Filme do Reino Unido de 2022, da diretora Sophie Hyde.
"O filme argumenta pela legalização do trabalho sexual, mas reconhece a realidade de abuso que subsiste por trás dele. Desenha a jornada de empoderamento físico, sexual e emocional de sua protagonista feminina, de seu encontro com a própria autonomia, mas não sente a necessidade de cancelar a importância da conexão humana para que esse processo aconteça. Boa Sorte, Leo Grande entende que o mundo é complicado, e seres humanos mais ainda, mas postula que a única forma de navegá-lo de forma saudável é com a ajuda um do outro".
Mas Boa Sorte... é muito mais... o site OMELETE diz que é um DRAMÉDIA... muito apropriado esse termo. O filme começa tenso, a protagonista Nancy (Emma Thompson) está nervosa, sem saber o que fazer... 'tomada' pelas 'certezas do conhecido' e pela 'segurança dos julgamentos' .... como sofremos com esse 'jeito de ser' aprendido, duramente internalizado e reproduzido por nós! ... E se transforma em riso quando ela, convidada a incluir o novo na vida, começa a relaxar. Rimos de nós mesmas, qual mulher nunca fingiu um orgasmo? e quantas de nós ainda nem sabemos? Pois precisamos nos conhecer... Emma Thompson (explêndida: fingindo um orgasmo e "tendo" um orgasmo...), no lançamento do filme no festival de Berlim, declara: "as mulheres sofreram lavagem cerebral para odiarem o próprio corpo".
E a cena real, terminando o filme, três mulheres saem com a expressão iluminada... e correm para o banheiro. Duas são amigas, a terceira não as conhece. E esta entra no box pra fazer xixi e começa a rir. Saindo do box ela pergunta às outras duas se gostaram do filme. A resposta é afirmativa. E elas perguntam porque ela estavam rindo. Então ela conta que ficou imaginando ela mesma e as outras duas correndo pro banheiro pra dar uma "masturbadinha". Pois saímos do filme nessa vibe. O filme fala sobre descoberta. Nossa descoberta do DIREITO ao prazer. Sim! o prazer é um direito! e quem fez a gente acreditar que direitos são dados? Claro que não! Temos que lutar por eles! E as três acrescentaram: como diz o filme, essa "aprendizagem" deveria ser um SERVIÇO PÚBLICO! Despedimos nos desejando boa sorte...
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Neste romance - ficção nacional Frei Betto ergue sua voz em defesa dos indígenas, perpetuamente esquecidos pela sociedade brasileira e oprimidos pelos grupos que os exploram desde o "descobrimento".
"Tom vermelho do verde" é um livro de denúncia, mas também um romance histórico que cativa o leitor desde as primeiras páginas e o impressiona com o profundo conhecimento da cultura indígena apresentado pelo autor.
"No momento em que os povos originários sofrem pressões para que suas terras sejam exploradas por companhias mineradoras e madeireiras que causam danos ecológicos irreparáveis, Frei Betto nos revela o drama vivido pelos Waimiri-Atroari a partir da construção da rodovia BR-174 em suas terras, na década de 1970. Drama até então conhecido apenas por estudiosos de culturas indígenas e que se prolonga até hoje, cujas consequências não se restringem às vítimas inocentes. Pelo contrário, atinge proporções catastróficas e imprevisíveis à medida que a floresta amazônica é arrasada e seus povos originários são dizimados".
Em entrevista de lançamento do livro "Tom vermelho..." ele lembra Eduardo Galeano, que nos relata a dizimação das nações indígenas das américas, com a entrada dos europeus, no seu livro de 1971 "As veias abertas da América Latina". Diz, ainda, que para a preservação do futuro da vida no planeta, é preciso mudar radicalmente o "senso do eu" para o "senso do nós". E, sobre o Brasil agora, com a vitória do campo progressista, um programa mínimo, ou o primeiro passo seria a demarcação das terras indígenas e kilombolas. Importantíssimo, também, a criação de uma cultura plurinacional. E, falando em lançamento, teremos aqui em Belo Horizonte no Auditório da Cemig (Av. Barbacena, 1200 - Santo Agostinho), no dia 22 de agosto, quarta-feira), as 19.30h, evento presencial, aberto ao público. Bora!!!
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Por último, hoje, para continuarmos no movimento de "virar a chave": O BANDIDO QUE VIROU ARTISTA, da Koller Editorial
Antes de tudo uma história de vida. A história da vida do Rapper Sagat B.
Uma infância marcada pela absoluta ausência de sonhos ou perspectivas, uma adolescência subvertida pelas drogas, e uma juventude de crimes.
A soma dessa química destrutiva resultou em três sentenças e 12 anos de vida atrás das duras grades da prisão.
A lição do quanto o crime não compensa enseja e cobre todas as páginas deste livro, que mostra a transformação, que veio por meio do autoconhecimento, pela consciência da necessidade de autorresocialização, que no caso de Sagat B foi possível por meio da leitura e da música ou, em uma palavra, foi viabilizada pela arte.
Toda ressocialização e possível, e a história de vida do Sagat B é um exemplo. Assim como o exemplo de como a arte pode salvar vidas. E o SBC se propõe a essa prática...
Até nossa próxima "virada de chave". Abraços carinhosos...
Sempre acredito na reflexão dos fatos e no empoderamento de todas as pessoas sem julgamentos. A saída do estado normotico se faz necessário quando ha o reconhecimento das fraquezas e nos infelizmente não nos preparamos socialmente para as amargiras da vida.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário. Abraços
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