Esta é Fátima Carvalho, uma grande mulher... geógrafa, professora... e membra do MPM - Movimento Popular da Mulher. E ela nos ajudou, hoje, antes de encerrarmos as comemorações dos 100 anos da Semana de Arte Moderna, a lembrar as mulheres invisibilizadas daquela época... e lembrar, também, da nossa ação hoje, em defesa de todas nós e a favor do nosso empoderamento.
Regina
Gomide Graz
A pintora, decoradora e tapeceira Regina Gomide Graz nasceu em Itapetininga (SP) em 1897. Após estudar em Genebra, na Suíça, Graz retornou ao Brasil em 1920, se aproximou dos modernistas e expôs sua obra em tapeçaria na Semana de Arte Moderna. Foi pioneira no interesse pela tradição indígena brasileira, tendo estudado a tecelagem indígena do Alto Amazonas para compor parte de sua obra.
A artista é considerada uma das mais produtivas do Modernismo brasileiro entre 1920 e 1940, mas sua obra foi reduzida pela história como "colaboradora" do marido John Graz e do irmão Antônio Gomide. Em livros, Regina é descrita como "esposa" e "irmã" de artistas, quase nunca como "autora".
Guiomar
Novaes
Nasceu em São João da Boa Vista, interior paulista, em 1894. Começou a tocar piano aos 4 anos e, aos 15, se mudou para a Europa para estudar música. Teve uma sólida carreira internacional, tendo se apresentado para personalidades como a Rainha Elizabeth 2ª e o presidente americano Franklin Roosevelt. Ela já era uma das pianistas mais prestigiadas do Brasil quando se apresentou na Semana de Arte Moderna. Novaes se apresentou na terceira noite do evento em um recital com obras de Debussy e Villa-Lobos. Teria sido a única artista daquela noite no Teatro Municipal a ter uma plateia em silêncio durante a sua apresentação e, em seguida, receber aplausos calorosos do público. Apesar do sucesso entre o público, Novaes deu uma entrevista na época afirmando estar triste com "peças satíricas à música de Chopin" que marcaram a segunda noite de apresentações. A pianista teria se sentido ofendida, uma vez que Chopin era a sua especialidade.
Bem... com este resgate histórico estamos (quase) completando nossa galeria das grandes mulheres da Semana da Arte Moderna de 1922. Junto com Annita Malfatti (lembrada pela nossa querida Nilmara no post de 23 de janeiro) e com a Tarsila (no post de ontem dia 15, da querida Juliana) Graz, Novaes e Aita formam nossa galeria. Isso não esquecendo uma outra grande mulher, a Pagu, Patrícia Galvão, homenageada pela nossa querida Izabela no post de 26 de janeiro, que não participou diretamente mas viveu essa época e relacionou com artistas da Semana. Grande Pagu!
Mas, como não homenagear, também, outra grande mulher, que não participou diretamente da Semana, mas do Movimento Modernista: Eugenia Álvaro Moreyra, mineira de Juiz de Fora.
Enfim, todas essas mulheres são referências para nós, na luta pelo nosso protagonismo.
Agora sim, podemos passar ao nosso encerramento da Semana: amanhã, dia 17... aguardem...
E fechamos por hoje com o vídeo da nossa querida Fátima, que nos convida a este protagonismo:
Que lindo amiga. É com imensa satisfação que vejo este belo projeto sbcense se estendendo até o MPM. Parabéns pelo trabalho. Excelente texto e vídeo impecável. Que nunca percamos o nosso rumo em busca da Equidade de Gênero. Principalmente através da arte. Tenho afirmado que :a arte nos liberta da barbárie e torna nossa pretensa liberdade mais próxima da realidade. Um grande beijo e obrigada por ter aceito o desafio.
ResponderExcluir"Quem sabe faz a hora não espera acontecer..."
Grata Antonieta... Abraços carïnhosos
ResponderExcluirSantuza gostei de tudo que vi e li.
ResponderExcluirObrigada
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