Leila Diniz, nasceu em 1945 e morreu aos 27 anos, num acidente aéreo, em 1972. Quebrou tabus de uma época em que a repressão do regime militar dominava o Brasil. Escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquíni na praia para a revista Cláudia. Também chocou o país inteiro ao proferir a frase: Transo de manhã, de tarde e de noite. Considerada uma mulher à frente de seu tempo, ousada e que detestava convenções, Leila foi invejada e criticada pela sociedade conservadora das décadas de 1960 e 1970.
Causou um grande furor no país a entrevista que deu ao jornal O Pasquim em 1969. Nela, Leila falava palavrões a cada trecho, que eram substituídos por asteriscos, O exemplar foi o terceiro mais vendido da história do jornal. E foi, também, essa publicação, que ensejou a censura prévia à imprensa - depois do Ato Institucional número 5, em 1968, do regime militar, que perseguiu, pendeu, matou, inúmeras pessoas - mais conhecida como Decreto Leila Diniz.
Anos 1970 do século passado, época de grande repressão política, não podíamos conversar sobre o que estava acontecendo no Brasil, os Generais Presidentes, as mortes, os desaparecimentos de pessoas, diziam que, nas faculdades, em cada sala tinha um(a) 'informante'. No entanto, conversávamos - e praticávamos - uma revolução nos costumes, uma revolução social: a pílula, os casamentos desfeitos, a busca de novos amores, os movimentos feministas, a luta por direitos ... Mulheres da segunda metade do século passado foram revolucionárias, rompemos com padrões femininos estabelecidos e começamos a apropriar a dos nossos corpos. Por tudo isso #SEM ANISTIA!
"O poder requer corpos tristes. O poder necessita de tristeza porque consegue dominá-la. A alegria, portanto, é resistência, porque ela não se rende, Alegria como potência de vida, nos leva a lugares onde a tristeza nunca nos levaria" Gilles Deleuze
Leila Diniz, A Mulher de Ipanema, defensora do amor livre e do prazer sexual, é sempre lembrada como símbolo da revolução feminina, que rompeu conceitos e tabus com sua alegria, suas ideias e atitudes.
Naquela época, líamos e escrevíamos muito. E agora também...
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Deyse Magalhães, mais nova amiga, dos Vales, como eu digo, Grande Vale: Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas.
De Minas Novas, onde conheceu de perto a cultura, a arte e as tradições populares e religiosas. Aprendeu a se interessar pela história oral e pela escrita desde criança.
Filósofa, produtora cultural, agente cultural, pesquisadora popular e escritora. Membro fundadora da Academia de Letras do Vale do Jequitinhonha - ALVA.
Autora do livro Janelas Azuis... E seu segundo livro, Cidade de Pau a Pique, conta com poemas que passeiam pela infância, pelas memórias afetivas e pela vida cotidiana da cidade de Minas Novas.
Já a venda, já adquiri o meu, li "de cabo a rabo" e me emocionei com os poemas... Todos sobre o "resgate necessário" para a construção das nossas identidades, assim como as "ressignificações" :
" Ressignificar-me é ser inquilina de mim", diz Deyse. 💪
E a danada vai lançar o livro em Salvador!!! Eita sô!!!
A foto de capa é lindíssima... Minas Novas, claro...
Pena que não vou... Fico torcendo daqui... e preparando nossa festa, do SBC - Samba Bobagem Cerveja.
Quem estiver na Bahia vá no Pelourinho, na Cantina da Lua... dia 03.05
Antes, quem estiver em Belo Horizonte vá no Bar da Nicinha, no Caiçara... dia 30.04
E quem puder ir nos dois... maravilha!!! Tudo SBCense... Arte que transforma vidas ...
Terminamos com Drummond:
“ | "Sem discurso nem requerimento, Leila Diniz soltou as mulheres de vinte anos presas ao tronco de uma especial escravidão." | ” |
Abraços carinhos... até nossos encontros...