Tem gente no SBC que não come
nada vivo!!! Ou seja, nenhuma carne, entenderam?
Quer dizer, diz ele... a gente
acredita, fazer o quê...
Trata-se de filosofia de vida, no
SBC tem isso, e podemos aproveitar, é o que mais tem no SBC, grande trocas e
crescimentos.
Eu entendi o seguinte da
filosofia: não é porque é vegetariano, não, é porque para alimentar animais
podem acabar com o verde da Amazônia!!! Então, vamos parar de comer carne, mas
temos que comer ovos, leite, derivados, por causa das proteínas.
Mas a piada SBCenses a gente não
podia perder, né... inclusive essa pessoa deve criar o men’s liberation front,
que será a versão masculina da filha da Chiquita Bacana ... entrei pro women’s
liberation front...
Tem gente também que diz que eu
não invento nada, eu só transcrevo o que ouço, assim tipo “baixando”, a lá
Chico Xavier (outro Chico!), tem até que botar a mão na testa!!! Afff, tem
gente que não presta...
Agora, tem outras gentes que ri
quando fica excitada!!! Os homens não gostaram, correm o risco de pensar que
seja por causa do uizinho!!! (o tamanho, lembram?). Acho que não... o riso é
nas etapas iniciais do processo, não nessa etapa, ok? Nessa etapa seja o que
Deus quizer... diz um amigo SBCense: enquanto eu tiver língua e dedo, de mulher
não tenho medo... (isso é antigão...)
E foi por aí nosso encontro da
equipe de música, domingo passado, dia 20 de maio, regado a vinho e macarrão.
E sonhos: sonhos que se sonha
junto... não sei o ditado, mas podem se transformar em projetos e se
realizarem. O sonho é o SBC se transformar num projeto social/cultural, ou
seja, sair por ai cantando nas praças, nos metrôs, em asilos animando velhinhos
e velhinhas e por aí vai... AH, também em cidades do interior.
Percebemos que uma característica
interessantíssima do SBC é a inclusividade, que pode ser usada como um grande
diferencial. Explicando: num domingo fomos convidados pelo Luiz Cláudio e
alguns SBCenses fomos ao Brasil 41 numa roda de samba... aí tinha uma mesa do
lado com uns rapazes e moças, eles ficaram de butuca, os olhos brilhando... no
que olharam pro meu saco laranja de percussão de reciclo, eu enfiei a mão no
saco e tirava um instrumento e jogava prá eles, e eles aparavam, e tirava outro
e jogava, nenhum caiu no chão, foram uns 10 instrumentos... e eles se
integraram fazendo um lindíssimo coro de percussão... super lindo isso, né!!!!!
O Luiz Cláudio, grande sociólogo, me ligou depois e fez uma
espécie de exercício de admiração ao grupo: o SBC se parece com a filosofia do Sumak
Kawsay, que se traduz como Bem Viver ou Vida em Plenitude. ...” sinto que nosso
encontro para partilhar momentos felizes tem esse sentido”. Legal, né? Trata-se
de proposta de bem viver dos povos indígenas
andinos, Sumak significa plenitude e kawsay viver. Não se trata de viver melhor
ou viver cercado de conforto. Trata-se de viver em plenitude. ...”plenitude
implica fazer da felicidade um projeto comunitário, coletivo. É saber construir
relações de solidariedade, não de competição; de harmonia, não de hostilidade;
e estabelecer com a natureza vínculos de parceria cuidadosa”. Inclusive já faz parte da constituição do
Equador, redigida entre novembro de 2007 e julho do ano passado, a
chamada "revolução cidadã". Entre as principais mudanças introduzidas
nessa Constituição está a mudança no padrão usado para avaliar o
desenvolvimento do país, que deixou de ser o progresso econômico e passou a
estar centrado no conceito do "bem viver".
Não conhecia essa, filosofia,
conhecia há algum tempo uma parecida, o FIB, conhecem? O conceito da Felicidade
Interna Bruta – FIB, nasceu em um pequeno país chamado Butão
localizado nas encostas do Himalaia, entre a China, a Índia e o Tibet. A
idéia está em demonstrar que o Produto Interno Bruto – PIB,
não é o melhor indicador de crescimento e satisfação de uma nação. O rei
do Butão insatisfeito
com o materialismo do Produto Interno Bruto, criou em 1972 o conceito da
FIB. O modelo da Felicidade Interna Bruta – FIB, baseia-se no
princípio de que o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade humana se dá
quando o desenvolvimento espiritual e o material acontecem lado a lado,
complementando e reforçando um ao outro.
Simples assim! “A Simplicidade é
o ultimo grau de sofisticação”, frase de
Da Vinci. Tem uma música interpretada por Luciana Mello, Simples Desejo, composição de
Daniel Carlomagno e Jair Oliveira
que tem um trecho assim:
... Legal ficar sorrindo à toa,
Sorrir pra qualquer pessoa
Pra viver e pra verNão é preciso muito
Atenção, a lição
Está em cada gesto
Tá no mar, tá no ar
No brilho dos seus olhos
Eu não quero tudo de uma vez
Eu só tenho um simples desejo
Hoje eu só quero que o dia
termine bem...
Não é que o Butão com o FIB
e o Sumak Kawsay do Equador têm muito a
nos ensinar se o nosso desejo for o de construir um país
onde todos, ao menos a maioria, sejam felizes?
E não é que o SBC faz política,
entendendo política como fazendo parte de todas as relações, desde na cama até
no social, cidadania, pensar (e agir) como autores e atores de um mundo melhor?
Chique demais, sô...
texto: Santuza Tu