Tenho cabelo curto desde adolescente - ou pré adolescente, quando cortava no estilo Elis Regina. Naquela época era super revolucionário este cabelo muuuuuiiiitoooo curto. E eu me identificava com essa mulher transgressora, forte, determinada... era assim que eu a via... e era minha referência, o que eu queria "ser quando crescesse".
Especialistas em linguagem corporal falam sobre a questão dos cabelos curtos nas mulheres. E dizem que quando as mulheres cortam os cabelos, elas se sentem mais poderosas, mais donas de si, mais independentes e mais corajosas. Dizem, ainda, que cabelos curtos fazem as mulheres serem cada vez mais decididas, mais práticas e que não aceitam menos do que merecem. "Quem encara as tesouradas demonstra que não tem mais paciência para os joguinhos típicos da conquista", diz uma dessas especialistas, Cristina Cairo.
Mas sempre importante lembrar que a mulher tem o cabelo que ela quiser... quando descobrimos que nossa força não está nos cabelos e sim em nós, com certeza vamos muito mais longe. Ai, sim, estamos mais livres... um pouco mais do que ontem e um pouco menos do que estaremos amanhã...
Demos o nome a este corte: estilo "hominho" ... Meu neto pré adolescente também adora cortar desse jeito. Outra amiga dá o nome de "Joãozinho". Ela conta que quanto passou no "exame de admissão" - século passado, hoje quinta série do fundamental, sua mãe disse para ela escolher um desejo que ela atenderia... pois não é que a menina escolheu cortar o cabelo tipo Joãozinho, era seu sonho. A mãe atendeu, antes ela tinha o cabelo grandão e esticado numa trança - ou rabo de cavalo, como se dizia no século passado - que dava dor de cabeça a noite. Enfim, este corte é uma máquina 4 (ou 2) com um "topete" que você pode fazer do jeito da atriz ou deixar sem pentear - fica bom também.
E, no mesmo dia que cortei, fui no niver de uma amiga. Algumas acharam o corte - outras não... não podemos agradar todo mundo, agrademos a nós mesmas.
E uma disse: tá parecendo uma calopsita! eu ri... e pratiquei humildade... não sei (e nem vou saber...) se ela estava fazendo um elogio ou uma 'gozação'... e reportei aos nossos conceitos SBCenses de BemViver e BemRelacionar:
- O primeiro deles trata de um "exercício" que o SBC pratica sempre entre as amigas e amigos, principalmente entre amigas... Pois é próprio da nossa cultura (ou seja, é historicamente aprendido) a rivalidade entre nós, mulheres. Pois bem, para combater essa rivalidade nós praticamos uma ampliação do termo "piropa"; e fazemos sempre 'piropas' entre nós - uma ressignificação da palavra, pois originalmente "piropa" está no campo de "cantadas", no campo afetivo-sexual. Mas nós fazemos muitas "piropas" umas com as outras - a prática do "empoderamento" é, para nós, a arte da piropa entre amigas (e também entre amigos).
- A segunda ideia SBCense é: caso você tenha dúvida em relação à fala da amiga com você, prefira sempre interpretar como uma "piropa"; pois se a intenção dela era te destruir o veneno ficará com ela e você terá realizado a apropriação da palavra para o seu bem-estar... Assim como, na história, algumas palavras que eram "ofensivas" foram ressignificadas por grupos que sofriam vários tipos de violência, inclusive a verbal. E, ao fim, os grupos conseguiram dar o valor positivo ao termo. Isso aconteceu, por exemplo, com a palavra QUEER; nos anos 90 essa palavra era usada super pejorativamente para os gays; e agora QUEER significa, num conceito mais amplo, liberdade para "ser que você quer ser".
O SBC nos ensina muito para o bem viver e bem relacionar... Tenho orgulho de pertencer a este grupo.
http://sbccoletivo.blogspot.
Abraços carinhosos a todas,
Minha querida Santuza, o seu primeiro espelho para os cabelos curtos continua até hoje sendo referência de liberdade e do empoderamento da mulher. Elis passava essa imagem e exercia a doutrina da liberdade. Mas eu tenho lá minhas dúvidas de quem poderia ser referência de quem. Porque desde que te conheço essa também sempre foi sua postura diante da vida. Liberdade, independência e decisão em vacilão nem insegurança, e agora vendo sua foto e juntando o cabelo curto e à tatuagem que se destaca vejo que está completo o símbolo desta mulher forte e carismática sempre com uma leitura instigante para nós fazer refletir. Beijo grande muita luz e boas energias. Domingos.
ResponderExcluirGrande Domingos! Obrigada querido...
ExcluirEu amo cabelo curto! E o seu sempre foi muito lindo
ResponderExcluirObrigada...
ExcluirEu sempre usei cabelos curtos, desde que cortei a ¹ª vez qdo tinha 7 anos! Acho lindooo grandão, mas não consigo deixá-lo crescer, pobrezinho, rsrs...
ResponderExcluirTem um mês que além de curtíssimo estou assumindo meus grisalhos, estou AMANDO.
ResponderExcluirCortei meu cabelo curtíssimo pela primeira vez na adolescência, estilo Elis Regina, gostei e de vez em quando repetia o corte. Agora pretendo mantê-lo curto e além disso assumi os brancos. Estou simplesmente amando meu novo visual e me amando muito
ResponderExcluirO cabelo é expressão de sua personalidade! Durante anos , usei cabelo curto . Nessa época, desfilava para um Salão de beleza edpecializado em cabelos étnicos..Sofri muito preconceito , quando usava estilo afro, com desenhos geométricos ,o que era mais usado por hornens. Cheguei a ser mandada embora de um determinado jornal por conta do cabelo afro curto.
ResponderExcluirAmei
ResponderExcluirAdorei o texto! Mantenho os meus longos, mas já tive curtinho numa determinada época da minha vida. Por conta de um tratamento de crescimento, acredita? O médico defendia a ideia de que os cabelos longos, na fase antes da puberdade, atrapalhava o crescimento em algumas crianças. Cortei “Joãozinho” e amei! Tenho saudades… quem sabe um dia volto a ser “calopsita” feliz? Kkk
ResponderExcluirE o “rabo de cavalo”, realmente, da dor de cabeça… (Ri alto kkk)
Ahhh e ganhei incríveis 10 cm, em menos de um ano. A teoria dele estava certa e o seu consultório sempre cheio. Falecido Dr Delson, excelente médico pediatra e alergista.
ExcluirVocê é a "calopsita" mais linda do universo amiga. Seu corte de hoje representa tudo que vc escreveu e que a academia já pesquisou. Um dia uma amiga me criticou por também ter o cabelo curto. Ela disse: nem dá pra jogar o cabelo pro lado numa paquera 🤔! Então respondi: eu não preciso "jogar cabelo" eu jogo ideias🤤. Acho que ela não entendeu 🤔. Mas continuo com meu cabelo curto e espalhando ideias. E paquerando muito (acho que este termo é do século passado 👀). ANTONIETA SHIRLENE.
ResponderExcluirOs cabelos é prático no cotidiano da vida. ( Desapego é libertador ).
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