ITAOBIM: pedra verde. A 611 Km de Belo Horizonte, estivemos nessa agradável cidade do Vale do Jequitinhonha, entre os dias 22 e 25 de julho, para participar do 38 Festivale, além da posse da recém criada ALVA Associação Literária do Vale.
Posse dos 40 acadêmicos no dia 23 de julho, convite do nosso querido Tadeu Martins, o de número seis...
Irmã de um dos acadêmicos, grande torcida, muitas palmas, camiseta com poema do mesmo...
Jota Neris, grande amigo, o acadêmico de número 40...
E, na saída, nos encontramos com a Dilma, esposa de um dos acadêmicos, que comentou:
- Nossa, em quarenta acadêmicos, somente seis ou sete mulheres! já estamos em tempos de busca de 50/50, no mínimo 30% de representatividade, principalmente com o discurso progressista da posse, que fala uma sociedade igualitária e emancipacionista...
- Mas é que nós, mulheres, não temos tempo pra escrever, são tantas tarefas no nosso dia a dia... disse outra amigo do lado.
- Ainda outro dia vi pesquisa da ONU sobre o tempo, constatando que o tempo dos homens dedicado aos filhos, não me lembro muito bem, mas seria em torno de 20%, enquanto que as mulheres dedicam cerca de 60% do seu tempo para isso.
Pois é... ainda precisamos de muitas mudanças históricas...
O entardecer na cidade... foto de Santuza TU
Na praça do evento, uma simpática casinha de pau a pique e exposição de "bandeiras" de todos os Festivales, desde o primeiro em 1980; além da feira de artesanato, no Vale temos grandes artistas artesãs e artesãos.
E o exemplo de uso da palavra: Nó, bicho, esse nigucim aqui num entra nesse trem nem f%$*#@... contando para amigas num intervalo de oficina, uma delas interpretou "BOBAGEM"... rimos muito...
Por falar em oficinas, as representantes do SBC tiveram a honra de receber de Renato Paranhos, Diretor Executivo da FECAJE, crachá para participar como OBSERVADORAS das oficinas, somente na segunda e na terça, já que, infelizmente, voltaríamos na terça a noite, ou seja, perdemos metade do festivale! Mas valeu demais o que ganhamos nessa outra metade.
E a pessoa ficou "MITIDÉRRIMA"...Deixa ela... deixa ela que ela é professora... aposentada... e vai participar de oficina no FESTIVALE!!!
Deixa ela!!!
A seguir depoimento da nossa querida SBCense Antonieta Shirlene:
E ele chega a essa história, nossa história do Jequitinhonha, os índios Borun, pejorativamente chamados de Botocudos pelos portugueses, nos contando sobre "a dominação cultural", tão antiga e tão cruel com nossos povos primitivos. Uma bela aula, que nos proporciona a tomada de consciência e a ampliação da visão do nosso Jequi, de Minas e do nosso Brasil. Gratidão, Tadeu, grande acadêmico !
E a última noite desse festival maravilhoso...
O Festivale não é apenas um festival de música e artes. É uma experiência única no nosso Vale do Jequitinhonha. É quando Minas Gerais se transforma num grande palco onde se aprende e se ensina. Se aprende com as músicas, com as poesias, com as peças teatrais e também com as brincadeiras. No Festivale aconteceram várias oficinas e eu tive a oportunidade de participar como Observadora de uma delas.
As oficinas aconteceram na Escola Estadual de Itaobim. Num ambiente bastante agradável, espaçoso e bem apropriado para o acontecimento que ali estava sendo proposto. A oficina em que participei chamava-se Brincadeiras Afro Brasileiras e foi dirigida pela educadora Stefanny Elias Silva. Com grande maestria a mesma conduziu sua oficina com leveza e profissionalismo demonstrando grande conhecimento de sua arte.
Um exemplo deste conhecimento, foi transformar a conhecida música "como pode um peixe vivo viver fora da água fria? Como poderei viver sem a sua companhia?"
Esta música foi transformada em uma grande experiência de reconhecimento do valor do outro e da sua importância no convívio social.
Foi um momento emocionante para todos. É a arte de resignificar uma música. Outras músicas e brincadeiras foram feitas levando uma grande integração entre os participantes.
Foi muito gratificante participar como Observadora e também aluna.
Outra oficina que participamos, no curto espaço de tempo mas de forma altamente produtiva, foi a do nosso querido Walter Dias, WalDi (uma brincadeira...) : "Técnica e Postura Vocal", somente numa manhã aprendemos muito, respiração, postura, aquecimento vocal... Obrigada, grande professor!
E uma manhã de aula com o nosso querido Tadeu Martins, nos trouxe riquíssimos conhecimentos sobre a história do Vale.
E ele chega a essa história, nossa história do Jequitinhonha, os índios Borun, pejorativamente chamados de Botocudos pelos portugueses, nos contando sobre "a dominação cultural", tão antiga e tão cruel com nossos povos primitivos. Uma bela aula, que nos proporciona a tomada de consciência e a ampliação da visão do nosso Jequi, de Minas e do nosso Brasil. Gratidão, Tadeu, grande acadêmico !
Enfim, como prezamos enormemente no SBC, revendo amigas e amigos e fazendo novas grandes amizades... e ouvindo casos engraçados... e rindo juntos...
- Eu ajudo o peixe...
(momento de latência... gargalhadas...)
Obrigada pelo carinho Vilmar, vulgo Shampoo
Querida Maricota, só energia boa... dançamos até...
E aproveitamos o ensaio na praça pra cantar com a linda Herena Barcelos (acadêmica de número 39) e amigos e amigas que da banda...
Grande Tiba, de Salinas, obrigada pelo acolhimento naquela bela casa, com as amigas Ceci, de Valadares, Cida, de Almenara (vamos aproveitar em Ouro Preto a ideia da caixa d'água abandonada se transformar num "Centro Cultural"), e o grande acadêmico Cláudio Bento (o 31 dos 40 empossados...).
E, por fim, as "piropas" do Vale. Como sabem, piropa é um termo muito usado no SBC, diz sobre "cantadas", as boas cantadas, as engraçadas, as que ocorrem em mão dupla e resultam bons encontros:
Dizem que o home do Vale adota uma timidez meio fake, ele nem te olha de frente, só assim de vesgo e com a cara meio abaixada... e vai chegando de ladinho e pergunta:
C é casada?
Não
Seu namorado tem ciúme docê?
Tenho namorado não...
Vixi que esse trem tá ficando perigoso...
C gosta de tapioca?
Gosto...
Amanhã vou fazer uma tapioca procê viu?
- Mas c num assusta se qualquer hora minha boca encostar na sua não viu?...
E assim vai indo a piropa...
Enfim, voltamos na terça... E continuamos acompanhando o Festivale:
A noite literária, na quarta...
Acompanhem outros momentos no Youtube...
E até o 39o Festivale...
Abraços carinhosos
Santuza TU
Amei te conhecer Santuza, vc é pura energia, luz e alegria. Quero visitar a caixa dagua suas um dia e vc é minha convidada a vir em Almenara visitar a nossa. Bjos fraternos
ResponderExcluirCida!!! Tb adorei te conhecer! VAMOS nos encontrar... Almenara... ou Ouro Preto ... ou BH... nesse mundão de Deus... santuzaTU
Excluir