito e resolução de conflitos. Ele é mais conhecido por seu trabalho inovador sobre a teoria da dissonância cognitiva, que explora como as pessoas lidam com conflitos internos entre crenças, atitudes e comportamentos.

Além de sua pesquisa acadêmica, Aronson também se destacou como autor de diversos livros de sucesso, incluindo “O Animal Social”, “The Social Animal” e “Mistakes Were Made (But Not by Me)”. Seus escritos são aclamados por sua capacidade de traduzir complexos conceitos psicológicos em uma linguagem acessível e envolvente para o público em geral.

Ao longo de sua vida, Aronson recebeu inúmeros prêmios e honras por suas contribuições para a psicologia social, incluindo a prestigiosa Medalha Nacional de Ciências dos Estados Unidos em 2007. Além de sua carreira acadêmica, ele foi um educador dedicado, ensinando em instituições como a Universidade da Califórnia, Santa Cruz e a Universidade de Stanford. Elliot Aronson faleceu em 2020.

Em resumo, “O Animal Social” é uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada em compreender as complexidades da natureza humana e das interações sociais. Ao oferecer uma análise profunda e perspicaz da psicologia social, este livro convida os leitores a uma jornada de descoberta e reflexão sobre o que nos torna verdadeiramente sociais.

E entendemos o motivo que levou nosso Presidente a ler este livro durante sua viagem a Moscou para a celebração dos 80 anos do "Dia da Vitória" soviética sobre o nazismo.

Em  de maio de 1945 os nazistas se renderam de forma incondicional aos assinarem o Instrumento de Rendição Alemã, marcando o início do fim da Segunda Guerra Mundial.


De acordo com Wevergton Brito, jornalista e vice-presidente do CEBRAPAZ, diante do avanço da extrema direita nos tempos atuais, chamada por ele de fascismo do século 21, "o simples ato de comemorar o 9 de maio é um valioso gesto militante, que lembra o verdadeiro significado das bandeiras da defesa da liberdade, da igualdade, da justiça, da soberania nacional e da paz mundial". Ele lembra que existe um esforço do aparelho cultural hegemônico para tergiversar - ignorar, "virar de costas", usar de evasivas, procurar rodeios -  sobre uma constatação embaraçosa: o nazifascismo surgiu das entranhas do imperialismo, tendo como berço esplêndido dois países europeus, Itália e Alemanha. E, "a história comprova de maneira inequívoca que tal fenômeno só foi possível graças ao entusiástico apoio político e financeiro do grande capital".


Nesse sentido, sobre a tentativa dos grandes meios de comunicação em apagar o peso fundamental soviético na vitória contra os nazistas, atribuindo o feito aos países envolvidos somente na invasão da Normandia, o jornalista Wevergton Brito lembra que todo tipo de ficção é incentivada para tentar esconder a realidade histórica, assim como tentam esconder o fato de que o nazifascismo é filho bastardo do capitalismo. "Nada, no entanto, é mais forte do que a genuína memória coletiva dos povos, que fugindo das mistificações, continua repercutindo a dor dos milhões de vítimas da barbárie fascista, bem como entoando, em inúmeras canções, o heroísmo dos soldados e partisans (guerrilheiros), que eram, em boa parte, lutadores soviéticos e socialistas. Essa memória é inescapável e mais poderosa do que a propaganda burguesa", afirma o jornalista ao Portal Vermelho.


E nós, do SBC, convidamos todas as pessoas a fazerem o movimento de saída dessa mídia hegemônica que desinforma, distorce, engana e aliena... aos poucos vamos nos informando e construindo nosso pensar, nossa visão de mundo. 


Até mais... e obrigada a todas as pessoas que nos leem...



sexta-feira, 2 de maio de 2025

NOSSA FESTA

 

Foi linda!!!, como diz o Carlitos... Mas foi mais: Foi MA-RA-VI-LHO-SO...


Primeira parte, Fil e Carlitos com ótimos sambas e MPB...

Segunda parte, as canjas esplêndidas das nossas queridas SBCenses, Sol... SIM! Solange, do Cartola!!! com o pezinho dodói, mesmo assim nos prestigiando... Só não temos saudade porque "Saudade é do não vivido..." e nós vivemos intensamente os áureos tempos do Cartola Bar... Agora revivido no Quintal da Nicinha, pertinho do nosso querido Cartola.

Depois, Diza, com sua voz rouca, sensual, nossa Elza Soares... 

E depois nossa querida mais nova SBCense, muito bem vinda! 


Olha que lindeza, gente!!! Uma nova Clara Nunes... e ainda é do VALE!!! 

E nossa fala, na abertura do evento, sobre o SBC, nossos valores, nossa filosofia, nosso hino:







Recordando um dos nossos slogans: "AMOR E POLÍTICA, FAZEMOS NA CAMA E NO MUNDO!", e, a propósito do dia seguinte, terminamos com uma "tradução" para nossa cidade da música de Wilson Batista, de '1900 e abobrinha', para o SBC, a que melhor representa o Primeiro de Maio, dia do Trabalhador, dia nosso:
 
Quem trabalha é que tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O trem de Belo Horizonte
Leva mais um operário
Sou eu que vou trabalhar

E as conversas rolaram, no SBC conversamos sobre visão de mundo, sobre nossa humildade e postura no sentido de conhecer melhor esse mundo em que vivemos... E nos posicionarmos enquanto sujeitos, transformadores, nos vários níveis de relação na cama e no mundo:





Livro Diário do SBC, em sua quarta tiragem, sendo vendido no encontro. Lembrando que o segundo livro do SBC, "Pra tudo tem um samba", será lançando ainda este ano, lá pra julho ou agosto, promessa...

Obrigada a todas as pessoas presentes e todas as nossas lindas canjas...


Até nosso próximo encontro... e nossas leituras no blog...